Han Jisung e Lee Minho se odiavam.
Han gostava da One Direction, Minho preferia Artic Monkeys. Han gostava de cachorros, Minho gostava de gatos. A cor favorita de Han era azul, enquanto a de Minho era roxa. Jisung possuía uma lista de 10 coisas que...
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Han é sonhador.Aquele tipo de pessoa que sempre viaja sobre os seus sonhos pessoais e desejos, torcendo para que todos pudessem ser realizados. Sonhava tão acordado que, por vezes, nem fazia questão de esconder. Tinha tópicos e mais tópicos sobre coisas que desejava fazer ao longo de sua vida.
A desventura do medo sempre foi algo que Han conviveu e talvez, esses sejam os motivos pelo qual Jisung tão logo se perdeu.
Han era meio amador pela vida, apreciava aqueles que possuíam coragem e disposição em desfrutar de cada mínimo detalhe do mundo medíocre onde vive. Desejava e pensava ser uma dessas pessoas, porém sua vida é bem enjoativa para tal ato. Não tinha nada de interessante a não ser suas notas sempre tão boas, ou suas roupas mais limpas que qualquer outra, era o estereótipo de um bom perfeccionista. Ou até mesmo, as suas anotações em um caderno pequeno e colorido.
Mas Han possuía um segredo.
O seu segredo era estar entrando pelo período que intitulam, como: "Jovem Adulto" e desde, então, nunca ter beijado alguém, ter tentado e, principalmente, achado necessário, pelo menos, não como seus amigos com aquele absurdo desejo e vontade de beijar que alguns deles possuíam. Nunca sentiu. Realmente, nunca achou necessário, até achava um pouco vergonhoso pensar em ser tão íntimo à alguém, tão particularmente e amorosamente dizendo, no nível de compartilhar salivas. Todavia, também não mentiria em dizer que nunca havia pensado incontáveis vezes sobre o assunto, até porque não era tão centrado assim, possuía suas dúvidas, principalmente se essas dúvidas eram ligadas ao contato de duas bocas compartilhando a mesma saliva, o mesmo gosto. Isso era insano! Não fazia sentido. O que sentiria caso algum dia tentasse? Sentiria amor? Ou seria apenas algo normal e sem graça? Han tinha tantas perguntas e pensava tantas vezes sobre o ato. Beijar não parecia ser para si e ainda era muito inseguro sobre a ação. Esperava encontrar alguém que o ajudasse a superar suas inseguranças e medos ou ao menos que tentasse fazer isso, já que a coisa toda sempre foi tão puramente entediante para ele.
Não é que não goste da ideia do beijar. Encontrar o céu da boca de alguém, sentir o gosto refrescante e um bom contato de salivas e línguas. Ele só sentia o medo inseguro de falhar em uma lição tão meramente fácil para outros, mas tão difícil para si.
Han era meloso, o tipo muito romântico. Olhava para o mundo do amor como se ele fosse aquele arquétipo de filmes românticos que a personagem carregava flores por todos os cantos e sentia todos os sentimentos de uma vez só, passarinhos cantando por todo o canto, assim como no filme encantador de princesas que algumas pessoas, genuinamente, poderiam invejar. Com aquelas transformações de seus próprios olhos, tão genuínos e o coração transbordando carinho. E como havia dito, nunca se apaixonou, então poderia ser por esse fato que não encontrou alguém que lhe fizesse acreditar nessa baboseira melosa e invejável. Queria entender o porquê das pessoas gostarem tanto de se humilhar por alguém, talvez, isso seja um aspecto bom e por essa razão, as pessoas sempre estavam dispostas a esses pequenos e confusos costumes. Han queria tentar. Mas tentar de forma limpa e bonita, não queria se humilhar, ou sofrer como a grande parte dos adolescentes apaixonados sofriam. Apenas queria entender o tão falado amor. Amor no aspecto de estar apaixonado e querer que se apaixonem por si.
