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Sina
Deinert

Eu estava em um jardim, era lindo, todas as flores eram Rosa de cor azul,é raro encontrar uma rosa azul, pois elas basicamente não existem por conta própria, elas são criadas por variação genética

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Eu estava em um jardim, era lindo, todas as flores eram Rosa de cor azul,é raro encontrar uma rosa azul, pois elas basicamente não existem por conta própria, elas são criadas por variação genética. Porém, nesse jardim só tinha rosas azuis, milhares delas. São surpreendentemente lindas.

Um vento muito forte bateu em minhas costas, fazendo meus cabelos se agitarem, não só os meus cabelos, mas também as flores, o vento foi como um aviso, alertando que um temporal estava próximo.

Em seguida veio outra onda de vento, mais forte do que a primeira, oque me fez da um passo à frente, quando fiz isso, todas as flores murcharam, ficaram pretas e sem vidas. Sobrou apenas uma flor azul. Fui até ela, me agachei e, quando a toquei, ficou intensamente vermelha... Um tom de vermelho sangue, que só de olhar me fazia sentir calafrios.

Abro os olhos, que doem com a claridade do sol em meu rosto. Estou muito suada e ofegante. Toda vez que tenho esse sonho acordo assim. Não e sempre que sonho, mas quando sonho sempre é o mesmo sonho, pergunto-me o que significa. Não tenho privilégio de ter sonhos diferentes toda noite. Quando eu era pequena, contei para minha mãe e ela me disse que rosas azuis significa "o mistério" e a rosa vermelha significa "a paixão".

Essa era a explicação da minha mãe, uma explicação vazia, que não fazia sentido para mim. Por que as rosas azuis morreram e sobrou apenas uma? Por que, quando toquei na última rosa azul, ela se tornou vermelho-sangue? Eu queria uma resposta de preferência lógica.

-sina!- coloco o travesseiro no rosto

Era tão cedo e josh já começou a gritar.
Senti-me na minha cama e olho em volta, analisando o meu quarto. Por que está cheio de caixas espalhadas por aqui?

-droga.- Dou um pulo da cama e vou para o banheiro. Eu me esqueci completamente que hoje seria o dia em que iríamos nos mudar. Faz cinco meses que estamos morando em Illinois, no estado de Chicago, esse foi o período mais longo que eu ficamos em uma cidade. Eu e minha família sempre nos mudamos de uma cidade para outra, de um estado para o outro, é assim desde que os meus pais sumiram, mais ou menos dois anos atrás.

Eu sempre pergunto ao meu irmão mais velho por que nós não podemos parar em uma cidade e construir raízes, porque não temos uma alcatéia, sendo que não somos ômegas... e a pergunta que vem me assombrado há décadas: por que não podemos voltar para a nossa casa? Por que meus pais sumiram? Mas a resposta dele é sempre a mesma: "não podemos confiar em ninguém, e para o bem de todos nós". Isso me dá muita raiva, pois sinto que ele me esconde algo muito importante.

-sina, cadê você?- ouço a voz do Josh em meu quarto.

Abro a porta do banheiro com a escova de dente na boca. Ele me olha sério, com os braços cruzados e com aquela cara de mandão.

-Eu acordei faz horas, só estava arrumando as caixas.- minto com a pasta de dente caindo.

- não mente para mim. Sei que acabou de acordar, as suas caixas estão do mesmo jeito desde semana passada. A sua cama está revirada - ele vai até a minha cama e coloca a mão nela.- e ainda está quente, sem contar que seu rosto está amassado.

Reviro os olhos.
-você é muito chato. Qual é? Não tenho o direito de acordar tarde? - cuspo a espuma que estava na minha boca.

- claro que você tem o direito de acordar tarde, mas também tem que ter responsabilidade.

Enxaguo a minha boca e lavo o rosto.
- não começa com esse papo de responsabilidade, senhor careta,eu tenho responsabilidade sim.- jogo-me na cama.

- você tem responsabilidade quando quer.- rolo na cama e ele me dá um tapinha na bunda. - trate de ter responsabilidade agora. Leva,termina de encaixotar as coisas e coloque lá em baixo junto com as outras.

- tudo bem - resmungo.

Ele dá um beijo na minha testa e sai do quarto. Levando e começo a colocar o resto das minhas coisas na caixa. A cada mudança que fazemos aumenta a minha bagagem. Acho que na próxima vez que eu for se mudar vou ter que me desfazer de alguns pertences.

Eu estava sentada no chão e fechando as últimas caixas quando senti algo subindo em minhas costas.

- tudo bem, fique calma- digo a mim mesma, tentando não surtar. Levanto-me com cuidado, vou até o espelho e me viro para ver o que é.- BAILEY! JOSH!

-sina- vejo bailey me encarando da porta e sinto algo diferente se movimentar em minha pele.

Começo a pular feito uma doida desvairada e josh apenas ri do meu pânico, o que fez dar mais gritos.

-SEU IDIOTA FAZ ALGUMA COISA- ele não parava de rir, eu tenho pavor de aranhas...

Ele vem até mim e me viro, impaciente.
- fica quieta sina, senão eu não vou conseguir tirar.- enquanto ele tentava controlar a risada, eu estava preste a morrer de ataque do coração.

- anda logo- falo impaciente.

- olha aqui a sua amiguinha - ele me mostra aquela coisa horrível que se encontrava na sua mão.

- tira isso de perto de mim- digo apavorada e ele começa a rir novamente.

- tem tanta coisa para ter medo e a dona sina deinert tem medo de uma aranha -ele revira o olho -vc e uma Loba... e até vergonhoso ver você ter medo disso.- ele termina de falar e sai do meu quarto.

Não e medo... Apenas nojo. Não só de aranhas, mas de qualquer inseto que seja peludo. morro de medo... digo nojo.

Pego as caixas e levo tudo para o andar de baixo, coloco em cima das outras, já tinha alguns homens carregando as caixas e colocando-as no caminhão. Vou para fora e vejo josh e bailey supervisionado. Vou até eles.

- já trouxe tudo, medrosa? - fala josh em um tom brincalhão, bailey ri e eu reviro os olhos.

- já- digo, catucanduo-o.-josh... - ele me encara.- vc ainda não me disse para onde nós vamos dessa vez.

- Nova York. - ele sorri- vomos nos mudar para Nova York.

O supremo alfa (noart) Onde histórias criam vida. Descubra agora