quimio

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Foram alguns meses de sessões de quimioterapia, logo os efeitos colaterais começassem a surgir. Dolorosos e violentos, como era de se esperar.

— Tudo bem, agora? — Ele dizia, enquanto segurava um pequeno balde, onde a menina acabara de vomitar. 


 — Eu quero a nossa casa, papai mamae. — Ela deitou-se novamente na cama; . 
Eu sei, meu anjo. Eu sei... — Suspirou. — Logo voltaremos, ok? Eu prometo!

Os longos dias deitada em uma maca, era quase uma rotina para a pequena Laurinha , que apesar de tudo aquilo, ainda se preocupava em dar um sorriso hora ou outra. E na verdade, cada pequeno sorriso dela, para Maiara  e Fernando , era como se a bateria da esperança dele, se recarregasse.

Alguns meses se passaram, os dias iam se arrastando e o relógio parecia correr lentamente, no entanto, a doença ia, aos poucos tomando conta de pequena belinha, que agora, estava pior do que antes.


 As noites de maiara se resumiam em não dormir, ou chorar; e com tudo aquilo, o optou deixa de trabalhar. A cada dia que se passava, menos tempo ele tinha para a menina, que naquele momento, era sua prioridade.

Interná-la? — Ele perguntou, atônito.
— Sim. É o melhor que fazemos agora. — O médico dizia, mirando o histórico médico da menina. — Ela precisa ser cuidada melhor, e não há como fazermos isso, se não, internando-a.

E, mesmo com o coração pequeno, eles tiveram de fazer aquilo. Doía demais, no entanto, ele sabia que era o melhor pra ela. E, por mais que doesse, ele teria de encontrar forças; ele faria tudo para salvar a sua menina, e não importava o que fosse.
 



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