Aquela foi uma noite bem agradável e feliz. Sentados à mesa, relembramos os velhos tempos, na Bahia, quando comíamos juntos, falávamos piadas, contávamos histórias da tradição local. Meu padrinho era só alegria e risos. Meus pais demonstravam uma grande satisfação em tê-los conosco e faziam de tudo para que se sentissem em casa. Eu estava radiante de felicidade. A forma como meu padrinho me tratava, desde criança, me fez ficar muito ligado a ele. E, com sua presença em minha casa, 18 anos depois, eu sentia como se agora estivesse completo, outra vez.
Algum tempo depois, todos começaram a se despedir, pois estavam cansados e queriam dormir para repor as energias. Eu fui escovar os dentes no banheiro, quando, de repente, meu padrinho aparece na porta, vestindo um short de tecido leve, cujo comprimento ia até metade de suas coxas e, perceptivelmente, estava sem cueca, pois havia um leve movimento do seu pau embaixo do tecido, que meus olhos, involuntariamente, não deixaram de perceber. Com uma toalha nos ombros, ele pergunta:- Posso entrar e tomar um banho pra relaxar?
-Claro, dindo! Só estou terminando de escovar os dentes.
Ele entra e, ao passar atrás de mim, sinto seu cacete roçar minha bunda, devido ao pouco espaço entre a pia e a parede. Pra completar meu desespero, ele me abraça por trás, me dá um beijo no rosto e fala:
- Você sabe que o dindo te ama, né? Senti muito sua falta durante esse tempo todo que fiquei longe de você.
Eu me virei de frente pra ele, sem perceber que meu pau estava meia bomba na minha calça de moletom, peguei suas mãos, as beijei e disse:
-Foi tão difícil, dindo, conviver longe de você! Não imagina a felicidade que senti ao te ver, hoje, naquele portão. Parecia um sonho na minha cabeça.
Ele me deu outro abraço e nossos cacetes se encostaram por cima dos tecidos de nossas roupas. Senti uma descarga elétrica por todo o meu corpo e minha vontade era estender a mão e agarrar seu membro, para sentir o calor e a textura daquilo que estava prestes a me levar a cometer uma loucura. Mas me contive. Ele me solta e fala:
-Senta aí no vaso, Betinho. Vamos conversando enquanto eu tomo meu banho.
Meu padrinho entrou, fechou o box e começou a tirar a roupa, enquanto continuávamos a conversar. Meu coração parecia querer sair da boca. Mesmo por trás do vidro opaco, era possível ver a silhueta de todo o seu corpo. Ele começa a se ensaboar e lavar a rola. Meus olhos ficaram vidrados naquela cena. Suas mãos iam e vinham por toda a extensão de sua pica, ao mesmo tempo em que envolviam as bolas, que pareciam ser grandes. Em alguns momentos, seus movimentos se assemelhavam a uma leve punheta e eu percebi que seu cacete aumentou de volume. Minha boca começou a salivar, meu cu piscava e eu já não pensava em outra coisa, a não ser sentir meu padrinho dentro de mim, mesmo sabendo que aquilo era uma loucura. Sua voz estava muito distante, pois minha atenção estava toda voltada àquela cena maravilhosa. De repente, ouço ele falar, quase que gritando:
-Então, Betinho, não tá prestando atenção? E as namoradas? Imagino que deve pegar geral.
Fiquei meio confuso sobre a resposta. Não sabia como ele reagiria se soubesse a verdade. Eu nunca tive coragem de falar com ele sobre minha orientação sexual. E se eu o decepcionasse? Mesmo com medo, resolvi abrir o jogo:
- Dindo, preciso te falar uma coisa. Eu não tenho namoradas. Nunca tive.
-Como assim? Um rapaz bonito e atraente como você, nunca namorou?
-Não quero desapontá-lo. Já namorei, mas não foi com meninas.
O chuveiro foi desligado. Sem falar uma palavra, meu padrinho começa a se secar. Vejo-o envolver a toalha na cintura. Ele abre o box, abaixa-se em minha frente, pega meu rosto com as duas mãos e fala:
-Olha bem pra mim. Você nunca vai me desapontar. Não importa com quem você decida sair, transar, namorar, casar. Eu sempre vou amar você.
Eu comecei a chorar. Sua opinião era muito importante pra mim. Ouvi-lo dizer que me amava e aceitava quem eu era, fazia com que eu o admirasse mais ainda. Ele se levanta, pega em minhas mãos e me faz ficar em pé. Eu o abraço, encosto minha cabeça em seu ombro e continuo a chorar. Ele beija minha cabeça. Pega em meus ombros e me afasta, deixando meu rosto bem próximo ao seu. Passa os dedos em meus olhos, secando as lágrimas. Dá um beijo em minha testa. Outro beijo em meus olhos. Segura meu rosto, novamente, com as duas mãos. Olha dentro dos meus olhos daquela forma encantadora e, de repente, encosta seus lábios nos meus e começa a me beijar, carinhosamente. Eu não o correspondo, pois fui pego de surpresa. Então, como que, voltando à sanidade, ele me solta, coloca as mãos na cabeça e diz:
-Desculpe, Betinho! O dindo não queria fazer isso. O dindo não poderia ter feito isso.
Eu só conseguia olhar para ele e para o grande volume embaixo da toalha.
Meu padrinho saiu e me deixou ali, estático, apenas com o gosto dos seus lábios nos meus e, na cabeça, a imagem da enorme excitação que ele não conseguira esconder ao me beijar.
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O PADRINHO
Short StoryBetinho é um rapaz muito querido por todos à sua volta: responsável, estudioso, alegre e com uma forte ligação com sua família. Além dessa característica de moço de família, um fogo arde dentro dele e o leva a cometer loucuras para satisfazer seu de...