Entre espadas e foligem

Capítulo 10: Uma noite estrelada

Pov. Roronoa Zoro

Graças ao Luffy não tivemos jantar, mas não me importei muito com isso já que provavelmente eu não conseguiria disfarçar minha ansiedade para hoje à noite na frente de todos. Lilian como de costume foi treinar logo que o sol começou a baixar, mas algo estava estranho nela, ela também parecia nervosa e estava aplicando uma força desnecessária em seus golpes como se quisesse cortar de fato algo ou alguém, depois de um tempo a observando decido que a melhor coisa a se fazer agora é tomar um banho e ir ao ponto de encontro porque afinal de contas ela já deve estar quase terminando, e não quero que os outros fiquem curiosos ao nos ver subindo juntos para a guarita e acabem nos atrapalhando.

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2 horas, já passaram DUAS FUCKING HORAS ela só pode tá brincando comigo, quem fica 2 horas tomando banho? Eu não uso nem 5 minutos, se nós não usássemos água do mar filtrada no banho eu juraria que ela acabou com toda a água do navio, me sento e espero mais uns minutos e nada

- Já chega – perco a paciência e levanto em um rompante – pelo jeito eu vou ter que trazer essa mulher de arrasto mesmo – então ela aparece e meu corpo todo trava

Tão linda, ela estava tão linda como uma flor, ela usava um vestido solto que ia até a altura dos joelhos, seus cabelos estavam cacheados de um jeito que deixava seu rosto com mais destaque, e seu rosto, ele estava igual, mas ao mesmo tempo tão diferente, ela reluzia com o brilho da lua cheia, uma cena tão linda que parecia um anjo, não, um anjo é pouco para sua beleza, era como se uma estrela tivesse assumido a forma humana, a vejo vir em minha direção e engulo em seco para suprimir meus pensamentos e tento colocar minha melhor cara de irritado no rosto para tentar disfarçar que eu a perdoo completamente pelas quase 3 horas que fiquei plantado esperando-a, afinal tenho que manter minha reputação de cara mau.

- A princesa finalmente resolveu dar o ar da vossa graça? – digo fazendo uma reverencia exagerada com o maior ar de deboche que consigo

- Eu demorei? – ela disse erguendo as sobrancelhas - Desculpe não sabia que tínhamos marcado um horário fixo, pelo que eu me lembre um pedaço de capim ambulante só me disse "me encontre na guarita de observação depois do treino noturno" e saiu – diz colocando a mão no peito claramente irritada, isso me faz soltar um suspiro involuntário, afinal eu não vim aqui para brigar – Não ouse ficar suspirando aí como se você estivesse com problemas, por que primeiramente sou eu quem não queria estar aqui – ela diz cruzando os braços, pronto agora não preciso mais fingir estar irritado

- Bom se não queria tanto vir aqui então porque veio? Que eu saiba você veio porque quis então não fique toda bravinha aí – ela dá uma risada claramente sarcástica

- Eu tive escolha? – ela solta aquela risada forçada de novo – Me poupe, você mesmo me disse que se eu não aparecesse você iria me trazer de arrasto, Não. É. Mesmo? – ela diz a última parte palavra por palavra por palavra entre dentes enquanto me fulminava com os olhos.

Como isso foi ficar assim logo de cara? Quando eu a chamei eu tinha a intenção de saber sobre seus sentimentos por aquele outro cara e se eles já tivessem acabado então beija-la e talvez quem sabe faze-la minha, e mesmo se os sentimentos não tivessem acabado eu a beijaria até que ela o tivesse esquecido, mas agora só consigo pensar em esgana-la

- Só por que eu disse isso não quer dizer que eu realmente faria – isso era uma completa mentira já que antes de ela aparecer ele estava realmente prestes a faze-lo

- Ata claro, como se eu fosse acreditar nisso, no pouco tempo que te conheço já saquei todo o seu comportamento, você – revirou os olhos – é totalmente previsível e entediante – falou fazendo de conta que estava bocejando, como ela ousa fazer algo assim?