Capítulo 16: Sim,amore?

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São três da tarde quando atendo a porta e dou de cara com Giulia ,Lucca e um Enzo com o cabelo todo bagunçado e roupa amassada.

- Liv! - Giulia diz entusiasmada e me abraça.

- Oi - retribuo o abraço.- Não sabia que vocês vinham. - disse eu.

- Foi de última hora. - Lucca diz.

- Entendi. - disse. Giulia estava ao meu lado, e eu fui pra sala de estar,eles vieram atrás. - Antonio está no quarto. - eu disse para os meninos.

- Não estou mais. - ele fala descendo as escadas. Vai na direção dos meninos e os cumprimentam com aqueles "abraços de homem"

Giulia percebe que fiquei tensa. - O que foi? - perguntou.

Eu abri o meu maior sorriso de duas cara,como se nada tivesse acontecido essa noite e respondi. - Nada. - falei. - Quer fazer um bolo?

E a puxei para a cozinha.

- Você nem me contou como foi ontem com o carinha. - eu disse. Abri um armário e peguei os ingredientes para o bolo. Giulia sentou-se na bancada de mármore.

- Foi bom. - diz. - Ele é muito legal. - eu franzi a testa.

- Vocês ficaram? - perguntei.

- Não. - ela diz dando de ombros.

- Ele é um gato! - falei. Quebrei os ovos em um recipiente.

- Sim,ele é,mas não estava afim. - eu a encaro mas ela está encarando a porta da cozinha e... Oh meu Deus,ela realmente gosta dele.

Tento mudar o rumo da conversa.

- Entendi. - disse e sorri pra ela. - Quer fazer a calda do bolo?

- Sim. É bolo de cenoura? - perguntou. Assenti. Fiz o bolo e depois Giulia fez a calda. Colocamos em um prato de bolo bonito e cortei um pedaço pra Giulia.

- E aí? Bom? - perguntei ansiosa. Eu nunca tinha feito nada na cozinha, essa é a primeira vez. Giulia fez um careta e forçou um sorriso

- Ótimo. - diz. Eu franzo a testa. - Será que pode pegar uma água ?

Eu peguei um copo e uma jarra de água pra Giulia que agradeceu. Ela deu uma golada só e afastou o prato de si.

- Ficou ruim? - perguntei. Ela negou.
- Não, ficou... Ótimo.

- Você só faltou vomitar,Giulia. - falei. Ela deu de ombros. Os meninos entraram na cozinha e quando viram meu bolo,sorriram.

- Opa! Bolo. - Lucca diz. Giulia ia fazer sinal para os meninos não comerem mas eu tapei a boca dela. Lucca pegou um pedaço,depois Antonio e Enzo.

Giulia mordeu minha mão fazendo eu tirar da boca dela. - Aí! - gritei. Ela sorriu.

Nós observamos os meninos mastigarem o bolo e eles fizeram caretas. Impossível meu bolo ter ficado tão ruim assim,gente!

- Meu Deus. - Enzo diz.

- Eca. - Lucca fala. Antonio não consegue falar nada porque ele está vermelho!

- Antonio? - Giulia o chamou. Ele continua vermelho e parece engasgado. Arregalei os olhos,aí meu deus,será que matei o menino com meu bolo?

Fui pra perto dele e toquei seu braço.

- Antonio - o chamei. Ele me olhou. - Pega água pra ele. - falei pra Giulia. Ela rapidinho veio com um copo cheio de água. Eu dei pra ele tomar ,aos poucos, Antonio foi voltando a sua cor normal. Respirei aliviada.

- Que porra você colocou nesse bolo, Lívia? - ele perguntou.

Eu franzi o cenho, confusa. - O que colocam em bolos , ué. - disse.

Lucca riu. - Liv,você experimentou esse bolo?

Dei de ombros. - Não.

Enzo cortou um pedaço e me deu.

- Não pode estar tão ruim assim. - eu disse. Coloquei um pedaço de bolo na boca, e quase vomitei. Está salgado! Que porra. Fui até o lixo e cuspi.

Enzo me olhou sarcástico. - Não está ruim,Lívia? - perguntou.

Eu apontei um dedo pra eles. - Talvez, só TALVEZ,eu possa ter me confundido e ter colocado sal em vez de açúcar.

- Por favor,nunca mais cozinhe! - Lucca diz. Eu lhe mandei o dedo do meio.

- Tá bem Antonio? - Giulia perguntou.

- Depois de quase ter sido morto,tô bem Giulia.

Dei risada. - Você é muito dramático! - disse.

- Eu não sou dramático,Lívia. Você viu como eu quase morri com sua gororoba.

Bati a mão na bancada de mármore.
- Não chame meu bolo de gororoba,seu ridículo! - falei.

- Gororoba. - disse pausadamente

Eu o encarei com um olhar mortal,o que fez com que ele desse aquele sorrisinho ridículo. Corri pra ir pra cima dele mas Giulia me segurou.

- Ei ei ei! - disse ela. - Jesus,vocês não podem ficar um tempo juntos sem brigarem,caralho?

- Ah ,eu te garanto Giulinha, que na cama,ela não briga comigo. - ele diz. Giulia abre a boca, em choque e os meninos arregalaram os olhos.

- Antonio? - chamei.

- Sim,amore? - ele diz com o sotaque italiano forte. Eu abri um sorriso de maníaca pra ele.

- Aí, acho melhor você correr. - Enzo diz pra Antonio. Ele grita e sai correndo da cozinha. Eu corro atrás dele e dessa vez,Giulia não tentou me impedir.

Eu escuto as gargalhadas dos meninos da cozinha e Giulia falando pra eles ajudarem o amigo.

- Seu idiota babaca. - gritei.
Ele ri. Peguei a primeira coisa que estava na minha frente e taquei na cabeça dele, o que fez com que ele caísse.

Giulia e os meninos chegam na sala e arregalam os olhos quando vê Antonio caído no chão.

- Lívia. -Giulia diz.

- Você matou ele? - Lucca pergunta.

- Gostaria muito. - respondi. Escutamos Antonio resmungar e com a ajuda de Enzo,ele se levantou.

- Ela ainda vai te matar algum dia. - Enzo diz rindo pra Antonio.

- Só se for na cama. - Antonio diz. Gargalhadas saem da boca deles,até Giulia deu uma risadinha!

- Idiota. - falei e subi as escadas indo pro quarto. Minha amiga veio atrás.

Me joguei na cama e ela se sentou na cadeira que tem no meu quarto.

- Então você e o Antonio... ? - ela começa a falar. Resmunguei.

- Sim. Foi essa noite ,a primeira e a última vez. - falei.

Giulia riu. - Você transou com um dos caras mais gatos da escola,Lívia! - ela exclama. - Foi bom? - perguntou curiosa.

Eu fiz careta

- Já tive melhores. - disse. Ela caiu na gargalhada e caiu em cima de mim na cama fazendo-me cosquinhas o que me fez dar muita risada.

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