capítulo 3

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Minha mãe não estava mentindo quando disse que a casa era bonita. Bonita na verdade, é apelido. Na frente,tem um lindo jardim na frente com flores. Franzi o cenho tentando enxergar melhor.

- Isso são... Tulipas? - perguntei. Ela abre um sorriso.

- Sim. - disse. - Pedi para plantarem tulipas no jardim quando compramos a casa, há uns três meses, sei que são suas preferidas.

Fico surpresa. Isso foi,uau. Realmente,tulipas são as minhas flores preferidas,eu acho muito linda,desde pequena.

Descemos do carro, e entramos na casa,tinha um homem na sala de estar, que por sinal ,a sala era linda. A casa por dentro era toda linda.

- Chegaram! - o homem diz. Minha mãe vai até ele com sorriso no rosto e lhe dá um selinho. Ah. Então esse é o famoso Rodrigo Ricci?

- Lívia, este é o Rodrigo, meu esposo. - ela diz com um sorriso no rosto. Eu o encaro, Rodrigo é da mesma altura que meu pai, seu cabelo é preto e os olhos castanhos, ele é um homem muito bonito mas mesmo com a beleza que tem,não justifica o que ele e minha mãe fizeram.

- Estava muito ansioso para te conhecer,Lívia. - ele diz. - Seja muito bem-vinda.

- Ahn... Obrigada. - mordo o lábio, uma mania que tenho quando fico nervosa.

- Cadê o Antonio? - minha mãe pergunta.

- Ele saiu. - Rodrigo diz. Minha mãe o encara, incrédula.

- Disse pra você não deixar ele sair. Queria apresentar Lívia para ele. - Rodrigo encolhe os ombros.

- Sinto muito meu bem, mas não tive como impedir. Ele disse que não iria demorar. - Minha mãe assentiu. Quem é Antonio? Será que minha mãe teve outro filho com o marido e só esperou me contar agora que eu estivesse morando com eles?

Mato minha curiosidade e pergunto: - Quem é Antonio?

- É o meu filho. Ele tem a sua idade. - diz Rodrigo. Ufa,era apenas o filho dele e não um novo irmão.

- Vou apresentar ele assim que ele voltar. - Mamãe diz. - Lívia,vou te mostrar o seu quarto.

Ela vai até a escada e eu a sigo. Ela abre uma porta. O quarto é grande e bem espaçoso, é um quarto suíte e tinha um closet também,menor que o meu closet na casa do meu pai. Tem um tapete rosa e as paredes são todas rosas também. Que coisa enjoativa. Não poderia ser um vermelho? Ou um roxo?

- Eu queria que você se sentisse no seu próprio quarto ,lá no Brasil, então pedi para que pintasse as paredes de rosa,já que é sua cor favorita. - ela diz,encostada na porta me observando enquanto eu estou olhando em volta do quarto.

Essas paredes... Esse tapete... Não combinam nada comigo.

- Rosa deixou de ser minha cor preferida quando eu tinha 13 anos. - falei. Vi um desconforto em seu rosto.

- Você pode redecorar como quiser. É seu. - ela fala. Assenti. - Bem, eu vou sair agora ,vai ficar bem?

- Não se preocupe. - falei. Ela sorriu ,quando ela ia sair ,parece que se lembrou de algo e voltou.

- Liv... O quarto do Antônio é esse aqui de frente,se puder,não entre lá,ok? Ele não gosta. - falou. Concordei com a cabeça. Ela mandou beijos no ar e saiu definitivamente.

Fechei a porta e cai na cama. Peguei o celular e liguei para o meu pai avisar que tinha chegado e já estava na minha nova casa.

Depois que encerrei a ligação, tomei um banho e troquei de roupa,colocando um short jeans e uma camisa branca social. Eu amo camisas sociais e vestidos, amo saltos. Na minha antiga escola ,eu ganhei o título de patricinha mais bem vestida. E eu sentia orgulho.

Nunca fui boa em muitas coisas mas o que eu mais sabia - e gostava - era a moda. Me vestir bem sempre fez parte de mim. Acho que isso também é porque meu pai é dono de uma empresa de moda no Brasil, style cobalt. Solto meus cabelos castanhos e saio do quarto,fechando a porta.

Como sempre,minha curiosidade é maior e então abri a porta do quarto do tal Antonio. Era um igual o meu porém mais espaçoso e tinha um closet bem maior. Tinha um banheiro no quarto também.

Tinha quadros de fotos pendurados na parede. Um tapete branco peludinho no chão na cor preta e as paredes são brancas.

- Quem é você? - alguém pergunta entrando no quarto.

Dei um pulo com o susto, e virei para ver quem tinha me pegado no flagra.

Era um menino com os cabelos castanhos claros, chegado para um quase loiro e com os olhos azuis da cor do céu.

- Você me assustou. - disse. Ele sorriu irônico.

- Responde minha pergunta.

- Eu sou a Lívia, filha da... - Ele me interrompe.

- Da Emma? - concordei com a cabeça. - Lívia,você pode me fazer um favor? - perguntou.

- O que é? - perguntei

- Suma do meu quarto! - ele exclamou apontando pra fora. Fui pra fora rapidamente.

Céus,que garoto mal educado. Achei que os italianos fossem gentis,mas parece que não.

Desço as escadas, e vou pra o que parece ser a coxinha. Quando entro,uma mulher de aparentemente 40 e poucos anos está cortando cebola.

- Oi! - falo. Ela se assusta, e então me olha. - Não quis assustar. - falei educadamente.

- Oi,- ela sorri educadamente - Estava distraída e não vi você entrar. Você deve ser a Lívia,certo?

- Sim,eu mesma. - falo. - E você é a...?

- Sou a Maria,ajudante da casa. - falou. Abri um sorriso simpático.

- Encontrei alguém educado nessa casa. - falei. Ela franziu o cenho e então suspirou.

- Você já conheceu o Antonio? - perguntou.

- Infelizmente,sim. - falei. Mas decido mudar de assunto - O que você está fazendo de almoço? - perguntei,curiosa.

- Sua mãe pediu para fazer Strogonoff de Camarão.

Abri um sorrisão,eu amo Strogonoff de Camarão.

- Eu posso te ajudar. - me ofereci. Maria rapidamente negou.

- De jeito nenhum. Sua mãe me mataria. - dou de ombros.

- Strogonoff de Camarão, é o meu preferido,Maria. E minha mãe não precisa ficar sabendo. - pisquei para ela.

Relutante,ela aceitou minha ajuda. Enquanto Maria fazia uma coisa,eu fazia outra pra adiantar logo.
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Próximo capítulo,irei postar como imagino os personagens - Lívia e Antonio. Lembrando que vocês podem imaginar eles,como quiserem. :)

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