🕯️CAP.🕯️³¹.

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"Não permita que a mesma pessoa te atrapalhe duas vezes"

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"Não permita que a mesma pessoa te atrapalhe duas vezes"

─━━━━━━ ˙ 益 ˙ ━━━━━━─

Após toda a conversa que tive com Mei-li, é como se tivesse escancarado a porta do meu passado, as lembranças explodem como fogos de artifícios em minha mente.

Mesmo com essa sensação ruim, me sinto mais confortável com esse casamento como se saísse uma tonelada dos meus ombros.  Não tive coragem de falar tudo, porém  me sinto aliviado.

Meu medo é que meus demônios perturbem minha pirralha.

Faz um tempo que estamos abraçados e sinto que Mei-Li finalmente pegou no sono, beijei seu ombro e devagar tirei meu braço debaixo da sua cabeça.

— Preciso tomar um chá e a companhia dos meus irmãos... — me coloquei de pé e antes de sair tirei a bagunça que ficou no chão.

Dobrei a coberta e coloquei sobre a poltrona, coloquei uma camisa e fui atrás dos meus irmãos.

Assim que saí, ambos apareceram no início do corredor como se estivesse me esperando. — Ainda bem que estou aqui, não será tão difícil lidar com essas lembranças miseráveis.

Yan foi o primeiro a se aproximar e ainda no corredor me deu um abraço.

— Vamos tomar um chá Jun! — caminhamos de encontro ao Jae que também me deu um abraço.

— Sabemos que conversaram Jun. — me recordando que essa cobertura tem as paredes finas olhei a minha volta procurando pela Angelina, de modo a saber se também havia escutado a conversa — Pedimos que ela fosse ficar com a Ninfa, assim que você iniciou os relatos.

Respirei aliviado... Por mais que futuramente Angelina possa entrar para a família, não quero meus segredos sendo compartilhados com mais ninguém, quem deveria ter conhecimento já está sabendo.

Seguimos para a cozinha e juntos permanecemos em silêncio por um bom tempo. Os minutos viraram horas e sem perceber as lágrimas saíam quando a péssima lembrança daquelas mulheres sentadas em meu colo explodia em minha mente. Imaginei que meu consciente não pegaria leve comigo. A mão do Jae pressionou meu ombro.

— O meu foi diferente, Jun, ele tentou me penetrar no início, disse a ele que não queria e o ameacei de contar ao meu pai se ele enfiasse qualquer coisa na minha bunda novamente. Porra eu era uma criança... — seus olhos não conseguiram segurar as lagrimas — fez comigo um vez e quando tentou me forçar a fazer oral nele contei ao nosso pai, ficou a minha palavra contra a dele, mas me mantive firme dizendo que não ficaria sozinho com nosso avô, até que me arrumou outro mestre.

Me sinto um covarde inútil por não ter feito o mesmo, pois talvez no presente momento não estaria tão fodido! Jae continuou a contar, e Yan se manteve calado durante toda a conversa, as únicas coisas que compartilhava conosco, eram suas lágrimas.

• KINBAKU - Lv 02 •Onde histórias criam vida. Descubra agora