Capítulo 4

7 1 0
                                    

Ajudei Maria a fazer o almoço e depois que terminamos, ajudei a servir a mesa. Assim que a porta da frente abriu ,Maria congelou ,com medo da minha mãe descobrir que eu a ajudei.

- Fique tranquila. - sussurrei. Minha mãe e Rodrigo entram na sala de jantar e vêem como a mesa está bonita. Mamãe abre um sorriso bonito.

- Que mesa linda. - ela diz. Rodrigo se senta e minha mãe faz o mesmo.

- Antonio chegou,Maria? - Rodrigo pergunta.

- Sim, Sr. Ricci. - ela diz. - Quer que eu o chame? - perguntou. Rodrigo ia responder mas o mau educado de seu filho entrou na cozinha respondendo por ele.

- Já estou aqui. - disse. Eu me sentei em uma cadeira,e Antônio do outro lado. Mamãe estava ao meu lado.

- Hoje eu pedi para Maria preparar uma comida especial. - Minha mãe diz. Sorri fraco. Quando ela tira a tampa que estava cobrindo a comida, Antonio diz

- Que que isso? - perguntou,com careta.

- Strogonoff de Camarão. - Minha mãe diz.

- Eu nunca comi isso... Quem come uma coisa dessas ? - pergunta.

- Uma pessoa que tem um bom paladar. - falei. Ele me encara,com fogos saindo dos olhos. Pelo visto,eu e ele não vamos nos dar tão bem.

- Não perguntei nada para você. - ele disse.

- Antonio - Rodrigo diz - Modos.

- Preparei algo diferente pra você ,Antonio. - Maria diz. Maria preparou pra ele arroz branco ,bife e batata frita. Achei que na Itália não tinha isso mas Maria contou que Rodrigo e Antonio são do Brasil assim como eu e minha mãe. E que essa ,era a comida predileta dele.

Ele abriu um sorriso minúsculo quando viu a comida.

- Obrigado,Maria. - disse

- Bem, vamos comer. - mamãe diz. E então comemos ,como se fossemos uma grande família.

Estava no quarto, lendo um livro quando alguém bate na porta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava no quarto, lendo um livro quando alguém bate na porta. A pessoa entrou e era minha mãe.

- Oi - ela sorriu. Abri um sorriso fraco e me ajeitei mais na cama. - Queria saber se gostou do quarto. Você já viu o closet? Já arrumou suas coisas? Se quiser, posso ajudar.

- Eu vi o closet, ele é bacana, vai caber a metade das roupas que trouxe. - falei. Ela franziu o cenho.

- E a outra metade você pretende colocar aonde? - perguntou.

- Vou deixar na mala. - falei.

- Posso arrumar uma arara de roupa para você, e uma sapateira. - diz. Eu rio e concordo.

- Seria uma boa. - falei. Ela sorriu.

- O que está lendo? - perguntou. Mostrei meu livro pra ela.

- Oceano entre nós. - falei. Ela assente.

- Parece ser um bom livro. - diz.

- É ótimo, se quiser ,posso te emprestar depois pra você ler.

- Eu iria adorar. - diz sincera.

Passamos um tempo em silêncio até que ela quebra o silêncio.

- Lívia,nunca chegamos a conversar sobre o que aconteceu no passado...

Eu a interrompi. Não quero falar sobre isso porque se eu falar, irei despejar tudo o que ela me fez sofrer todos esses anos. E não quero isso. Não é hora e nem momento.

- Mãe,não. Eu entendi tudo o que aconteceu quando você saiu de casa há sete anos atrás ,foi muito doloroso mas já superei. - digo,mentindo um pouco na última parte.

- Eu gostaria de me explicar. - ela disse. Neguei com a cabeça.

- Não quero ouvir suas explicações. E mesmo se quisesse, não adiantaria. Você não largaria sua vida aqui, você não voltaria com o papai. - falei. Ela abaixa a cabeça.

- Eu sinto que perdi metade da sua infância e adolescência. - diz ela.

- Porque você perdeu. Perdeu o resto da minha infância,perdeu minha pré adolescência. - digo. - Mas já passou.

Ela fica calada e sai do quarto. Uma parte de mim ,acha que estou sendo dura com ela ,e a outra parte,está dizendo que eu estou certa. É difícil ser gentil com ela ,quando ela me abandonou. Desde os meus 11 anos de idade que eu não tenho amor materno, faz sete anos isso. E não será dez meses que vai compensar sete anos da ausência dela.

Summer Love Onde histórias criam vida. Descubra agora