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Revisada
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Mais tarde, após se despedir da família de Pete, Song colocou Porchay para dormir.

Já passava da hora, e mesmo que não admitisse, o cansaço estava evidente no garoto.

Mas ele não iria dormir, não antes de ouvir a história de Kim.

Sabia que suas noites eram sempre melhores depois que seu amigo narrava uma aventura para ele.

Song deu um beijo suave na testa do filho e sussurrou um "boa noite".

Apagou o abajur e saiu do quarto, fechando a porta com delicadeza.

Mal sabia ela que, assim que a porta se fechou, Porchay abriu os olhos com um sorriso travesso.

Ele sabia que Kim viria.

Seu coração bateu mais forte ao sentir um peso na cama.

Virou-se e avistou o maior, sentado ao seu lado, apoiado na cabeceira.

Um brilho suave da luz da janela refletia nos olhos de Kim, enquanto ele passava os dedos carinhosamente pelos cabelos de Porchay.

- Kim, você veio -murmurou Porchay, a voz ainda carregada de sono, piscando devagar enquanto um sorriso sonolento iluminava seu rosto-

- Eu disse que viria, não disse? - respondeu Kim baixinho, continuando a acariciar os fios macios de Porchay-

- Já vai dormir, pequeno? Ou quer ver meu presente antes? - Kim provocou, com um sorriso discreto-

Ao ouvir "presente", Porchay se animou, e de um pulo, sentou-se na cama, batendo palmas com entusiasmo.

- Você trouxe um presente pra mim? Quero ver! Onde está? - o garoto exclamou, ansioso-

Kim riu suavemente e pediu que Porchay fechasse os olhos e estendesse as mãos.

Quando o pequeno obedeceu, sentiu algo ser depositado em suas palmas.

A curiosidade era insuportável.

Abriu os olhos rapidamente e encontrou um embrulho nas mãos. Não demorou para rasgar o papel com entusiasmo e descobrir o conteúdo.

-Eu amei! -exclamou Porchay, com um sorriso aberto e genuíno, abraçando o bichinho de pelúcia em formato de flamingo. Era o presente perfeito, afinal, flamingos eram seus animais favoritos.-

- Fico feliz que tenha gostado, Chay. Agora, é hora de dormir... Vou cantar para você - disse Kim, a voz serena-

Porchay se ajeitou ao lado dele, abraçando o maior, enquanto a melodia suave da voz de Kim o envolvia.

Em poucos minutos, o sono venceu, e ele adormeceu com um sorriso, ainda segurando o flamingo em seus braços.

Kim, enquanto passava a mão pelos cabelos de Porchay, o observava com um olhar intenso.

O garoto dormia serenamente, sem saber da obsessão que Kim nutria por ele.

Desde o nascimento de Porchay, Kim o acompanhava de perto, sempre presente, sempre vigilante.

E naquele momento, com o pequeno nos braços, ele sabia que aquilo não mudaria.

- Você será meu, Porchay. Nada neste mundo vai impedir isso -sussurrou Kim, com uma determinação fria-

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