Depois que a reunião de apresentação da nova sommelier acabou, saí correndo para a casa de Catarina. Eu estava com a cabeça fervendo e uma boa noite de sexo seria feito uma ducha para colocar meus pensamentos no lugar. Catarina sabia como fazer isso muito bem. Ela me satisfazia na cama como ninguém.
Mesmo com tanta afinidade na cama, acertamos que nosso relacionamento não passaria de sexo. A princípio Catarina aceitou de boa, mas de uns tempos pra cá percebi que está querendo algo mais. Ela sabe que não costumo dormir com ninguém depois da transa. É terminando e cada um indo para o seu canto. Mas ultimamente ela vem insistindo para que eu fique. Dormir com alguém é algo muito íntimo e não quero ter essa intimidade com ninguém.
— Merda! — Dou um pulo da cama quando vejo a hora no relógio que ficava em cima do criado mudo do meu quarto.
"Um diretor jamais pode chegar atrasado."
As palavras do meu pai logo ecoam na minha cabeça.
Tomo um banho rápido, coloco a primeira roupa que minhas mãos alcançam no guarda-roupa e saio apressadamente para o escritório. Sorte que o pequeno prédio administrativo fica dentro da fazenda.
— Saindo atrasado outra vez! — emite vovó Carmelita, sentada no sofá da sala, onde fazia o seu tricô, ao me ver descendo as escadas.
— Esqueci de colocar o despertador e acabei passando da hora — justifico indo até a mesa pegar um pedaço de bolo, que ainda estava sendo posta para o café da manhã.
— Não vai sentar para tomar café conosco, filho? — pergunta mamãe, vindo da cozinha ao lado de dona Verônica.
Mamãe sempre fez questão de ajudar a governanta da casa a pôr à mesa. Dona Verônica segura um bule com leite quente e mamãe uma bandeja com pães caseiros.
— Ele passou foi a noite trans...
— Mamãe!! — dona Tereza repreende a mãe, antes de deixá-la terminar o que sua língua solta iria dizer.
— Você não tem jeito mesmo, vovó! — Sorrindo, vou até ela e deixo um beijo em seus cabelos grisalhos.
— Estou aguardando a mulher que vai baixar esse seu fogo — ela diz sem parar de tricotar.
— Então é melhor esperar sentada, porque em pé certamente irá cansar, dona Carmelita — digo, dando outro beijo em seus cabelos. — Está para nascer a mulher capaz de fazer isso. — Pisco para ela e caminho para a porta.
— Quero muito estar viva quando isso acontecer, porque ninguém está livre de se apaixonar um dia — exprime mudando a cor da lã na agulha.
— Eu estou!! — rebato passando pela porta.
— Esse não tem jeito mesmo. — Escuto minha mãe dizer quando meus pés já estão fora da casa.
Por sorte seu Theodore bebeu além das contas ontem, comemorando a chegada da nova contratada, e não acordou cedo para o café da manhã, se não eu teria que ouvir seu sermão, devido ao meu pequeno atraso.
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TAYLOR
RomanceTaylor, 36 anos, solteiro, pai de Thomaz, filho que teve em uma de suas aventuras, galanteador, pegador de mulheres, o blindado para o amor, que acha que se apaixonar é para os fracos, que acredita que mulher é um sexo frágil, torna-se o mais novo C...