Revisada
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Três anos depois...
Sentada no sofá, Song observava atentamente Porchay, enquanto o irmão mais velho, Porsche, estava na escola.
O pequeno brincava alegremente em seu tapete de bebê, sob os cuidados de sua babá, que também mantinha um olhar vigilante sobre ele.
Ambas as mulheres, embora focadas em suas tarefas, não conseguiam ignorar o comportamento peculiar do garoto.
Ele sorria, batia palmas e ria, como se estivesse interagindo com alguém - alguém que, para elas, não existia.
Por que Porchay parecia tão encantado com o vazio à sua frente? Era como se estivesse brincando com um amigo invisível.
As mulheres trocaram olhares, inquietas, mas preferiram ignorar o mistério e seguir com suas atividades, tentando afastar o desconforto.
Porchay, agora com cinco anos, corria pelo quintal com a energia típica das crianças de sua idade.
Ele organizava um chá imaginário com seus bichinhos de pelúcia, conversando animadamente com eles, em especial com seu inseparável amigo, Wik.
Além de Porsche e Pete, Wik era sua companhia favorita.
No entanto, seus pais, Din e Song, estavam preocupados. Para eles, esse "amigo imaginário" não era normal, e a crescente ligação de Porchay com algo que não podiam ver os inquietava profundamente.
Quanto mais tentavam afastá-lo dessa fantasia, mais o garoto se fechava, insistindo que Wik era real e fazia coisas por ele, como levá-lo em passeios.
Mas Din e Song só perceberam a gravidade disso tarde demais.
Meses depois...
Era o dia do aniversário de seis anos de Porchay.
A casa estava em festa, com preparativos por todos os lados.
Na cozinha, Porsche e a cozinheira organizavam os doces e salgados, enquanto Porchay, com sua habitual travessura, pegava alguns docinhos às escondidas, recebendo leves broncas de sua mãe e irmão, mas voltava a pegar assim que podia.
- Porchay! -advertiu Song, com um tom firme. - Esta é a última vez que vou falar para parar de comer os doces, senão não vai sobrar nada para os convidados.
- Mas, mamãe...- respondeu Porchay, com um biquinho, olhando para ela com olhos marejados-
-Nada de "mas". Pode subir agora e se arrumar para a festa. Vá logo!- Song ordenou, e o pequeno, contrariado, abaixou a cabeça-
-Mas antes posso levar um docinho? Por favor? - suplicou ele, juntando as mãos em um gesto de pedido-
-Aish... o último, só porque é seu aniversário. Mas depois, vai comer junto de todo mundo, está me ouvindo, Chay? - suspirou a mãe, finalmente cedendo-
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Amor Imortal
VampiroUma família extremamente rica perde toda a sua fortuna, mas ouve rumores sobre a existência de um vampiro capaz de realizar qualquer desejo. No entanto, alcançar seus objetivos não será uma tarefa simples. Para obter o que desejam, precisarão oferec...