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✦Protegê-lo✦
"Mas que droga! "A garota pensou irritada, enquanto corria atrás da pequena maldição que havia escapado de sua jaula. "Sensei vai ficar muito brava comigo se souber!".
— Oe! Volte aqui seu desgraçado!! — Gritou pulando o muro de uma escola pra seguir a maldição.
Em sua frente ela viu uma cena, talvez não muito estranha: 5 alunos importunando um garoto sozinho. Tentando ignorar isso por hora e focar em seu objetivo, mas seu plano foi por água a baixo quando viu a maldição passando pelo meio dos 5 alunos, e ela sem conseguir para acabou batendo neles e tropeçando, indo ao chão.
— Ai...! — Levou a mão até a cabeça, por ter dado umas três cambalhotas antes de parar sentada no chão. — Mas que droga...
— OE! Sua maluca! — A voz de um garoto foi ouvida por ela e calmamente a garota virou o rosto para onde a voz vinha. — Não vai me responder vadia?!
— Até que ela é bonitinha. — Um outro falou.
— O que está dizendo? Ela esbarrou em mim, acabe com ela! — A única garota no meios dos 4 ali falou irritada.
S/n pensou em ficar quieta, afinal aquilo não era problema dela, mas assim que viu o garoto que estava no chão tossindo muito e um dos caras virando para ele com ódio, ela teve um flashback estranho de seu passado e não conseguiu ficar parada.
— Ei, crianças, vocês não deviam ir pra casa? — Começou a se levantar.
— Não somos crianças, vamos pra casa quando quisermos.
— Ah, sério? Então podem ir agora, certo?
— Hãn?! Quem você pens-- Antes do garoto terminar de falar, ficou assustado com o olhar vazio que a garota estava direcionando a eles.
— Vão pra casa. — Sua voz sombria arrepiou os 5.
Em um segundo ela avançou até um deles, levando a mão aberta para emburrar o rosto dele, mas parou a centímetros do garoto que ficou muito assustado.
— Vão, agora.
Sem nenhuma coragem de ficar mais ali, os 5 fugiram dali o mais rápido que puderam, xingando uns aos outros.
S/n relaxou quando eles se fora, suspirando mais calma e finalmente olhando para o pobre garoto no chão que também estava assustado.
— Você está bem? — Ela agachou perto dele e tentou tirar a franja do olho do garoto, mas ele recuou com medo. — O que aqueles merdinhas fizeram com você? — Perguntou num tom bravo, pensando no que talvez teria acontecido com o garoto, mas ele apenas ficou em silencio. — Eu sou Taiyo S/n, e você é?
— Yoshino Junpei... — Sua voz era baixa e saiu um pouco quebrada. — Por que você me ajudou...? — Olhou confuso pra ela.
— Hum... Não sei ao certo, eu nem tinha certeza que eles estavam fazendo algo com você.
Ela sabia, sabia que eles estavam fazendo mal pra ele e sabia o porque tentou o ajudar. Ela não queria ver alguém passando pelas mesma coisas que uma antiga amiga sua tinha passado, até chegar ao ponto de dar fim a própria vida. A raiva que S/n sentiu no momento em que olhou para aqueles adolescentes foi real, algo que doía nela.
— Ei, Junpei, você quer comer algo? — O garoto a olhou confuso. — Aaaah, eu estou morrendo de fome depois de correr tanto! — Reclamou, levantando. — Vamos? — Estendeu a mão para ele.
Ela por um momento havia parou de pensar no seu objetivo inicial de pegar a maldição fugitiva, e decidiu dar um tempo para si e talvez ajudar o garoto que lembrava ela de sua antiga amiga.
[...]
— Sério? Esse filme parece horrível! — Ela deu uma risada em pensar no filme que o garoto havia contado pra ela. — Acho que não existem tantos filmes de terror bom. — Pegou um pouco do sorvete do potinho com a colher.
— Bem, de certa forma sim, mas eu gosto de ver até esses que são ruins. — Ele sorria animado ao conversar com alguém que se interessou pelo que ele tinha para dizer.
— Eu gostaria de ver filmes as vezes.
— N-Nós podíamos ver um dia, tem um filme bom em cartaz! — Ele estava tímido, mas feliz em pensar em ter alguém pra ver e comentar com ele, após o filme.
— Eu adoraria, mas não tenho muito tempo por conta da minha escola... — Disse pensativa e logo percebeu o olhar do garoto ficar triste. — B-Bem, sempre pode ter dias mais calmos, então talvez se a gente combinar um dia.
— Sério!?
— Claro, eu te passo meu número, além disso... — Falou enquanto pegava o celular no bolso. — Se algo acontecer novamente me chame, não vou deixar mais aqueles idiotas te atormentarem. — O garoto ficou envergonhado, feliz por ter feito uma amiga. — Você é um bom garoto Junpei, não deixe eles te incomodarem só pra inflar o ego deles.
— Obrigado S/n-san.
— Sem problemas. — Sorriu e bagunçou os cabelos dele. — Farei de tudo para protege-lo.
