Aquele com a tinta azul!

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Boa leitura!!

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Han sentiu o corpo contrair em dor. Tudo parecia estar dolorido, como se um caminhão grande e com carga pesada houvesse passado por cima de todo o seu corpo e quebrado seus ossos. Cada mínimo movimento seu fazia a sua cabeça latejar, dolorosamente, contribuindo para a dor nas suas têmporas que estavam com aparência dolorosa, sentiu até seus olhos começarem a doer, pela luminosidade do sol que adentrava sua janela com agressividade. Sua boca estava tão seca que pareceu que já havia passado vários dias sem beber uma sequer gota de água, os lábios secos e rachados, a roupa colada no seu corpo e um absurdo cheiro de cigarro e bebida forte ou apenas vodka, impregnado em todos os seus cantos.

Han abriu os seus olhos com vontade, olhando para janela, amanheceu um dia bonito, aparentemente. Sua bexiga parecia estar prestes estourar a qualquer momento e sentiu que poderia desmaiar de sono novamente, precisava de alguns analgésicos e muita água. Notou os seus ursos jogados um a cada canto e ainda estar vestido com a mesma roupa de ontem à noite. Afinal, pensava sobre o que havia rolado depois que Chan o abandonou no meio da pista. Realmente, não lembrava de nada depois disso.

Ter realizado o desejo número dois, fez com que Han pensasse em como as coisas pareciam cada vez mais rápidas em tão poucos dias. E nem imaginava que Minho iria lhe ajudar, se sentindo extremamente mal, por nem ao menos ter comentado com o Felix sobre o interesse do mesmo. Estava pisando na bola até com o seu rival, isso era, com certeza, a maior das maiores sabotagens de todas. Contudo, Han não pediu para que Minho realizasse alguns de seus desejos e nem que o levasse para os lugares e cuidasse de si como uma babá atrás de uma criança. Minho fez isso tudo, porque quis e realmente não pareceu nem se importar quando disse que ainda não havia conversado com Felix. Isso era estranho. Tudo estava estranho ou apenas talvez, Minho fosse estranho, por isso tudo estava com a sensação tão Lee Minho. Sua cabeça estava mexida com a noite passada e por essa razão estava tão longe pelos seus pensamentos.

Sentiu uma pontada na sua cabeça e fechou os olhos novamente, tentando pensar sobre ontem.

Sua cabeça trabalhava em recordar pelo menos um pouco. Repassava tudo que aconteceu, aquilo que lembrava e se esforçava ainda mais em lembrar sobre aquilo que esqueceu. Lembrou de Bangchan, do mesmo lhe chamar para dançar e também de ser abandonado no meio da pista, depois disso tudo parecia estar em branco, então se esforçou em fechar os olhos e forçar lembrar daquilo que esqueceu, porém nada parecia ser real, era tão borrado, não pensava em nada. O que tinha concreta certeza é que bebeu, como nunca bebeu antes e agora estava com uma puta ressaca. Abriu os olhos novamente e olhou para a escrivaninha, vendo água e remédio, talvez pela dor de cabeça e um papel dobrado.

Foi difícil para Han levantar da cama e fingir que estava tudo bem, porque tudo pareceu girar e sua vontade de vomitar estar presente. Respirou fundo e acalmou o coração, se sentando na cama, passando os dedos sobre os seus olhos, se espreguiçando. Pegou em mãos o analgésico e a água, não demorando em tomar e respirar profundamente, desejando que agora a dor passasse com rapidez e tranquilamente andasse pela casa sem parecer um cachaceiro em dia de domingo. Parecia um velho. Sentiu arrepios só em pensar.

A Troca do Silêncio.↬MinSung.Onde histórias criam vida. Descubra agora