028

1.9K 97 1
                                    

- Olha o passalinho - falou feliz apontando para o pássaro que pousou na janela dela - Abre a janela - falou batendo palminhas e sorrindo em minha direção.

- Amor, se um pombo entrar no seu quarto, ele pode acabar ficando assustado - falei e vi sua alegria ir embora - Aqui é muito pequeno para a imensidão de céu que ele vive.

- Mas, ele quer ser meu amigo - falou e o pássaro bateu as asas indo embora - Pássaro chato - falou emburrada, cruzando os braços e olhando um ponto fixo do quarto.

Sn está de T.P.M., então tudo que ela faz é intenso. Quando está triste, chora até eu descobrir algo para dar a ela que a faça parar de chorar. Quando está feliz, acaba que quer fazer coisas além do que pode, por exemplo o esforço.

- Amor, o médico já falou que você irá ser liberada hoje e vamos poder voltar para casa - falei e ela continuou emburrada - O que minha princesa quer? - perguntei acariciando seu rostinho.

- Quelo voltar logo pla casa - falou - Agora! - ordenou me olhando e eu lancei um olhar de repreensão para ela.

- Não estou entendendo a falta de educação da senhorita - falei e ela foi se acalmando - Só irei voltar a falar
com você quando me der o mínimo de
respeito - falei e a mesma virou o rosto
me imitando e fazendo caretas.

Escutei uma batida na porta e fui em direção a mesma, a abrindo em seguida.

- Olá - o médico falou e Sn não olhou para ele.

- Oi - falei suspirando.

- Bom, a cirurgia de apêndice é algo que cicatriza muito rápido, então o normal é a pessoa ficar uma semana no hospital por supervisão - falou e eu estranhei, Sn não ficou isso tudo - Como o caso a Senhorita Sn não foi tão complicado na cirurgia, nós resolvemos deixá-la apenas dois dias no hospital, para que nada de ruim aconteça - falou e eu concordei - Então, venho avisar que vocês já podem voltar para casa.

- Oh, muito obrigado.

- Sn está melhor, e tudo no controle. Só peço que não coma chocolates, não faça nenhum esforço e nem movimentos bruscos por uma semana - falou e eu concordei, Sn ainda estava emburrada - Vou chamar a enfermeira para retirar o soro do braço dela - assenti e o médico saiu da sala.

Me sentei na cadeira e não toquei em nenhum assunto com ela, a sala ficou em silêncio. Sn não pode reagir assim, nem comigo e nem com ninguém.

-Com licença - a enfermeira falou entrando após bater na porta - Oi - falou acariciando o rosto da minha princesa - Vamos lá - falou e rapidamente tirou a agulha do bracinho dela, colocando um adesivinho no local.

- Vamos para casa? - perguntei serio e ela concordou ainda emburrada - Princesa, você vai ficar brava com o Daddy? - amoleci e fiz um bico perguntando e chegando perto dela, escutei a porta se fechar - Hum?

- Sn 'tá blava - falou fazendo voz grossa.

- Amor, mas porquê a S/a está brava? - perguntei beijando de leve o pescoço dela - O que você quer que o Daddy faça? - perguntei e ela me olhou.

- A Sn não tá blava papai - falou se explicando com as mãozinhas em movimento - É só que o Daly não quis me dar o passalinho - falou triste e eu ri beijando sua bochecha.

- Amor, os pombos gostam de viver no ar livre. Se você pegasse um do bando deles, ele viveria a vida inteira dele triste por não estar com a família - criei uma história coerente para que ela entendesse - Se alguém chegasse aqui e te tirasse de mim e deixasse você na rua, você iria gostar? - perguntei e ela arregalou os olhos.

- Não, não deixa Daly - falou pegando na minha mão.

- Nunca deixarei te tirarem de mim, só estou te explicando como é tirar um passarinho livre do seu habitat natural.

- Tudo bem, eu não quelo magoar o pombinho - falou e eu ri.

Alguém bateu na porta e um enfermeiro entrou com uma cadeira de rodas. Ajudei minha pequena a ficar sentada na cadeira, com cuidado e fomos levados para fora do hospital, onde meus seguranças já esperaram pela gente.

- De novo no hospital, que problema essa mulher deve ter? - ouvi uma repórter perguntar para outra repórter ao seu lado.

-A Sn no tem ploblema - minha princesa falou chorando, peguei ela no colo com bastante cuidado e entrei no carro - Eles são maus, falalam que a S/a tem ploblema.

- Não liga para isso amor, eles não sabem medir as palavras - falei acariciando o rosto molhado.

- Eles não melecem o ablaço da Sn - falou e eu ri - Só o Daddy - falou acariciando minha bochecha e eu beijei a palma da sua mão.

- A Sn vai chegar em casa e blincar falou decidida e eu neguei.

- Você se esqueceu que não pode fazer esforço, só cama - falei e ela soltou um choramingo, encostando a cabeça no meu ombro - Daqui um semana, se estiver tudo certo, aí você poderá caminhar.

- Mas... - falou tocando meu mamilo - Mama.

- Aqui princesa - falei levantando a blusa e ajudando ela a se arrumar para poder sugar meu peito - Princesa.

-Daly é um plinceso - falou e eu ri em concordância.

Sn começou a mexer as mãozinhas no ar e eu ria da sua concentração, a mesma mamava enquanto fazia os movimentos.

- Chegamos - falei olhando nosso apartamento, o motorista estava indo em direção a garagem - Vou trabalhar durante esse restinho de tarde, você quer ficar comigo amor? - perguntei e ela me encarou pensativa.

-Quelo - falou e eu concordei rindo.

Ajudei ela a sentar na cadeira de rodas, e entrei com ela no elevador que já estava aberto.

- Tava com sadadi - indagou olhando para mim e eu beijei sua testa.

- Também estava com saudade de casa.

- NEIDE - minha princesa grita feliz ao ver Neide, a chamando com a mão - Que saudadi - falou abraçando de mal jeito Neide.

- Vou atender um telefonema, Neide não deixa essa pestinha levantar e nem fazer esforço - falei beijando a testa da minha pequena e indo em direção a sala de cinema.

Ligação on

- Oi, Linsey.

- Já reservei o hotel de vocês, agora estou pesquisando o que vão fazer além de ir para Disney - falou tudo muito rápido.

- Calma, para que dia? - antes que ela pudesse responder, falei - Sn vai ter que ficar pelo menos uma semana em casa sem fazer esforço, então quero que seja mais para frente.

- Como sou uma pessoa muito inteligente, coloquei tudo para junho - falou - Férias nesse país, é melhor.

-Ok, muito obrigada mesmo - falei - Tenho que ir.

- Tchau.

Ligação off

- Daly - ouvi o grito da minha princesa e corri até ela.

- Oi, amor - falei e ela sorriu envergonhada.

- Só te chamei pa falar que a S/a te ama muto - indagou fofa e eu a abracei com cuidado.

- Daddy também te ama princesa - falei - Que tal ver um desenho bem legal com o papai? - perguntei e ela me olhou alegre.

- Eba!

____________________________🐿️______
WITH LOVE
Strkivee <333
🐰

Pretty babygirlOnde histórias criam vida. Descubra agora