Era um menino.
Nós escutamos seus batimentos e vimos ele se movimentar estranhamente no visor enquanto o médico passava aquele gel gelado na minha barriga média.
Edward segurou minha mão o tempo todo.
Ele ajudou a me controlar, em questão de cigarro, bebidas e drogas. Eu frequento um grupo, eu só escuto, não me dou o luxo a falar, mas ajuda a me controlar, fazer exercícios e tentar ter uma vida saudável diminuía a vontade de usar qualquer uma dessas coisas.
E agora que a cada dia que passava, além de me acostumar com a ideia, eu começava a gostar dela. Eu me apaguei ao meu filho muito rápido, para dizer a verdade. Enquanto Edward trabalhava, eu ficava sozinha com ele, e era quando eu mais me aproximava dele, mesmo ainda não podendo ver seu rosto. Então sim, era mais fácil me controlar quando a primeira pessoa que pensava era ele.
Quem diria? A mesma Bella Swan de anos atrás que só se preocupava com vingança e chegou a matar alguém por isso, pensando em alguém que não seja ela mesma?! Não só isso, eu queria o bem dele mais que tudo.
Depois de MUITA discussão sobre o nome, ficamos com Léon. Ambos concordamos que era um ótimo nome.
Eu estava tentando levar uma vida completamente diferente, e tinha me acostumado com o fato de que eu seria uma mãe, mas as vezes batia o nervosismo quando pensava que estava tão perto dele nascer, ele não merecia ter uma mãe como eu, mas eu tentaria dar o máximo de mim.
Charlie e o pai do Edward vinham me visitar bastante agora no fim da gestação.
No dia 12 de Janeiro, Léon nasceu de 9 meses, com 2,900 kg. Saudável como deve ser.
Não tinha ninguém na maternidade no dia que ele nasceu, ninguém da família, nenhum amigo, nem nossos pais. Só eu e Edward estávamos ali para ele. Por um momento senti falta das pessoas ali, apenas por Léon, ele não ia ter avós o paparicando, pessoas da família ajudando e amigos dizendo o quanto ele era lindo com aqueles cabelinhos claros e olhos verdes. Imaginei Alice chorando emocionada, Oliver fazendo piadas sem graça, Alec rindo de todos e meus outros amigos. Imaginei todos do Alpha Academic querendo ver quem era o filho de Bella Swan e Edward Cullen enquanto o Ciarlo diria que seria a criança mais perfeita e sortuda do mundo. Naquele momento pela primeira vez senti muito ter feito o que fiz e com isso, privado ele de ter uma vida normal, com família ao seu redor.
Mas lembrei também que nem minha família e nem meus amigos eram normais, que eles provavelmente nunca dariam ao Léon o carinho que ele merece.
A partir daí, agradeci por ser só eu e Edward. Nós seriamos tudo o ele precisava.
X
Acordei com o choro estridente do Léon de madrugada. Seu berço provisório estava no nosso quarto por enquanto, então não demorou para eu e Edward acordarmos.
Ele só tinha 2 semanas, ou seja, era constante acordar de duas em duas horas de madrugada.
- Você quer que eu vá? - Edward perguntou de olhos fechados.
- Não, tudo bem, eu vou.
Levantei e peguei aquela pequena trouxinha que não parava de chorar.
Fui até seu quarto tentando o balançar para diminuir o choro.
Peguei uma fralda de pano na cômoda, sentei na poltrona em frente ao berço e desci minha camisola.
- Você está com fome não é? Você anda comendo muito, baby.
Ele parou de chorar quando começou a mamar e enquanto ele o fazia, eu alisava sua sobrancelha fina com cuidado.
Assim que ele terminou de mamar, eu o coloquei para arrotar do jeitinho como tinha lido na revista.
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New Intentions
FanficEXTRA DE CRUEL INTENTIONS. Depois dos acontecidos no Alpha Academic, Edward e Bella lidam com a nova vida, novos nomes e novas situações.