Capítulo 46

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"Eu caí da minha nuvem rosa com um baque." —Elizabeth Taylor

POV Anastasia




O sol emitia um brilho quente contra a minha pele, mas não conseguiu descongelar a frieza que havia deslizado em meu estômago durante a noite. Eu fiquei acordada por horas, ouvindo Christian respirar e debatendo o que eu faria.

Por minha consciência, por minha sanidade, por ele, não fazer nada não era uma opção.

Eu queria ser uma pessoa diferente, alguém que pudesse por isso no passado e esquecer, só assim eu não teria que estragar a pequena quantidade de confiança que Christian tinha em mim e empurrá-lo para os braços de outra mulher. Só para não ter que destruir o contentamento que me enchia sempre que ele estava por perto.

Ele estava acordado e, ao mergulhar no colchão, sentou-se ao lado da cama. Seu olhar tocou minha pele, mas eu não abri meus olhos. E se ele visse tudo o que eu estava pensando?

Seu polegar roçou minha bochecha.

__Você vai ficar deitada o dia todo?

Eu balancei a cabeça.

__Estava ansioso por sua famosa sopa escorregadia, embora.

__Não seja um idiota, - eu murmurei.

Ele riu.

__Eu te disse que eu não sabia cozinhar, e você ainda escolheu se casar comigo, - eu reclamei.

__Você também disse que gasta muito dinheiro e não o faz.

__Espere até eu ir às compras.

Ele riu, e então eu engasguei quando ele arrancou as cobertas de mim. Meus olhos se abriram.

__Christian, está frio!

Eu estava nua. Se eu não estava nua na semana passada, eu estava vestindo apenas uma camiseta e calcinha. Melhores dias de sempre.

Seu corpo desceu no meu. Eu deslizei meus braços sob sua camiseta branca para roubar um pouco de seu calor. Eu tinha certeza de que esse homem poderia sobreviver a uma noite no Ártico sem um casaco pela quantidade de calor que ele produzia.

Eu amava o quão grande ele era e como eu sempre me sentia pequena e segura com ele. A verdade era que eu amava tudo sobre ele e não havia como voltar atrás. Estava a toda velocidade à frente, como um trem que não parava pela garota em pé com os olhos arregalados nos trilhos.

Felicidade cantarolou embaixo da minha pele enquanto ele estava em cima de mim. Ele correu uma palma áspera pela minha bochecha e segurou a minha nuca. Seus lábios roçaram os meus.

__Você é linda pra caralho.

A voz rouca dele envolveu meu coração e apertou. Cauterizando-o com calor e mordida ácida de culpa. Eu costumava odiar essa palavra, linda. Como soava sujo, não importava em que idioma fosse falado. No entanto, a maneira profunda e sincera que saía de seus lábios era como meu coração romântico sempre imaginara que fosse dito.

Ele me beijou e eu derreti embaixo dele, passando minhas mãos pelos músculos lisos de suas costas.

Seus lábios percorreram meu pescoço.

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