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Sai do carro e corri até a garota que estava parada em frente ao portão, abracei-a forte e a ergui. Sendo correspondida pela mesma.

--Já estava com tantas saudades assim, amor?- Lauana perguntou com sua voz calma, me fazendo sorrir.

--Eu não consegui matar a saudade que eu tava de você, pequena.

--Quanto fogo, Mendonça.- Ela disse maliciosa e riu em seguida.

--Não é fogo, é saudade de tudo. Saudades do seu beijo, seu abraço, seu cheiro, seu corpo, nossas conversas que duram horas. Tudo.

--Tudo muda, menos sua mania de me dixar sem graça, não é, dona Marília?

--Linda.- Eu sorri e a beijei.

--Vem, eu estou sozinha. Quero fazer tudo isso com você agora.- Ela disse com a voz inocente, mas seu sorriso mostrava a suas verdadeiras intenções. Abracei-a por trás sorrindo maliciosa e entramos em sua casa.

***

Abri a porta de casa e entrei na ponta dos pés, eu havia perdido a hora e já se passava das 3:40 da manhã.

Pendurei a chave no chaveiro e fui até a cozinha, estava com vontade de comer doce.

--Puta que pariu, Maraisa, que susto!- Eu disse ao me deparar com a Maraisa apenas de camisola preta sentada na bancada e com uma maçã nas mãos. Coloquei as mãos no peito sentindo ele quase sair pela minha boca.

--Virei assombração agora?- Ela perguntou, dando uma mordida na maçã.

--Quase. Pelo susto que você me deu.

--Obrigada pela consideração.- Ela revirou os olhos.

--Que isso, disponha.- Sorri e fui até a geladeira pegar o pudim que eu havia feito mais cedo.

Peguei um pratinho e coloquei um pedaço de pudim e depois guardei o resto na geladeira.

Sentei na cadeira e comecei a comer, meus olhos estavam focados somente no pudim a minha frente, eu não fazia questão de olhar para Maraisa, não queria ter um diálogo com ela. Estava bem assim.

--Marilia.- Ela me chamou.

Qual parte do eu estou bem assim ninguém consegue entender, meu Deus?

--Sim?- Perguntei.

--Eu não esqueci o que aconteceu ontem.

--O que?- Perguntei.

--Que eu pedi para que você fizesse sexo comigo.- Ela disse calma.

Como ela conseguia falar isso com essa tranquilidade toda?

--E?

--E você disse que eu não me lembraria no outro dia. Eu continuo me lembrando.

--O que você está querendo insinuar com isso, Pereira?

--Entenda como quiser.

--Você acabou de ser pedida em casamento, garota!

--Mas a minha vontade de transar com você ainda continua a mesma.

--Você não ama meu pai?- Perguntei, incrédula.

--Eu amo, Marília. Eu realmente amo.- Ela suspirou-- Mas eu não sei o que acontece quando se trata de você. Eu só sei que eu sinto uma atração sexual por você que não tem como ignora. Eu não sei explicar.- Ela colocou as mãos no rosto-- Eu juro que tô tentando entender o que está acontecendo comigo, Marília, mas eu não consigo.

Eu não sabia o que dizer, apenas continuei encarando-a sem reação. Não tinha o que falar ou fazer.

--Você está noiva, Maraisa e eu namorando. Isso tem que mudar.

Minha Querida Madrasta Onde histórias criam vida. Descubra agora