Aquele do eu te desafio!

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Boa leitura!!

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Han passou à noite em claro. Com medo, pensando sobre aonde seu caderno havia passado, até mesmo em quais mãos ele houvesse parado. Estava preocupado, muito preocupado. Tinha anotado e escrito coisas que poderiam ser bem interessantes aos olhos de qualquer pervertido. Sabe, aquela coisa de que o mal está em quem vê a maldade e não nas coisas em si e isso realmente acontece.

Han gostava de se expressar em pedaços de papéis e por ironia do destino,— ou não — , anotava seus sentimentos, justamente nesse pequeno caderno. Não sabia dizer quando exatamente começou com isso, o que sabe, é que pareceu certo o suficiente e iniciou-se com esse costume. Recebeu muitas críticas sobre não saber se expressar de forma correta e acabou criando um certo bloqueio sobre isso. Era sua forma de descontar a frustração em ser tão tímido, por fim, passando a escrever sobre todas aquelas folhas brancas e inúteis. Além de seus sentimentos, escrevia versos de músicas, trechos que iriam o comprometer muito, caso alguém pegasse o seu caderno e, principalmente, se soubesse inglês. Gostava de se sentir dentro de uma música e, as vezes, se conectava demais com alguma e acabava anotando cada parte dela. Era intenso demais. Idiota demais. Sempre foi assim.

Chegou na escola com dor de cabeça, sentia as têmporas latejar tanto pela preocupação, quanto pelas aulas do dia de hoje.

Han estava cansado.

Cansado de viver apenas as mesmas coisas e não possuir nada de diferente e emocionante em sua rotina, não sabia como havia chegado e parado só nisso, sempre queria muita mais e estava exausto da mesma coisas todas as mínimas e entediante vezes. Queria sair do seu conforto ou como sua mãe sempre verbaliza: o seu ninho. E ela não exagerou ou até mesmo mentiu, Han realmente criou um próprio ninho e não conseguiu mais sair de dentro dele, mesmo sabendo que já havia criado asas e deveria sair de lá o mais rápido possível. Queria dar orgulho e mostrar o quão talentoso poderia ser aos seus pais. Queria cantar, dançar e rir como nunca fez antes. Queria fazer as mesmas coisas que os outros adolescentes, mesmo que seja mais reservado pelo início. Só queria tentar.

Apenas sentia e queria o mesmo. Não estava pedindo por muito. Mas por alguma razão entendeu muito cedo que o diferente gera incômodo. É doloroso querer por tanto e não saber, especificamente, como começar com tudo.

Han queria ser um pássaro, um pássaro azul, para poder voar por todos os cantos e ser encantado com os olhos curiosos das pessoas pela sua beleza exacerbada. Porém, ele sabia muito bem que não seria assim, pelo menos não agora. Para alguns, Han era como um estranho, apenas pela sua sexualidade, coisa tão idiota na sua opinião já que era muito bem resolvido com sua sexualidade e não mudaria isso, afinal, tinha orgulho de ser gay. Nada mudaria, era um garoto que gostava de garotos, comentários e mentes fechadas não iria fazer ele mudar sobre isso.

A Troca do Silêncio.↬MinSung.Onde histórias criam vida. Descubra agora