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Desci as escadas indo pra cozinha pegar algo para comer e não encontrei nada, só uns salgadinhos que meu irmão insiste pra minha mãe comprar pra ele

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Desci as escadas indo pra cozinha pegar algo para comer e não encontrei nada, só uns salgadinhos que meu irmão insiste pra minha mãe comprar pra ele... parece uma criança. Mas optei por salgadinho mesmo, não estava a fim de cozinhar nada. Peguei um pacote de doritos e um copo de água e voltei ao meu quarto e continuei a cantar e dançar em frente ao espelho me admirando só de calcinha e sutiã. Estava me sentindo uma tremenda gostosa com aquela lingerie de renda preta.

De repente minha caixinha de som parou de tocar. As vezes isso acontece quando alguém está me ligando ou mandando mensagens no meu celular. Parei de dançar e fui checar meu celular e tinha uma notificação de mensagem, novamente de um número desconhecido. Fiquei encarando meu celular bloqueado exibindo apenas a notificação, sem a mensagem por alguns segundos. Desbloqueei ele para ler a mensagem e vi que era o mesmo número da outra vez, ou seja, Eddie Munson tinha me mandado uma outra mensagem:


Belo conjunto de lingerie.


Li aquilo sem entender nada. Passei em frente da minha janela com o celular na mão e senti que tinha alguém me olhando do lado de fora da minha casa. Era ele. Eddie estava em frente da minha casa, e pior, me viu daquele jeito. Meu deus do céu, que pesadelo é esse? Corri para o lado pra sair da frente da janela e coloquei meu roupão, era a coisa mais fácil e rápido que tinha por perto. Mas que merda ele está fazendo aqui? Meu irmão nem está em casa. Desci de roupão até a porta de casa pra saber o motivo dele ter vindo.

- O que você ta fazendo aqui? Meu irmão não está. – falei com o meu tom de voz um pouco brava.

- Não vim falar com o seu irmão, vim falar com você. Seus pais estão em casa? – perguntou todo sério.

- Não, estou sozinha. – respondi.

- Posso entrar? É rápido. – perguntou ele quase já entrando na minha casa.

Deixei ele entrar. Queria saber o motivo dele estar na minha casa a noite sabendo que meu irmão não estava. E agora sabendo que meus pais também não estavam, acho que eu não devia ter falado essa parte pra ele. Fui burra. Levei ele até a entrada da sala e pedi para que se explicasse.

- Bom, me desculpe por aparecer assim de última hora sem avisar. – disse Eddie se apoiado no braço do sofá.

- É, um aviso antes seria bom mesmo. Ficar espiando os outros pela janela é meio psicopata. – falei me cobrindo mais com meu roupão e cruzando os braços.

- Não fui eu que comecei espionando os outros, não é? – Eddie disse dando um sorrisinho.

- Não vem querer mudar de assunto ta? Me diz logo o que você veio fazer aqui antes que alguém chegue. – respondi gaguejando um pouco.

- Vim falar especialmente nesse assunto. Por que estava me espionando atrás das arquibancadas e como sabia que eu estava lá? - ele perguntou.

- Primeiro: eu não sabia que era você que está lá, só fiquei sabendo quando fui olhar. Segundo: se você e a... sei lá o que ela é sua, tivessem quietos, eu não teria escutado e ido lá ver. – falei nervosa.

- Ela não é nada minha, foi só coisa de momento mesmo. – respondeu sem fazer nenhuma gracinha.

- Melhor você falar isso pra ela então, porque pelo jeito que ela te olhava dava a entender que vocês estavam juntos a algum tempo. – falei ainda nervosa e encarando ele.

- Parece que tem alguma coisa rolando nessa sua cabeça, não tem pirralha? – disse Eddie mexendo em seu anel do dedo mindinho esquerdo, que aliás nunca tinha notado.

- Não tem nada rolando na minha cabeça, você que está supondo coisas. – falei olhando pro lado.

- O que passou na sua cabeça então quando você ficou me encarando nas mesas do refeitório hoje de manhã? – disse Eddie se aproximando de mim.

Comecei a ficar paralisada quando ele veio se aproximando de mim, não consegui pensar em nada naquele momento, não consegui pensar em uma resposta para sua pergunta. Mais uma vez ficamos encarando um ao outro em total silencio. Ouço a porta de casa abrir me fazendo voltar a pensar. Vejo que era meu irmão que tinha chegado. A única coisa que consegui pensar foi em esconder ele. Se o Aaron o visse aqui em casa comigo sozinha ia gerar um problemão. Peguei o Eddie pelos braços e o levei atrás do sofá e o fiz ficar abaixado até o momento que eu conseguisse levar ele até a porta para ir embora. Mandei ele esperar ali e corri na cozinha pra distrair o meu irmão.

- Cadê a mãe e o pai? – Aaron me perguntou me avistando na cozinha.

- Eles foram jantar fora. – respondi dando umas olhadinhas para a sala disfarçadamente.

- Vou tomar um banho e capotar, estou morto de cansado. – disse Aaron já subindo as escadas.

- Depois quero saber os detalhes do jantar na casa da Megan, ouviu? – falei alto e vi ele de canto fazendo positivo com os dedos.

Corri na sala e puxei o Eddie até a porta expulsando-o da minha casa o mais rápido possível.

- Vai logo antes que meus pais cheguem também. – falei quase já fechando a porta na cara dele.

- Eu vou, mas ainda não acabou essa nossa conversa. – falou cochichando perto da porta.

- A gente não tem mais nada pra conversar. Tchau. – cochichei de volta.

Fechei a porta por completo e me apoiei de costas na porta e soltei minha respiração como forma de alívio de ter conseguido tirar ele de casa sem o Aaron ver. Subi e fui para o meu quarto, pela janela vi Eddie olhando pra mim com as mãos nos bolsos de sua jaqueta, se afastando da minha casa e indo embora.

Coloquei meu pijama e me deitei na cama e fui absorver tudo que tinha acontecido hoje. Meus pensamentos tomaram conta da minha cabeça, mil possíveis respostas se passavam na minha mente para tentar entender por que ele precisou vir até a minha casa pra falar sobre isso e ainda que coincidiu de vir bem no dia que eu estava sozinha em casa... um pouco estranho.

Parece que a gente não tem mais aquela birra de antes um pelo outro, é como se tivesse sumido aquilo naturalmente. Em pouco tempo meu sono começou a chegar, virei para o lado e apaguei completamente.

| ENEMIES | Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora