Nervous.

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Para o meu primeiro dia como produtora, eu acordei bem cedo, me preparei e vesti minha melhor roupa. Às 13 horas em ponto eu já estava no set, esperando Joseph, que pela primeira vez chegou no horário marcado.

— Parece que você está realmente empolgado. — dei um sorriso que foi retribuído por Joseph.

O levei até o meu carro e dirigi por todos os locais de Hawkins, aonde seriam feitas as gravações. Paramos na floresta para ensaiar uma das cenas de Eddie. Enquanto eu explicava tudo para ele, Joseph lia o roteiro com atenção e com um olhar de uma criança ao ver o seu doce favorito.

— Eu vou ser a Chrissy. — sentei de frente para Joseph, que estava envergonhado.

Joseph me estendeu o roteiro, mas eu não o peguei.

— Eu já sei todas as falas. — ri, o fazendo me olhar surpreso.

— Você deveria ser atriz.

— Na verdade não. — torci os lábios. — Nunca tive vontade.

Eu e Joseph trocamos olhares por alguns segundos.

— Bom, vamos lá. — voltei a atenção ao trabalho.

Ficamos ensaiando por algumas horas e depois passeamos de carro pela cidade mais um pouco.

— Quais são suas expectativas pra essa nova temporada? — Joseph quebrou o silêncio, e eu deixei de olhar a estrada por um segundo para olhá-lo.

— Eu tenho certeza que essa vai ser a melhor. — respondi, com um sorriso convencido. — O elenco está perfeito, a história, o plot twist, o enredo. Está tudo perfeito.

— Você acha que vou me sair bem? — questionou, me fazendo suspirar. Dava pra ver que Joseph era extremamente inseguro.

— Tenho certeza que vão amar seu personagem. — o tranquilizei. — E vão amar você também. — falei, sentindo meu rosto corar. Joseph soltou uma risada sem graça.

— Eu nunca estive em um papel importante, e nem em uma série grande.

— Relaxa. Você vai se acostumar com a fama.

— É algo que eu sempre quis.

— Ser famoso? — franzi a testa, o olhando de lado.

— Sim. — Joseph deu de ombros. — Ter pessoas me admirando sem nem me conhecer, reconhecendo meu trabalho...Deve ser incrível.

— É sim. — suspirei. — Mas nem tudo é perfeito.

Chegamos ao set, onde estava tendo uma resenha dos atores, diretores e o resto da equipe.

— Opa, olha o que temos por aqui. — falei, entrando com Joseph.

— Achei que nunca fossem chegar. — Ross se aproximou, puxando Joseph e o apresentou para todo o resto do elenco.

Joseph se enturmou facilmente, rendendo boas risadas e conversas com Joe Keery, Gaten e Maya.

— Até que ele é gato. — Millie disse ao meu lado.

— Segura a onda, mocinha. — a empurrei devagar, a fazendo rir.

— Mas nada que se compare ao Jamie Campbell. — suspirou.

— Ainda não o conheci. — levantei o olhar para procurá-lo.

— Ele não está aqui hoje. — declarou. — Ele está viajando e só virá quando começar as gravações.

— Uma pena. — murmurei, dando uma risada junto com Millie.

— Bom, galera, agradeço a todos por terem vindo hoje. — Matt pronunciou, fazendo todos pararem de falar. — Nós preparamos o melhor para essa temporada. Eu sei que demorou um pouco, tivemos problemas e tudo mais, mas estamos muito felizes de finalmente podermos dar início às gravações.

Todos aplaudimos, com muita felicidade e empolgação.

— Quero dar as boas vindas ao nosso novo ator, Joseph. — ele continuou, e nós sorrimos para Joseph, que olhou diretamente para mim. — Eu tenho certeza que faremos um ótimo trabalho mais uma vez. Aproveitem. — Matt se virou, abrindo uma cerveja.

Todos voltamos a conversar, a comer e beber o que tinha na confraternização.

— As gravações só começam semana que vem, então o que acham de fazermos algo esse final de semana? — Gaten sugeriu para todos nós.

— Tipo o quê? — Millie questionou.

— Nós podíamos fazer um jantar, ou algo do tipo. — Caleb se pronunciou.

— Pode ser na minha casa. — David levantou uma taça de vinho e eu brindei com ele.

— Você sempre é a nossa salvação. — ri, sendo abraçada de lado por David.

— Fechado! — exclamou Natalia. — Sábado?

Todos confirmamos o dia e voltamos a conversar por mais alguns minutos, antes de nos despedirmos.

— Olivia. — Joseph me chamou enquanto eu arrumava minha bolsa pronta para ir embora.

Me aproximei dele, que me olhava apreensivo.

— Você pode me dar uma carona até o hotel? — suas mãos, embora estivessem escondidas dentro dos bolsos de sua calça, estavam notavelmente inquietas.

— Claro. — o olhei confusa, mas relevei.

Joseph geralmente pegava um táxi ou ele poderia ter pedido para qualquer outra pessoa levá-lo.
Peguei minha bolsa e Joseph me seguiu até meu carro. Ele se sentou no banco do carona, balançando os pés sem parar.

— Está nervoso? — liguei o carro, dando ré dentro do estacionamento.

— Sim. Eu estou assim desde te vi pela primeira vez. — Joseph riu pelo nariz.

— Eu me referi ao começo das gravações. — dei uma risada, o fazendo corar. — Mas tudo bem. Não precisa ficar nervoso. Eu não vou pegar no seu pé. — me inclinei um pouco para perto de Joseph. — A não ser que se atrase mais vezes. — brinquei, o fazendo rir.

— Eu não vou. — engoliu em seco, levemente envergonhado.

Ao chegar em frente ao hotel, Joseph tirou o cinto de segurança, e antes de descer do carro, virou seu corpo para mim.

— Você quer subir? — perguntou e eu arregalei os olhos. — Não é isso o que você está pensando! — exclamou em urgência. — Podemos pedir comida japonesa e conversar um pouco.

— Não sei se é uma boa ideia, Joseph. — tentei resistir ao seu lindo e convidativo sorriso.

— Por favor. Estou me sentindo muito sozinho esses dias.

Joseph me lançou um olhar pidão e eu acabei me entregando.

— Está bem. — retirei meu cinto de segurança, saindo do carro junto com Joseph. — Mas irei embora antes das 22 horas.

— Fechado. — seu lindo sorriso aumentou, me fazendo suspirar.

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