Aos poucos vou me distanciando
Daquilo que outrora eu amava tanto
Vou deixando de existir
Perdendo a vontade de viver, de contribuir.
Aos pedaços abandono meus sonhos;
24 horas atormentado por demônios
Não consigo dormir sem ter pesadelos
É como romper a casca fina do gelo.
E, então você cai no frio e na angústia
Não consegue respirar, nem pensar em coisa alguma;
Você fica preso sufocando até morrer
E é isso que espero acontecer.
Perdi a fé em tudo de mais sagrado
Não acredito em nada além do meu passado
Este por hora, não deixa de perturbar
Com lembranças melancólicas de tudo que sofri e o que posso passar...
Eu me odeio à ponto de abominar minha vida
Quantas lágrimas mais serão perdidas?
Em meio a todo esse caos dentro na minha mente;
Depois de tudo, é isso que se sente?
No vazio de um coração
Não há perdão;
Há tristeza e uma sede de angústia
Que parece não acabar de forma alguma.
Aos poucos fui deixando de ser quem eu era tomado por uma enfermidade;
Perdi a fé na humanidade...
Outrora fui um jovem com anos bem vividos;
Hoje sou aquilo que foi e o que será! Ossos cruzados num caixão! Deixe que os vermes entrem e sejam bem vindos.
Minha mente se tornou minha prisão!
Ah! Como são tristes os dias de quem tem depressão.
Sei que tudo depende de mim...
Mas eu anseio pela morte, quero que seja assim.
Eu devia dizer algo antes de partir
Palavras me faltam por isso escrevo antes de ir;
Sei que o céu não se abrirá para mim...
Mas fico feliz por finalmente meu sofrimento chegar ao fim.

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Caótico
PoetryEste é um livro com alguns poemas que escrevi em um momento difícil. Há muito sobre sofrimento e angústia... questões essas que permanecessem na existência humana de forma sutil e melancólica.