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Fim.

Jungkook entendeu naquele momento que eles chegaram ao fim, era tão difícil para si aceitar que tudo estava chegando ao fim por sua culpa. Ele nunca quis àquilo, mas não pode evitar que naquele dia as palavras simplesmente escorregassem de seus lábios, assim chamando Taehyung de seu primo, talvez, se desde o início tivesse sido honesto com Jennie, nada disso estaria acontecendo. Ele só deveria ter sido honesto com ambos, mas Jeon era realmente um idiota, ele sentia que no momento em que contasse a verdade para o outro, teria que vê-lo indo embora da sua vida. O mesmo sabia que o fim estava próximo demais, então queria curtir o que provavelmente seria seus últimos momentos com Taehyung em seus braços e Hyun dormindo entre eles embolado, como se fosse um rolinho.

— Você está meio aéreo, Gukkie. — Comentou o Kim, erguendo o queixo para poder vê-lo melhor. — Aconteceu alguma coisa?

Jungkook negou com a cabeça, ainda queria tê-los até o fim da viagem. — Não, só estou exausto mesmo, amor.

— É a idade. — Taehyung zombou, cutucando uma de suas costelas. — Você está ficando velhinho, já tem até cabelos brancos.

— Não enche, Kim. — mostrou a língua para o mais novo que voltou a inclinar-se sobre seu corpo.

— Fica tranquilo, eu ainda vou continuar te amando. — Taehyung murmurou como um gatinho manhoso e trouxe Hyun para mais perto. — Eu te amo, Gukkie.

— Eu te amo mais, Taehyung.

— Duvido muito. — Ele bocejou, quase dormindo em seus braços.

Pela a última vez.

Jungkook sabia, o fim batia em sua porta.

Com alguns afagos e um beijo na testa, o outro pegou no sono em instantes enquanto Hyun cada vez acordava mais. Jungkook pegou o garotinho e saiu do quarto evitando fazer o mínimo de barulho possível, andou até a varanda da casa de sua mãe e sentou na cadeira de balanço.

— Eu não queria que as coisas fossem assim, filho. — Jeon sussurrou para o menino que o olhava com os seus olhos espertos e fazia um biquinho ressaltando suas bochechas gordinhas. — Você acha que o papai Taehyung vai me odiar?

Hyun apenas continuou o encarando, ele era uma mistura dos dois pais. Uma perfeita mistura que deu certo, uma de suas maiores bençãos, Jungkook queria ter ficado ao lado do outro na gestação, queria ficar ao lado do mais novo pelo o resto de suas vidas, queria ter mais filhos com ele, queria casar com ele, queria tanta coisa ao lado de Taehyung, mas fodeu tudo.

— Eu sinto muito, Hyun. — disse, segurando-se para não chorar encima de seu filho. — Sinto tanto, tudo isso é minha culpa, pequeno. Seu pai provavelmente vai me odiar amanhã, eu o verei menos, mas saiba que sempre estarei por perto, uhm? Mesmo se seu pai achar outro cara. — Jeon brincou com as mãozinhas minúsculas de seu bebê. — Você está babando no ombro enquanto me declaro para você?

Hyun pareceu que entendeu e soltou um sorrisinho antes de voltar a babar em seu ombro.

— Agora entendo porque Taehyung te chama de pequeno babão. — Pegou o paninho que estava em seu outro lado e o colocou em seu ombro que já tinha dois litros de saliva.

Jungkook continuou os balançando na cadeira, sentindo à brisa agradável de setembro batendo contra o seu rosto, Hyun com o tempo começou a ficar sonolento em seus braços, ele cantarolava uma música para o garotinho que pescava com o pescoço e depois piscava antes de cair no sono de vez.

— Otwn. — Taehyung praticamente surgiu do chão e tirou uma fotografia daquele momento, ele sempre tinha uma câmera na mão para não perder nenhum momento de seu filho. — Eu acho que vou morrer de diabetes com essa cena adorável. — ele rodeou o local, sentando na cadeira ao lado. — Gostei dessa cidade e da sua família. Heejin me contou muitas coisas sobre você, kookoo.

Confetti - Kth + JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora