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Dulce María Ferraz 🧳
Estava contando os dias, minutos e segundos para a viagem. Desde a minha inscrição no intercâmbio, a ansiedade só aumentava. Felizmente, meus pais ajudaram com o valor, porque o meu maior medo era que eles fossem contra a ideia, mas, para minha sorte, concordaram, o que me deixou tranquila. Christian e Maitê também me incentivaram bastante para que eu não desistisse desse sonho, já que o receio de uma resposta negativa por parte dos meus pais era grande. Esse intercâmbio não apenas me proporcionará a experiência de vivenciar outra cultura, mas também será um grande diferencial no meu currículo. Vou trancar a faculdade por seis meses e depois retomar os estudos. Sei que vou me atrasar um pouco, mas a experiência de morar em outro país e aprender um dos idiomas mais falados do mundo será única.
Não que viver aqui seja ruim, mas, se compararmos uma família de classe média alta no Brasil com a dos Estados Unidos, a diferença é gritante. Lá, temos mais oportunidades de crescimento, já que o poder de compra é maior. Sendo filha de uma fisioterapeuta e de um advogado, tenho certos privilégios, como entrar em qualquer loja chique do Barra Shopping e poder levar uma roupa. Desde criança, sempre tive coisas boas. Não tanto quanto hoje, mas já tinha bastante regalias. Isso até meus pais decidirem vender nossa casa no Méier para comprar uma maior e mais espaçosa no Leblon. Na época, eles tiveram que fazer um empréstimo, o que apertou um pouco as coisas em casa. Não no que diz respeito à alimentação ou lazer pelas cidades próximas, como o maravilhoso litoral do Rio de Janeiro, mas as viagens ao exterior ficaram mais complicadas, o que incluía meu sonho de conhecer Nova York. Esse desejo surgiu durante um curso de inglês que fiz na Barra há alguns anos. Nem tanto tempo, já que tenho apenas vinte e três anos, praticamente uma baby...
— Amiga, a entrevista será quando? — May segurou meu braço, mais entusiasmada do que eu, para ser sincera.
Continuei olhando a vitrine de uma loja super renomada no Barra Shopping antes de responder.
— Marcamos a videochamada para hoje. Vamos nos conhecer, mas já conversamos antes. Ele é pai solo de uma menina de três anos e está desesperado atrás de uma babá.
— Mano, você não tem medo disso? E se o cara for um serial killer? — Ela fez o sinal da cruz sobre o peito. — Ui! Só de pensar me dá um arrepio. — Tive que rir. May sempre exagerava. — Pelo menos a agência te mandou fotos do homem, né? Olha, eu sei que enchi sua cabeça com isso por causa da minha prima, que fez intercâmbio por esse programa e acabou casando com um americano. Mas ela deu sorte, caiu numa família legal. Algumas amigas dela, no entanto, relataram experiências bem negativas. — Sua expressão me deixou preocupada.
— May, por favor, não me assuste. E mudando de assunto, cadê o Christian? Combinamos de encontrá-lo na praça de alimentação e ele nos deu um bolo. — Mordi os lábios, uma mania que eu tinha quando as coisas saíam do meu controle. Christian tinha essa péssima fama de não cumprir horários. Se marcava com alguém, a pessoa sempre acabava esperando.
— Olha lá aquela coisa rosa e espalhafatosa, só pode ser o Christian. — May apontou descaradamente para um rapaz loiro, que realmente era o Christian.
— Ué, pensei que fosse ver o filme da Barbie de novo. Sei que você gostou, mas repetir já é sacanagem. — Eu entendi perfeitamente o desabafo da May, também odiei o filme. Não que a Barbie não tenha sido importante na minha infância, mas o filme era chato demais.
— Minhas polítas! — Christian se jogou entre nós, abraçando nossos ombros. — Não, mas eu pagaria de novo só pra ver a cara de c* de vocês duas.
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𝔸𝐮 𝐏𝐚𝐢𝐫 - 𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲 (𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐚) Será Retirada P/conto
Short StoryATENÇÃO: CONTO CONTÉM ERROS GRAMÁTICAS, E PASSARÁ POR UMA BREVE REVISÃO. ᭧᭧ Phoenix - Arizona ᭧᭧1°Temporada 16+ || Decidida a realizar um sonho de adolescência, Dulce decide inscrever-se em um programa para babás que se chama Au Pair, já que na...