A luz do sol, brilhante e ofuscante, apunhalou os olhos de Harry. Fazendo uma careta, ele se deslocou mais para fora do facho ofuscante que fluía pela janela. Ele teria que consertar aquelas cortinas. Ele se perguntou se o Carcerem havia guardado agulha e linha em algum lugar. Tia Petúnia nunca foi muito de consertar, mas Harry podia imaginar que cerzir meias seria uma ocorrência comum no orfanato. A falta de magia neste novo mundo era claramente irritante.
Ele estava sentado encostado em uma das paredes da biblioteca, olhando com olhos desfocados para a extensão escura sob uma mesa. Ele estava tão tonto pela falta de sono que, por enquanto, estava contente por sua mente estar entorpecida.
Riddle cochilou, deitado no mesmo trecho de chão onde ele desmaiou horas antes.
Harry tinha pensado muito durante a noite e embora seu cérebro parecesse saqueado, ele sabia de uma coisa. Ele nunca mais ligaria para Riddle Voldemort. O assassino de seus pais não conseguiu mais fingir ser um deus autoproclamado.
Arrastar Riddle pelo corredor e levantá-lo para uma cama estava fora de questão. Harry duvidou que tivesse forças mesmo que quisesse, então no chão da biblioteca ele o deixou, eventualmente (e com muita carranca) cobrindo o homem com um cobertor quando o notou tremendo. Ele não parecia bem.
O que acontece se ele morrer durante o sono?
Nunca Harry acreditaria que tais preocupações o atormentariam, mas Harry sabia com uma certeza em seu intestino que não poderia deixar Riddle morrer. Havia muito sobre este mundo que ele não entendia. A vontade de chutar Riddle para acordar e forçá-lo a explicar era muito tentadora.
Harry se manteve ocupado durante a noite. Depois de cuidar de Riddle, ele voltou para a cozinha para encontrar as salsichas queimadas e as batatas encharcadas. Ele engoliu tudo de qualquer maneira. Procurando por uma vassoura, ele encontrou uma em um armário.
Quando ele abriu a porta estreita, sua respiração foi sugada de seus pulmões. Ele deu um passo para trás e quase riu alto. Um armário embaixo da escada ? Seu armário? Foi como voltar no tempo. O velho e pequeno colchão estava lá junto com sua coleção de dinossauros de brinquedo precariamente equilibrados em pincéis e latas de tinta. Sobre o travesseiro estava seu ursinho de pelúcia comido por traças. Jesus. Ele tinha esquecido tudo sobre aquele urso. Ele estendeu a mão e pegou, e ao fazê-lo, seus olhos pousaram em um item que não pertencia. Inclinando-se ao lado de um esfregão e brilhando tão intensamente quanto no dia em que o desembrulhou estava sua Firebolt. Sorrindo para o retorno de sua vassoura de confiança e sorrindo para a imagem do rosto horrorizado de Ron se ele soubesse que Harry estava usando uma Firebolt para varrer a bagunça, ele fechou a porta do armário e voltou a subir as escadas. Ele limpou o vidro quebrado e endireitou as cadeiras. E então, enquanto Riddle dormia, seu peito mal subindo e descendo, Harry apoiou a Firebolt contra uma lâmpada e puxou livros das prateleiras.
A noite diminuiu e as pilhas cresceram. Harry sentiu quatorze anos novamente, procurando freneticamente por uma maneira mágica de sobreviver debaixo d'água, exceto que desta vez era para escapar de uma prisão mágica. Justo quando achou que não valia a pena continuar, que não havia um livro sobre o Carcerem, ele o encontrou: um tomo de couro preto, indefinido, com a mesma flor dourada em forma de sol que estava no teto gravada na frente . Harry a abriu apressadamente. Uma única inscrição estava na primeira página: factura tua.
De sua criação.
Franzindo a testa em perplexidade, Harry virou a página e recebeu uma lista. Página após página, os nomes eram anotados em uma caligrafia caprichada. Ele os examinou. Alguns saltaram sobre ele – Morgana, Edgar Stroulger, Amarillo Lestoat. O que uma feiticeira do mal, o inventor do sneakoscope e um vampiro mundialmente famoso têm em comum? Parecia a linha de abertura de uma piada de mau gosto. Ele folheou as páginas, esperando algo diferente dessa estranha e enervante lista de nomes. Ele notou que a maioria estava em pares, mas alguns estavam sozinhos em sua linha.
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Of Your Making • Tomarry Fanfiction
Fanfiction[Concluída] Uma reviravolta inesperada durante a batalha final deixa Harry preso dentro de um artefato mágico com apenas seu maior inimigo como companhia. O Carcerem irá libertá-los, mas a exigência de liberdade é impossível, pois nem Harry Potter n...
