황현진
Já se passavam de nove horas da noite quando Hyunjin estava sentado atrás do sofá observando a noite pela janela. As estrelas refletiam no rio que envolvia o castelo, que coisa mais clichê, mas fala sério, era lindo. As árvores estavam escurecidas pela ausência de cores.
Apesar da paisagem estonteante á sua frente, qual ele já estava acostumado, Hyunjin estava mais concentrado em repassar o seu dia em sua cabeça. Ele havia ido em mais um encontro com Jisu. Dessa vez eles haviam feito um pequeno progresso e conversaram um pouco. Ele descobriu que ela havia morado nos Canadá quando criança, que ela tem um irmão mais novo e que ela gosta de azul bebê. Não havia muito o que ele falar para ela, boa parte da vida superficial dele já era pública. Mas ele contou que gostava de desenhar e sabia falar francês.
Mas não! Não era para as coisas estarem acontecendo assim. Bom, tecnicamente era, o plano de Hyunjin era apenas seguir a vida que seus pais estavam planejando desde que ele era um apenas um bebê, porém agora tudo parecia real demais. Assustador demais.
Ele não queria realmente conhecer ela, ou beijá-la, ou casar-se com ela, ou qualquer outra coisa que um casal faz. Para falar a verdade, não sabia nem se ela queria.
Ele se perguntava o que havia feito para chegar o quão longe chegou.
Haviam momentos, como esse, que quando ele estava sozinho, ele nem se preocupava em refletir muito ou se aprofundar em entender seus monstros internos. Ele apenas deixava as lágrimas virem sem pensar direito.
-- Oi, Vossa Alteza.
Merda. Merda, merda, merda.
-- Vai começar a me chamar de Vossa Alteza agora? -- ele disse passando suas mãos no rosto para tentar disfarçar o choro.
-- Com o tempo eu consigo. -- Jeongin deu de ombros, e só então percebeu que o rapaz na sua frente chorava. -- Ei, tá tudo bem? -- abaixou-se para ficar de frente a ele.
A mente de Hyunjin dizia para ele engolir o choro e não demonstrar nenhum tipo de fraqueza, mas o seu corpo fez exatamente o contrário. Ele abraçou as pernas ainda sentado e apoiou a cabeça entre elas.
-- Sim.
-- Quer conversar?
-- Eu já disse que está tudo bem.
-- Olha, você que sabe, mas falar ás vezes ajuda de verdade. -- disse. Pela análise de Hyunjin ele parecia sincero.
-- E por que você quer me ajudar? -- desconfiou.
-- Porque eu sou seu amigo. -- respondeu simples. -- Eu quero te ver bem.
Hyunjin levantou o rosto e encarou-o. Eles eram amigos. Ele finalmente tinha um amigo! Talvez botar para fora não fosse tão ruim assim, afinal, eles eram amigos. Era isso que amigos faziam.
Apesar dos pensamentos de Hyunjin sobre isso serem positivos, sua expressão não demonstrava isso. Jeongin já havia se arrependido de não ter simplesmente dado a volta quando o viu e estava pensando se o príncipe o daria um sermão se ele não fosse embora agora. Foi quando Hyunjin começou a falar.
-- Eu... hm... você sabe que eu estou noivo, não é? -- Jeongin assentiu. É claro que ele sabia, o país inteiro sabia. -- Eu não sei se eu quero me casar. Na verdade eu sei, eu não quero. Mas a data do casamento já está marcada e... eu não queria que a minha vida fosse assim. -- ele sentiu as lágrimas voltarem. -- Parece que eu vou viver atrás de uma máscara ou atrás de um personagem. Sei lá, isso está me sufocando.
Era perceptível que ele não estava muito acostumado a falar sobre seus sentimentos, mas o importante era que Jeongin havia entendido o que ele queria dizer.
Hyunjin imediatamente se arrependeu de ter falado aquilo. Ele estava se sentindo exposto e ainda estava mal. Pensou por um momento que nada que o mais novo fizesse poderia ajudá-lo. Ele não deveria ficar simplesmente falando suas fraquezas por aí, e Jeongin não merecia ficar escutando esse tipo de reclamação, ele tinha seus próprios problemas também.
Mas então Jeongin falou.
-- Quer um abraço?
Hyunjin pensou em quando foi a última vez que alguém o abraçou de verdade.
-- Quero.
O Yang foi até o seu lado e abraçou-o. Hyunjin deitou a sua cabeça no ombro dele por alguns segundos e sentiu que finalmente podia respirar. Aquele simples contato de alguma forma o fez ficar mais leve, ele já não estava assim tão arrependido de ter se aberto para ele. Eles se separaram antes que aquela situação pudesse ficar estranha e Hyunjin limpou seus olhos novamente.
-- Deve estar sendo bem difícil passar por isso, eu sinto muito.
-- Não é culpa sua.
Hyunjin estava sentido a atmosfera em volta de si mais leve agora, como você se sente depois de uma crise de choro. Parecia até que o ar que ele respirava era mais puro agora.
-- Você é bom em consolar. -- disse. Era verdade. O príncipe, no fundo, estava com medo que Jeongin fosse tentar dar algum conselho que não ajudaria em nada ou tratar seus sentimentos como se eles fossem insignificantes.
-- Obrigado, eu acho. -- respondeu. -- Há uns anos atrás eu queria cursar psicologia, então eu estudei um pouco sobre mesmo sabendo que não ia rolar. Eu não sou nenhum especialista, mas eu sei que as pessoas nem sempre querem conselhos.
-- Por que não?
-- Porque eu sou um Cinco.
-- Ah. -- mesmo que não fosse diretamente sua culpa, ele se sentiu um pouco culpado. -- Eu sinto muito.
-- Também não é sua culpa. -- repetiu as palavras do mesmo.
-- Você trabalha? -- Hyunjin perguntou. Parte porquê ele queria puxar assunto, parte porquê ele estava curioso.
Os dois garotos ficaram conversando pelos minutos seguintes, até ficar tarde e os dois decidirem que precisavam dormir. Era tão confortável conversar com Jeongin, principalmente depois de se abrir um pouco. Ele estava genuinamente feliz durante aqueles minutos, uma alegria pós choro crescendo dentro de si. Como Jeongin havia falado anteriormente, eles eram amigos. Hyunjin agora sabia que poderia contar com ele.
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N.A.: eu quero agradecer pelas 100 leituras, pode parecer pouco para alguns mas eu fico feliz a cada pessoa que vota ou deixa um comentário, muito obrigada!!!
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SELEÇÃO. hyunin (em hiatus)
FanfictionHyunjin é o príncipe herdeiro do reinado coreano, ele tem seus próprios problemas cara cuidar, como o seu casamento com Jisu, uma modelo coreana que é sua noiva desde que ele se conhece por gente. Mas seus planos mudam quando trinta e cinco garotos...