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                              5 dias depois...

--Bom dia, meu amor.- Beijei o topo de sua cabeça.

--Bom dia.- Ela sorriu, se virando para mim e me puxando para cima dela, me abraçando.

--Dormiu bem?

--Dormi muito bem e acordei melhor ainda.- Ela sorriu e eu lhe  dei um selinho.

--O que iremos fazer hoje?- Perguntou.

--Não sei. Não podemos sair como um casal em público, a maioria das pessoas aqui conhecem meu pai.

--Que droga.- Fez bico.

--Eu sei, meu amor. Mas podemos ir ao cinema.

--Assistir meu malvado favorito 3?- Seus olhos brilharam.

--O que você quiser.- Sorri.

--Meu malvado favorito 3!- Ela bateu palmas, sorrindo. Eu ri, ela tinha quantos anos mesmo?

Maraisa era uma mulher extremamente sexy e linda, mas esse seu lado menininha me encantava muito. Era adorável.

Nos levantamos e fomos tomar um banho. Foi a primeira vez que de fato tomamos apenas um banho. O que era engraçado, pois hoje que era sábado e nós deveríamos realmente aproveitar. Mas, a semana toda foi baseada em sexo, ou seja, estávamos exaustas.

Quando saímos do banheiro, o celular de Maraisa tocou, ela me encarou e foi até ele, pegou e enquanto atendia, me olhou. Enquando eu me vestia.

--Oi, Mário.- Ela disse. Maraisa mordeu seus lábios enquanto me encarava-- Sim. Eu também. Volta daqui a quatro dias? Tudo bem. Tá bom. Eu também. Beijos. Tchau.

--O que foi?

--Seu pai volta daqui a quatro dias.

--Oh, sim.

--Temos poucos dias para nos prepararmos para a conversa mais tensa de nossas vidas.- Ela disse e suspirou.

--Vai dar tudo certo.- Eu tentei nos convencer disso, mas por dentro estava com tanto medo.

Maraisa se vestiu e nós duas ficamos em silencio. Ela deveria está com tanto medo quanto eu.

--Vou preparar nosso cafe da manhã.- Ela deu um beijo em minha bochecha e desceu até o andar de baixo. Sentei-me na cama e respirei fundo.

Será que ele iria me odiar? Eu amava tanto meu pai, apesar de saber que eu estava errada por ter traído a pessoa que mais me ama no mundo. Não podia perde-lo.

Levantei-me e desci quanto ouvi o interfone  tocando.

--Anitta?- Perguntei, confusa.

--Eu sei que não foi a data combinada e seu pai não voltou, mas eu fugi de casa. Eu não podia ficar lá e conhecer a família do meu noivo, é loucura.

--Tudo bem, Anitta. Você e sempre bem-vinda aqui. Luísa sabe?

--Não. Ela me chamaria de maluca.

--Entendi.

--Obrigada, Mali.- Ela me abraçou forte-- E vocês duas, tratem de me explicar o que está acontecendo aqui?- Cruzou os braços.

--Estamos juntas.- Maraisa disse.

--Desde quando?

--Bem, assumido mesmo desde o dia que o pai dela foi viajar.

--Então quando eu vim aqui vocês já estavam juntas?

--Não exatamente.- Eu disse-- Naquela época estávamos em fase de negação. Não queríamos aceitar que estávamos atraídas uma pela outra.

--E o seu pai, como fica nessa história?

Minha Querida Madrasta Onde histórias criam vida. Descubra agora