Para mim
Tudo está morto
Sei que não é assim
Mas é como vejo ao todo.
Perdi o desejo em viver meus dias
Se um dia amei
Tudo perdeu a cor, não sinto mais alegrias
Tentei nadar contra a tristeza e me afoguei.
Nada que eu quis aconteceu.
Essa solidão esmagadora sobre meu peito...
Partirei como alguém que não viveu...
As lágrimas que agora derramo, não darão nenhum jeito.
Já decidi o que devo fazer
De madrugada, tomar vários comprimidos para dormir
Não me importo com quem vai chorar e viver
Pela manhã, não terão me visto partir.
Quem ouvirá meu chamado de socorro?
Se não, os vermes no lugar de meu túmulo...
Falei tanto, tentei tanto e foi só desgosto.
Um fim à vida patética, vai melhorar tudo.
O vento frio que bate em meu rosto
Lava minh’alma de qualquer sentimento de culpa
Sempre que pedia... ninguém vinha me ajudar à parar o choro;
Quantas madrugadas não passei chorando, mergulhado em angústia?!
Tentei ser o melhor que eu podia
E de nada adiantou;
Parece que quanto mais eu corria
Tudo só piorou.
Por mais que eu quisesse ser alguém melhor
De nada adiantava;
Só enxergavam o meu pior...
Perdi a fé na humanidade, e agora só quero saber como isso acaba.
Sei que apesar de tudo, do meu choro ou das minhas palavras...
Amanhã de manhã todos irão lamentar...
Eu só queria ser livre de toda a pressão que me sufocava.
Não me arrependo de nada, finalmente meu sofrimento vai acabar.
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Caótico
PoetryEste é um livro com alguns poemas que escrevi em um momento difícil. Há muito sobre sofrimento e angústia... questões essas que permanecessem na existência humana de forma sutil e melancólica.