Capítulo 45

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Sophia acordou do breve cochilo um pouco tarde, ainda estava sonolenta quando saiu da cama, indo até à suíte e tomando um longo banho, relaxante e bem quente.

Quando saiu do quarto, encontrou o marido mexendo em seu MacBook na mesa da cozinha. Clara cochilava no sofá e o apartamento inteiro estava em silêncio.

— Oi. — Alisou o ombro de Micael, logo após, beijou o topo da sua cabeça.

— Oi. — Tinha a atenção voltada para a tela do MacBook.

— Por que não me chamou? — Sentou-se ao seu lado, encarou o marido mexer atento no computador.

— Porque você estava dormindo. — Teclou rápido.

Estava monossilábico, frio. Sophia não gostou de vê-lo assim.

— Vai ficar com raiva de mim?

— Não. — Rolou os olhos.

— Por que você está me tratando desse jeito? — Gesticulou, ficando um pouco irritada.

— Estou te tratando normal. — Mexeu o ombro. — Aliás, o seu amigo te fez uma visita mas você estava dormindo. — Encarou Sophia com deboche.

— Que amigo? — Franziu o cenho.

— Steve. — Silabou o nome do homem com fúria nos olhos, mas manteve a sua classe diretamente em deboches infinitos. — Ele precisa conversar com você, mas, não pude saber do assunto porquê é... Pessoal demais. — Voltou a olhar Sophia.

— Ah, já saquei a sua! — Sua ficha havia caído. — Está com ciúmes porquê o Steve veio até aqui?

— Não estou com ciúmes. — Abaixou a tampa do computador. — Só quero saber o porquê dele estar te procurando, vindo na minha casa e mandando recado confidencial à você. — Cruzou os braços, esperando uma boa resposta. — Você estava saindo com ele?

— O que? Não! — Sophia achou o cúmulo. — Steve é meu colega de trabalho, já te falei isso umas duzentas vezes. — Saiu da mesa e foi até à geladeira, caçando algo para comer.

— Não foi o que pareceu.

— Você acha que eu tô saindo com ele? — Buscou um iogurte.

— Não, até porque não tem como. — Confiava em Sophia. — Só quero saber se você estava saindo com ele, ou então, se estava tendo algum interesse.

— Micael, fica tranquilo que isso jamais passou pela minha cabeça. Ok? — Abriu a embalagem do pequeno iogurte.

— Ok. — Ele ainda a observava. — Então, eu posso saber do assunto?

Sophia soltou um riso.

— Pode. — Foi de encontro com o marido, sentando em seu colo. Enlaçou seus braços no pescoço do mesmo. — Acredito que seja sobre a sua querida compradora e super amiga, que você já conhece muito bem e coloca bem nisso! — Deu ênfase, mergulhou o dedo indicador no iogurte. — Falamos mal dela quando estamos em horário de trabalho, e ele precisa da nova paleta antes que ela tenha cinco filhos de uma vez. — Chupou o dedo, saboreando-se com o iogurte.

— Sheron? — Sophia assentiu. — Não sabia que era sobre isso.

— Mas é. — Mergulhou o dedo novamente. — Ainda está com ciúmes?

— Do jeito que ele anunciou, parecia até que tinha uma hora com você no motel. — Sophia mordeu os lábios, achando graça do marido com ciúmes. — Tá rindo do que?

— De você. — Não se aguentou. — Com ciúmes. — Chupou o dedo novamente, dessa vez, um pouco lento.

Micael sorriu com malícia, estava adorando o humor da esposa.

— Você tá me dando trabalho, sabia? — Fitou o rosto de Sophia, amando suas feições.

Ora irritada, ora debochada, ora safada... Era maravilhoso!

— Você não dá conta de mim. — O cutucou com suas palavras.

— Ah não? — Micael tinha um riso sarcástico nos lábios carnudos, prontos para entregarem à esposa, que ainda continuava a tomar o seu iogurte, de um jeito sexy. — Parece até que você não me conhece, senhora Borges.

— Eu conheço muito bem. — Sujou o rosto do marido. — Ops, sujou um pouquinho bem... Aqui! — Lambeu o seu maxilar, mordiscando em seguida. Micael cerrou os olhos ao sentir o seu toque.

Sophia desceu sua outra mão até a calça abrigo que Micael estava usando, alisou por cima e sentiu que o marido enrijecia a cada toque em sua pele. Mordiscar o maxilar, lóbulo da orelha e os lábios foi uma ótima ideia.

— Sophia... — Chamou sua atenção, mas estava adorando.

— O que é? — Sussurrou, continuando o que estava fazendo.

— Não me faça ficar duro com a sua filha dormindo à alguns metros de nós. — Cerrou os olhos.

— Mas você já está duro! — Ficou frente à frente com Micael, deu uma mordida no lábio inferior.

— Se eu soubesse que seria assim, eu não teria te engravidado. — Viu a esposa sair de seu colo, deu um tapa forte em sua bunda.

— Como se você desse conta de que eu engravidaria nessa brincadeira toda. — Lavou as mãos.

— Mas aconteceu! Foi uma surpresa e eu estou amando o fato de você estar grávida de novo. — Se levantou, indo de encontro com ela. — Agora uma coisa. — Lhe abraçou. — Você precisa marcar com a sua obstetra, entendeu?

— Sim senhor, eu sei que eu preciso. — Achou graça do marido estar preocupado.

— Você tem até amanhã pra marcar. E tem até amanhã para ir na consulta também, antes de viajarmos! — Avisou.

— Falando em viagem... — Tocou o peito nu de Micael. — Não podemos deixar a Clara com a sua mãe? — Fez uma careta.

— Como é? — Micael riu leve. — Você quer que essa viagem vire uma viagem de casal?

— É! Eu quero você, ainda não deu pra entender? — Micael riu mais ainda.

— Eu entendi. — Segurou o riso. — Mas acontece que eu já prometi à Clara, não tem como a gente deixar ela aqui.

— Tem sim! A gente deixa ela com a sua mãe, ou até mesmo com a Joana.

— Joana está de férias! — A lembrou.

— Podemos levar a Joana! — Se animou, tendo uma ideia.

— Amor, é uma viagem em família.

— Mas a Joana é da família. — Rebateu. — Ou você não gosta da Joana?

— Eu adoro a Joana, não tenho nada contra ela e se tivesse, estaria louco. — Soltou. — Mas essa viagem é apenas da gente, entendeu? Só nós três!

— Quatro.

— É, quatro. — Sorriram.

— Tudo bem então. — Sophia soltou um suspiro.

— Você vai ficar triste?

— Um pouco. Eu queria fazer essa viagem com você! Bem juntinho, em um lugar bem bonito. — Beijou o pescoço de Micael. — O que você acha?

— Eu acho que a sua obstetra precisa urgentemente te dar algum remédio que apague o seu fogo. — Sophia riu. — Eu não vou dar conta de você até o final da gravidez. É sério!

— Não? — Ela ainda ria. — Então eu vou ter que procurar outra pessoa pra me satisfazer. — Fez uma careta cheia de malícia.

— Se você fizer isso eu vou bater três mil vezes na sua bunda. — Apalpou o bumbum de Sophia. — Entendeu?

— Sim. — Beijou o marido. — E que fique bem claro. — O avisou. — Eu quero fazer sexo até o último dia que eu for parir, entendeu?

— Meu Deus. — Sophia riu da careta do marido. — Eu vou ter que trabalhar muito pra te satisfazer, não é mesmo?

— Sim, sim, sim e sim! — Voltou a beijar o marido, esquecendo de tudo e de todos.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora