030

1.8K 88 0
                                    

Arthur Fernandes

- Plim! Plim - minha pequena começou a cantarolar - Vou tilar esses machucados da minha barriguinha - indagou - E ficar bem foitinha.

-Mas que bebê mais inteligente, consegue até compôr letras de música - falei e ela gargalhou fofa

- Não Papai, a Sn inventou na hola - indagou ainda rindo - Tô muito feiz - falou vendo o hospital a sua frente.

- Minha pequena está feliz ao ver um hospital? - perguntei incrédulo.

- Claro, a S/a vai poder voltar a caminhar e não ficar nessa cadeila chata - falou emburrada e eu ri tirando seu cinto com cuidado.

Nós viemos hoje ao hospital para ver se Sn já pode tirar as faixas e voltar a caminhar. Sei que não vai conseguir correr, mas de pouco em poucos, com minha ajuda, ela volta a ser contagiante quando anda por aí.

- Ajuda eu - falou me chamando com os bracinhos.

Desde o começo desse "relacionamento", pedi que quando Sn pedisse colo, nenhum dos meus seguranças podia pensar em seder e pegar ela. Apenas eu.

-Já vou amor, tem que abrir sua cadeira de rodas primeiro - falei ajeitando o objeto a minha frente, e sorrindo satisfeito.

-Mas eu quelia ir no coinho - falou cruzando os braços e formando uma carranca no rosto, uma carranca que fica fofo nela.

- Já disse e vou repetir, não posso te pegar no colo ainda, capaz de sem querer apertar seu machucado e doer - falei ajudando ela a se sentar na cadeira - Toma meu bebê - falei pegando uma mamadeira com meu leite dentro.

O médico me deu a ideia de retirar o meu leite e por na mamadeira para ela, para que não me ocorra nenhum problema se ela quisesse mamar e ficar de mal jeito sugando meu peito.

Como não gosto que Sn use materiais de baixa qualidade, acabei comprando uma cadeira de rodas com acento de almofada e apoiador de cabeça. Achei que ficaria mais confortável para ela, e estava certo, pois tomava seu leite confortavelmente sentada.

Ela sugava o leite lentamente, olhando para os lados e encarando as pessoas, dando sorrisinhos tímidos para quem a olhava de volta.

- Senhor Arthur, Senhorita Sn, o médico espera vocês na sala 8 - uma recepcionista falou quando me viu

- Muito obrigado - falei seguindo o corredor, empurrando devagar a princesa

- Cabo - falou triste me mostrando a mamadeira vazia.

- Depois o papai tira mais para você, agora é prestar atenção e conversar - Depois o papai tira mais para você, agora é prestar atenção e conversar com o médico, tudo bem? - falei entregando mamadeira para um dos meus guardas, que guardou na mochila da minha pequena

- Tudo bem - falou em um suspiro e eu beijei sua testa, voltando a caminhar em direção ao consultório.

Bati na porta e ouvi um "entra" - Oi, doutor - falei entrando.

-Olá. Como você está Sn? - perguntou olhando para minha pequena que sorriu.

- Tô bem, quelo poder correr logo falou esperançosa.

- Vamos fazer alguns exames para ver se está tudo bem, e aí sim vou poder dizer se poderá voltar a andar - o médico falou e ela concordou fazendo um biquinho

- Até daqui a pouco, bebê - falei dando beijo em seu rosto e vendo ela ser empurrada pelo doutor, indo em direção a uma sala.

Senti meu telefone tocar e li na tela "Linsey"

Ligação on

- Oi - falei sentando na cadeira a minha frente

- Oi, sumido - falou debochada e eu suspirei - Já te mandei no WhatsApp o dia e horário do vôo. Você viu?

- Ainda não - falei - Esses dias nem peguei no meu celular direito, minha atenção estava toda nela - admiti

-Eu sei, mas depois você vê - falou - Vê se o dia ficará bom - falou e escutei um choro estridente no fundo da sua ligação, era Léo

- Ele está bem? - perguntei preocupado

- Sim, é apenas birra - falou e escutei seus soluços perto do telefone - Mamãe está aqui - falou com voz fininha, pré supus que estava ninando ela - Tenho que ir - falou sussurrando

- Também - falei vendo minha pequena na cadeira de rodas, chorando - Tchau

Ligação off

- O que aconteceu? - perguntei fazendo um biquinho e ela voltou a chorar compulsivamente - Amor - me agachei ao seu lado e dei um abraço desajeitado nela, acariciei suas costas

- Dady - chorou me abraçando.

- Como ela está? - perguntei olhando para o médico

- Bem-sorriu - Vou passar alguns antibióticos para que se caso ela sinta dor, tome-os. Caso ela sinta uma dorzinha, peço que pegue ela e deixe-a de repouso por pelo menos perceba que a dor acabou

- Vai poder voltar a andar? - perguntei e escutei minha pequena fungar, ainda agarrada a mim

- Sim - falou - Mas é claro que tenha bastante calma, sem pressa - Indagou -Então, para que não seja necessário voltar ao hospital com dor que nunca para - cruzou os braços - Peço que tome a máxima atenção.

- Sempre - sorri me desgrudando dela, a mesma me puxou para ela e abraçou minha cintura - Posso pegar ela no colo?

- Acho melhor não - falou escrevendo nome dos remédios que ela precisaria tomar - Sei que amamenta ela. Sn pode voltar a mamar normal, mas pegar no colo, espere mais um pouco - falou e senti minha princesa enrolar a mão na minha camisa - Aqui está tudo que ela precisa, qualquer dor ou encômodo que não passa, pode vir que estou a disposição.

- Tchau - falei acenando - Dá tchau princesa - falei

-Tau - falou ainda chorosa

Fomos até o carro e ajeitei Sn no banco, deitei o mesmo. Fechei a porta e escutei seu choro aumentar

Vi um flash na minha direção e olhei, paparazzis, já falei que os odeio? Se não, eu odeio. Sei que é apenas o trabalho, mas eu quero privacidade

- Olha o papai aqui - falei abrindo a porta do carro

- Dada - me chamou chorosa, com um bico tremulo nos lábios

- Está doendo amor? - perguntei acariciando sua barriga, ela me olhou e negou - Então por que está chorando tanto? - perguntei

- Dueu quando o méico foi tilar a fitinha

- falou se referindo ao esparadrapo

- Já passou - falei esfregando de leve meu nariz no do dela - Já passou - sorri - Vamos para casa da Sn?

- Vamos - falou segurando meu braço, que estava segurando no volante

[...]

- Será que Sn vai poder ir? - indaguei pensativo vendo o dia da viagem Linsey marcou para sexta-feira da próxima semana, até lá sei que Sn já deve ter se recuperado bastante, mas ainda tenho receio

- Ir onde? - minha pequena perguntou me entregando sua mamadeira vazia, misturei meu leite com o achocolatado favorito dela, bom, pelo visto ela gostou

- Não é nada - falei rindo - Está na hora da soneca - falei desligando a luz e deixando a televisão iluminar nosso espaço

- Obligada por sempe cuidar de mim - falou sonolenta, quase fechando seus olhos por inteiro

-Eu faria o possível e o impossível por você, minha pequena.

______________________________🐿️____
WITH LOVE
Strkivee <333
🐰

Pretty babygirlOnde histórias criam vida. Descubra agora