Taylor, 36 anos, solteiro, pai de Thomaz, filho que teve em uma de suas aventuras, galanteador, pegador de mulheres, o blindado para o amor, que acha que se apaixonar é para os fracos, que acredita que mulher é um sexo frágil, torna-se o mais novo C...
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Depois que saí do prédio administrativo da vinícola, após questionar Estevão a razão de ele ter contratado uma mulher para chefiar os sommeliers , e acabei descobrindo que a decisão final veio do meu pai, fui atrás do seu Theodore, saber dele o que o levou a decidir isso.
Chego em casa, mal coloco os pés na sala, e lembro que ele, mamãe e Noah foram com Thomaz e Gael no shopping, comprar uma roupa de bombeiro para poderem brincar com o carrinho de bombeiro que comprei pra eles.
O jeito é esperar ele chegar. Olho no relógio de pulso e vejo que faltam poucas horas para a reunião executiva, onde a nova sommeliers será apresentada ao restante do corpo que forma a diretoria.
— Merda! — Saio pisando firme em direção ao haras.
Decido cavalgar um pouco para ver se ameniza a minha raiva. Pego um cavalo que já estava selado e saio em direção aos vinhedos. Após pegar prazer em cavalgar, graças a paciência da minha cunhada, Ághata, em me ensinar, sempre quando me sinto estressado, encontro refúgio e alívio nos cavalos.
Cavalgo por quase uma hora. Fui entre os vinhedos, passei pelas adegas, onde ficam armazenados os barris de vinhos, pela cabana que nossos pais nos levavam para acampar quando éramos pequenos, e termino no limite da fazenda, em um discreto rio de águas cristalinas, envolta de árvores, típicas da mata atlântica, que papai fez questão de preservar quando comprou a fazenda há anos.
Deixo o cavalo com um dos funcionários do haras e volto apressadamente para casa. Eu queria falar logo com seu Theodore, antes que a reunião começasse. Não sei, mas acho que foi a primeira vez que cavalgar não me deixou relaxado. Sinto meu corpo explodir de adrenalina, ao pensar que ele não aceitará meu pedido de dispensar a nova sommelier.
— Cadê o papai? — pergunto assim que meus pés pisam na sala e vejo Noah brincando com Gael e Thomaz com os carrinhos de bombeiro que dei.
— Pai, olha só que roupa maneira vovô Theo me deu! — Thomaz levanta do chão para mostrar a roupa de bombeiro que estava vestindo.
Pelo visto ele nem prestou atenção a pergunta que fiz.
— É mesmo da hora, filho! — Vou até ele e acarinho seus cabelos.
— Papai acabou de subir. Ele foi tomar banho, porque disse que tem uma reunião importante daqui a pouco — responde Noah brincando com Gael no chão.
— É sobre essa reunião que preciso falar com ele — relato.
Antes de subir as escadas e ir falar com papai, digo a Thomaz que depois brinco com ele de bombeiro.
— Não! Eu não vou dispensar uma das melhores sommelier do mercado, pelo simples fato do meu filho ser machista e não acreditar que uma mulher pode ter um cargo de liderança — profere papai com a voz firme, terminando de se arrumar em frente ao espelho do seu quarto.
