Lilith P.o.v
Resolvi voltar pra casa dois dias antes e faria uma surpresa para Zelda. Havia comprado flores e depois de muito pensar acabei comprando um anel também e isso tá me dando um frio na barriga, por mais que eu tenha a absoluta certeza de que quero isso.
Faustos voltaria depois, o que me dava vantagem de passar mais tempo com ela, mesmo que não fosse em público. Aterrizei na cidade depois de longas horas dentro daquele avião, peguei minhas bagagens e entrei num táxi dando o endereço do apartamento dela. Respirei fundo ao descer do táxi e entrar em seu prédio. Eu estava morrendo de saudades da minha mulher e também preocupada com a maneira distante com que ela havia me tratado.
Peguei o elevador e parei em seu andar. Toquei a campainha e coloquei de maneira estúpida as flores escondidas em minhas costas. Ela demorou alguns minutos para atender e só quando ela abriu a porta percebi que ela havia acabado de sair do banho.- Oi - foi a única coisa que disse antes de pular em seus braços e beijar todo o seu rosto.
- O que está fazendo aqui? Pensei que voltaria daqui alguns dias - ela diz sorrindo e me abraçando forte.
- Não aguentei ficar tanto tempo longe de você - lhe entrego as flores e verifico discretamente se o anel está seguro no bolso do meu sobretudo.
- São lindas - ela sorri e cheira as flores.
- Não vai me convidar para entrar? - perguntei divertida e ela me puxou pela mão e fechou a porta atrás de si.
- Você está bem? Eu queria me desculpar por ter assinado esse contrato estúpido - me sento no sofá enquanto ela arruma as flores em um vaso.
- Você precisou fazer o que era melhor pra você e é claro que eu ficarei com ciúmes de ver minha mulher nos braços de outro cara mas eu confio em você - ela diz se aproximando e eu a puxo pela cintura, a posicionando em meu colo.
- Eu tenho uma coisa pra te dizer... - ela me interrompe.
- Se for pra falar sobre o Faustos eu vou te expulsar do meu apartamento - ela diz ameaçando a se levantar e eu a puxo de volta pelo o nó de seu roupão.
- Não é isso, prometo!
- Então o que é? Tá me deixando nervosa, Lilith! - ela tem suas mãos em volta de meu pescoço.
Puxei o anel do bolso do meu casaco e vi suas pupilas dilatarem.
- O que está f..fazendo?
- Eu precisava de algum jeito provar que só tenho olhos únicamente e exclusivamente pra você - sorrio.
- Zelda Phiona Spellman você aceita juntar as escovas de dente com essa humilde mortal que te venera? - falo divertida, até fazendo uma reverência.
- Eu posso pensar? - ela diz e eu me assusto. Mas logo vi que ela estava rindo.
- É claro que aceito!
Coloco o anel em seu dedo e beijo sua mão. Ela levanta meu queixo e cola nossos lábios. Céus! Como eu sentia falta dos lábios dela. Finalmente abri o nó de seu roupão e parei para analisar seu corpo. Queria memorizar cada detalhe dele. Ela ficou vermelha de vergonha e eu apenas sabia sorrir.
- Vai ficar só admirando? - ela perguntou.
- Você realmente é a única coisa que merece devoção nesse mundo
Ela me puxou para um beijo um pouco mais selvagem e nos amamos ali mesmo naquele sofá. Não vimos a hora passar, o mundo lá fora se torna pequeno e insignificante para nós duas. Só notamos que havia passado muito tempo quando meu estômago reclamou de fome e eu olhei a hora em meu relógio de pulso.
- Tá com fome? Podíamos sair pra comer. Essa hora não tem quase ninguém na rua - Zelda diz enquanto fazia carinho entre os meus seios.
- Não podemos, você sabe
- Só hoje, não estrague a noite mais feliz da minha vida - ela beija meu pescoço e eu fecho os olhos.
- Isso foi golpe baixo - resmunguei baixinho.
- Tudo bem, você venceu - me levantei e a puxei pela mão.
Tomamos um banho, nos vestimos e saímos para jantar no restaurante dela favorito naquela noite. Alguns papparazis nos abordaram na saída mas os nossos empresários ficaram encarregados de barrar a circulação das fotos. Ela estava feliz e eu só queria ficar olhando para aquele sorriso para todo o sempre.
- A noite foi perfeita - Zelda se aconchega em meu peito e beija meu rosto.
- Eu amo você e sinto muito se alguma vez eu fiz você sofrer por conta dessa palhaçada toda com o Faustos - Eu disse enquanto fazia cafuné em sua cabelo.
- Eu te amo - Ouço Zelda dizer baixinho. Sorrio e a puxo mais para perto de mim, como se isso fosse possível, já que ela estava perto o suficiente.
Conversamos mais um pouco. Ela teria três ensaios amanhã para a Versace e um evento para comparecer. Isso naturalmente me fez querer morrer porque eu ainda não podia ser vista com ela em público. Então eu passaria meu dia no apartamento dela e sozinha.