Boa leitura.
🎫
Coreia do Sul, 1988- Ele vai descobrir que o Totó tá morto pra caramba. - Chaeyoung manteve as mãos na cabeça até enlouquecer. - Não podemos contar a verdade.
- Agora você pensa nisso?! - Disse em uma altura segura.
Praticamente gritou.
- Precisamos contar a verdade. - Momo roía os dedos. O efeito radical do café havia passado.
- Não, não vamos, porque essa foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu ganhei balas! - Chaeyoung olhou pra gente e Levantou o saco dos bombons. - Balas!
- Tzuyu diz pra ela! - Momo olhou pra mim.
Pensei em todos os problemas que isso causaria pra gente, o melhor seria contar, sermos honesta uma única vez.
Olhei cinicamente pro lado. Essa fica pra próxima.
- Félix? - Momo agora tentou com ele. O cabelo de Félix ainda estava mulambento.
- Desculpa Momo, isso pode acabar com a nossa amizade. - Ele respondeu sacrificioso.
- Você não é amigo do padre. - Mina faz uma excelente pontuação.
- Somos sim, temos muito em comum.
- Além de você usar o mesmo gel de cabelo que ele?
- O fato de sermos iguais espiritualmente. - Ele insistia.
- E eu gosto de pensar que sou especial então... - Chaeyoung dava chutinhos no chão do meu quarto.
Uma coisa era predestinação de verdade; que íamos nos ferrar.
- Vão descobrir, estamos na maior fria, eu literalmente não queria ser eu. - Foi minha última deixa.
Sana entrou pela porta com uma pá na mão.
- Não vão não. - Ela fala cheia de segurança heróica.
Eu não estava em uma situação que me deixasse questionar algo.
Pra resolver nosso problema sagrado, deixei nas mãos de Minatozaki Sana, o que é o mesmo que deixar nas mãos do diabo.
📻📻📻...
É ridículo pensar que estávamos todos cavando o chão agora, por causa se uma única mentira. Ou duas.
- Qual o problema de vocês. - Mina falava enquanto olhava pra nós cinco cavando o quintal da Chaeyoung, já que por pura e espontânea vontade ela não quis ajudar, então foi obrigada a vigiar. Félix e Chaeyoung com pazinhas de brinquedo do irmão mais novo de Momo, Sana fazendo forçar pra cravar a ponta da pá na terra. Era um alvoroço total que nem percebemos que não tinham enterrado a caixa do cachorro tão fundo assim.
- Fica de olho na janela Mina. - Chaeyoung pediu fazendo o que podia com a pazinha de criança.
- Não vou fazer isso. - Mina respondeu fazendo o que pedimos do mesmo jeito. Toda nervosa, e com razão já que estávamos, teoricamente, roubando um corpo. - Vocês tem noção do que estamos fazendo?!
- Vamos rápido, e ninguém vai falar disso depois. - Félix falou e suas mãos estavam sujas.
- Vai Chou, acho que achei algo, vai com a mão agora. - Sana diz respirando forte.
- Eu não vou tocar aí. - Olhei pro monte de lama que tínhamos feito.
- Seus dedos não vão cair, se caíssem seria um problema. - Ela pisca, se apoia na pá, parece que só eu entendeu muito bem o que ela queria dizer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
what happened that summer of 88? - satzu
RomanceA amizade de Chou Tzuyu, e Minatozaki Sana, a recém chegada dos Estados Unidos com os pais hippies, é a base de coisas não legalmente "permitidas", tudo no quarto dos fundos da loja de discos. Em uma Coréia conservadora, de 1988. ©® Caso queiram com...