Melancolia: Parte 2

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Melancolia Vol.2

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Me sentia cansada, mesmo sem fazer nada apenas ali sentada no sofá vendo as notícias e os casos no mundo, como as pessoas que foram encontradas mortas em bostom. A o mundo está de cabeça para baixo, foram tantos acontecimentos mas para mim eles não significaram nada, já que não sinto nada.

Em dado momento me peguei derramando lágrimas numa tarde de sábado, era o sentimento solitário que hábita em mim conflitando com o pouco de emoção que se esconde em meu interior. Sim ainda hávia esperança eu poderia escapar desse vázio dentro de mim.

Mesmo que não houvesse uma vontade genuina de fazer algo para mudar isso, eu ainda pensava que poderia ser feliz, ter uma vida colorida e também resolver as coisas com aqueles um dia me importei e que também se importaram comigo. Assim a semana começou de novo e descidi que iria começar tanto ter alguns pensamentos positivos, e olhar o lado bom das coisas. E olhando pela janela do onibus enquanto ia para meu trabalho me lembrei como as coisas são de fato, e da crueldade presente daquelas pessoas com fome e sendo despresadas por aqueles que passam perto. Me lembrei do por que esse sentimento de vázio cresceu dentro de mim, e que minha decisão de mudar não tinha sentido, mas ainda sim eu queria tentar e persistir.

Mas acabou que todo esse sentimento acabou sendo tragado de mim e doi de uma maneira tão cruel que fez eu perder completamente minha fé de que algum dia minha melancolia fosse finalmente acabar...

Isso foi numa quarta-feira no meu horário de almoço do trabalho - eu comia sozinha em uma mesa de canto do refitório - quando um homem com um sorriso se aproximou com um sorriso no rosto e sentou-se ao meu lado.

- Não há problema eu me sentar aqui certo? - ele é mais uma pessoa que não consigo lembrar corretamente o rosto nem o nome, mas nem mesmo meu antigo nome consigo lembrar. - E como está a comida? Saborosa?

Ele parecia ser alguém legal, mas eu ainda era uma pessoa fria e dava respostas secas, entretanto diferente dos outros ele não se afastou continuou a falar comigo e a puxar cada vez mais assuntos e nossa conversa durou todo aquele almoço. Foi a primeira vez em tanto tempo que alguém realmente quis saber de mim, me conhecer de verdade. Descobri que ele trabalhava no setor vizinho ao meu - a nem mesmo com o que eu trabalhava tenho lembranças, vejo agora o quão insignificante era. - Na saida, nos encontramos e combinamos de sair no fim de semana pensamos num parque. Lembro-me que naquele dia, quando sai eu vi alguns relances de cores diferentes de cinza e preto, também senti meu peito apertando, entretanto não como algo ruim e sim uma sensação boa o sentimento de esperança havia crescido, senti que estava saindo de um estilo estagnado e talvez voltando a ser uma pessoa ativa e com sentimentos em mim.

Nos encontramos num sábado a tarde em um parque por volta das 15h45, caminhamos por ele e conversamos muito, eu via aquele grande lago e aos poucos enxergava algumas cores nele, via alguns casais andando juntos, outras pessoas se exercitanto e aquela brisa fresca era muito boa, eu via que na vida ainda havia coisas boas. Continuamos nosso passeio, tomamos um sorvete também e logo em seguida ele me levou a um bar a noite onte houve um show de stand-Up, e depois de muito tempo eu ri, e ele sorriu para mim me deu um pouco de alegria preenchendo levemente aquele vázio, me sentia bem e pela primeira vez em muito tempo leve e distraida e as cores, voltando aos poucos. No final ele me acompanhou até minha casa e antes de ir me beijou, aquilo foi como um choque em minha mente, foi como se entrassemos em sincronia aquela sensação dequele beijo molhado enquanto apertava minha cintura e acariciava-me, me deixaram ainda mais aliviada e aquele poço vázio eu senti ele diminuindo.

Foi algo maravilhoso finalmente eu tinha algo pelo que valesse a pena pensei que finalmente toda essa solidão iria embora, mas isso durou no fim de semana...

Na outra semana no trabalho as coisas já estavam diferentes, ele começou a me evitar e quando seus olhos se encontravam com os meus eu sentia a frieza que emanava deles. Ficamos assim por dias, e eu me perguntava o que hávia feito de errado, pensei que pudesse ser o beijo que foi ruim e que ele não sentiu o que senti, comecei a me culpar por ter estragado tudo e as cores iam sumindo pouco a pouco.

Um dia então descidi perguntar a ele o do por que de me evitar e seu tinha feito algo para ele me tratar dessa maneira tão fria...

- Achou que eu sai com você por que te achei interressante? Não os rapazes do meu departamento apostaram se alguém teria coragem te te beijar e quem conseguisse ganhava uma grana e eu aceitei e ganhei. - Naquele momento minhas cores se esvairam de uma vez, meus sentimentos desapareceram e aquele vázio profundo que antes era um poço se tornou um abismo. Mas ele ainda continuou. - Todos aqui te acham uma pessoa estranha, seria perda de tempo me envolver com uma pessoa igual você.

E assim uma única pessoa, roubou de mim tudo a esperança de que um dia eu poderia ser alguém com emoções outra vez, que eu poderia escapar da minha melancolia...

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