FINAL - Paraíso

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"A crueldade gera respeito. Podem odiar-nos, se quiserem. Não queremos que nos amem. Queremos que nos temam." - H.H

EDWARD P.O.V

Não sei o que caralho a Isabella tinha na cabeça, mas a merda da casa nova estava uma bagunça. Deixei tudo na mão dela, e estou começando achar que foi a porra de um erro. Tinha trabalhador quebrando parede pra lá e pra cá. Eu devia saber que agora que a Isabella era arquiteta isso se tornaria uma novela. Perfeccionista do jeito que ela é, ia entregar a casa só daqui a 5 anos.

É verdade que eu ia sentir falta do nosso apartamento que vivemos durante todos esses anos depois da nossa antiga vida. O começo foi tão difícil depois das nossas férias prolongadas. Chegamos naquele apartamento enorme sem saber o que fazer. O que faríamos agora? Pra onde iríamos? O que seria de nós? Naquela época a gente não tinha resposta pra nenhuma dessas perguntas, a gente estava assustado pra caralho, apesar de um pouco inebriados e dormentes por tanta cocaína. Cheirar e beber era tudo o que a gente fazia no primeiro mês que a gente se mudou, até a gente decidir tomar vergonha na cara e agir como gente normal pelo menos uma vez na vida. Eu que dei o primeiro passo. Sabia que não adiantava continuar do jeito que estava, então apenas me empenhei enquanto a Bella ficava na merda. Mas tudo começou a se encaixar depois de um tempo. Eu finalmente percebi que não precisava do que eu tinha antes pra ter uma vida decente. Pela primeira vez eu estava plenamente satisfeito com as coisas.

E o Léon chegou logo depois e eu não podia ficar mais feliz. Em relação ao Léon eu me permitia dizer que estava feliz e que amava aquele pequeno ser humano. Seus traços... Tão parecido com a Bella, e comigo também, mas principalmente com ela. Sua personalidade era tão forte, parecido comigo e com ela. Esse sempre foi meu medo, do Léon se tornar o que nós tínhamos sido uma vez, mas ele apenas era diferente e tinha uma personalidade forte.

- Pai! - Ele veio correndo quando cheguei para buscá-lo perto de um parque dentro da sua escola.

O segurei e dei um abraço, dando vários beijos nele, que estava com a cara emburrada.

- O que aconteceu? - Perguntei com ele no braço. E ele começava a pesar com seus quase 5 anos.

- Ele! - León apontou para um garoto terrível que olhava pra nós com um boneco na mão. - Ele tem o boneco do Capitão América e eu não.

- Nós podemos passar em uma loja e comprar, filho.

- Mas eu quero o dele.

Claro que ele queria.

Ele não queria o boneco, ele queria tirar a felicidade daquele garoto feio de 6 anos.

O garoto brincava feliz sozinho com seu boneco, fingindo que ele lutava.

Coloquei o León no chão.

- Você tem sido um bom garoto? Lembra da nossa conversa e da conversa que teve com sua mãe?

- Sim, papai. Não machuco ninguém com palavras. - Ele disse.

- Hm... E você sabe que se o boneco é dele, ele não vai dar a você, não é?

- Mas eu quero, papai. - Ele fez um bico.

- Você pediu a ele? - Ele negou. - Então por que você não tenta pedir a ele?

E ele foi. Tentou tirar o boneco da mão do menino e nada. Ele voltou emburrado.

Lembrei da época que eu era Edward, Edward no Alpha Academic, Edward antes da Isabella e do que eu fazia para conseguir as garotas e o que eu queria.

New IntentionsOnde histórias criam vida. Descubra agora