Noites Brancas

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O sol vai deixando de iluminar meus aposentos enquanto a escuridão surge assustadora diante de mim, e o que eu mais queria é que esse ciclo tivesse um fim. São vinte e quatro horas atormentado por demônios que estão dentro da minha cabeça, e com toda certeza torcem para eu desistir e acabar por seguir um caminho mais sombrio. Abandonando tudo o que um dia mais amei! Abandonar meus sonhos e tudo o que sonhei...
Atirando-me de cima de um prédio em meio aos carros e as vidas que ali em baixo, existem sem fazer a mínima ideia do quanto estou sofrendo. Eu não ligo de deixar todo esse sofrimento para trás mesmo que isso signifique por fim à minha existência.
Mesmo que isso... estar vivo... seja minha penitência.
Ah! Que louvores devo cantarolar as trevas que consomem minha mente nesta noite tempestuosa de angústia e solidão. Quem se atreve à desvendar um coração?! Se não o próprio louvor de contemplar sua própria existência? Mas por que para mim...
É tão difícil que seja assim?! O que é o abismo se não à própria mortificação dos dias de egoísmo?
Preso à esses pensamentos dramáticos me encontro em um estado de loucura e insanidade bastante avançado. Já não sei dizer o que é real e o que não é, vou acabar estourando meus miolos diante da noite branca de pensamentos demoníacos.
E será que só a morte trás alívio à vida, tão sofrida, tão melancólica? Eu não sei o que fazer diante dessa situação caótica! Dar um fim... ou apenas continuar a existir...
Diante de tudo que pode vir não sei o que devo fazer.
Sei que isso é pouco, há muita coisa que eu gostaria de dizer...
Olá noites brancas de solidão.

CaóticoOnde histórias criam vida. Descubra agora