Summer Love

Capítulo 9: Por que me agarrou?

São três da tarde, quando decido pegar um livro e ir pra parte da piscina. Coloco um biquíni azul e por cima e um short de alfaiataria.

- Vai sair? - Antonio pergunta. Ele está sentado no sofá da sala mexendo no celular.

- Não. - respondi e fui pra área da piscina. Tirei o short ficando só de biquíni e deitei numa das cadeiras de praia,coloco o óculos de sol e continuei minha leitura.

O dia está ótimo,não seria uma conversa com a minha mãe me chamando de rebelde que estragaria meu dia.

Antonio abre a porta que dá acesso pra área da piscina. Ele está com um short azul e um sorriso cínico no rosto vindo até mim.

- Veio me pirraçar? - perguntei

- Vim te fazer companhia. - ele responde e se senta na cadeira. É ruim ein.

- Hum. - falei. Ficamos em silêncio por alguns minutos.

- Sol tá quente pra caralho. - diz ele.

- Olha você reclamando ... - falei sarcástica mantendo os olhos na minha leitura.

Ele ri. E de repente,vejo água voando. Antonio pulou na piscina,e acabou me molhando e um pouco meu livro.

- Eu vou matar você! - gritei. Assim que ele voltou pra superfície,ele deu risada.

- Eu vou adorar te ver tentar. - ele diz,me imitando. Deixei minhas coisas de lado, e dei um mergulho na piscina. Quando voltei pra superfície,fui pra perto dele e o empurrei pra debaixo da água.

Quando Antonio voltou pra superfície,dei um grito quando ele jogou água em mim. Começamos uma guerra de água,como se fossemos crianças de dez anos.

De repente,estamos próximos um do outro, engoli seco, nunca fiquei tão próxima assim dele. Ele chega mais perto ainda, e sinto seus lábios nos meus.

Ai.Meu.Deus. Antonio está me beijando. Ele está me BEIJANDO! Demoro um tempo pra raciocinar,mas assim que faço, retribuo o beijo. O que eu estou fazendo? Ele é filho do meu padrasto e céus! Se alguém descobrir,estamos ferrados. Minha mãe me mandaria de volta para o Brasil no primeiro voo.

Ele coloca a mão na minha cintura,me puxando mais pra si. Isso é errado, mas ao mesmo tempo é tão bom. Por que tudo que é errado, é bom?!

Paramos o beijo por falta de ar, ele encosta sua testa na minha. Minutos depois de ter recuperado o fôlego, eu me afasto. E saio da piscina.

- Lívia. - ele chama. Não dou ouvidos, estou ocupada pegando minhas coisas. - Lívia. - ele chama novamente. Eu me viro dessa vez ,ele está saindo da piscina e vem até mim.

Ele ia começar a falar,mas eu o interrompi.

- Por que fez isso? - perguntei. - Por que me agarrou? - ele arregalou os olhos.

- Lívia,eu não te agarrei. - ele diz. - Eu te beijei, e pelo visto você gostou porque retribuiu! - ele exclamou.

- Você me deixou surpresa! - quase gritei.

- Pode me culpar o quanto quiser, mas se você retribuiu o beijo,foi porque gostou. - ele diz. Eu fico atordoada.

Eu me afasto dele.

- Se contar pra minha mãe ou para o seu pai,eu te mato! - falo. - Finja que essa porra de beijo nunca aconteceu. - e corri entrando pra dentro.

Chegando no quarto, tomei banho. enquanto tomo banho, penso no beijo.

Antonio me beijou. Na piscina. O filho do marido da minha mãe,me beijou! E o pior disso tudo, é que eu gostei. Nunca passou pela minha cabeça nos beijarmos. O jeito que ele me tocou, me beijou, o jeito que senti seu calor quando nossos corpos se colaram... Foi sinistro. E o jeito quando paramos de nos beijar, e ele encostou a testa na minha foi a coisa mais... Fofa.

Não posso pensar mais nisso, esse beijo foi um erro. A melhor coisa que posso fazer, é esquecer e fingir que esse beijo nunca existiu.
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