•Capítulo 7•

1.7K 114 68
                                    

E... Cinco?

-S/n: Ainda acordado, Cinco?

-Cinco: Não, eu sou sonâmbulo - Ele fala com um sorriso debochado no rosto.

-S/n: idiota - falo isso voltando meu olhar para a janela.

Cinco logo se aproxima e senta do meu lado.

-Cinco: Tá olhando o que?

-S/n: O céu. Está lindo essa noite, estrelado... Não acha?

-Cinco: Acho, é realmente bonito.

-S/n: Eu passei anos sem poder olhar para o céu... Sem poder ver o brilho da Lua, sem sentir o calor do Sol, sem ver as estrelas...

-Cinco: Imagino que deve ter sido horrível..

-S/n: Minha vida era lastimável, se nesse novo universo for pior, eu desisto de tudo.

Nós damos leves risadas, piada depressiva é dose.

-S/n: Porque está aqui?

-Cinco: Poderia te fazer a mesma pergunta.

-S/n: Desci para tomar água.

-Cinco: Desci por que não estava conseguindo pegar no sono.

-S/n: Insônia?

-Cinco: É.

-S/n: Tamo junto campeão - falo isso dando dois leves tapinhas nas costas dele, o que lhe faz soltar uma risada nasal.

-Cinco: Com as últimas semanas completamente loucas, correndo de um lado para o outro para salvar o mundo, minha cabeça não consegue desacelerar para dormir.

-S/n: Entendo. Eu tenho pesadelos horríveis com o passado quando durmo, então meu corpo, inconscientemente, fica relutante.

-Cinco: Que tipos de pesadelo? - Ele olha para mim.

-S/n: Com o Reginald... Com minha morte... Com meus irmãos... Com alguém me atacando ou me matando, sem eu conseguir me proteger... Coisas do gênero.

-Cinco: É horrível... Traumas.

-S/n: Realmente... Você devia tentar procurar ajuda, pela sua insônia. Agora, estamos em um universo sem apocalipse, da tempo de fazer uma terapia.

-Cinco: Não, nem pensar. Eu não consigo me abrir com as pessoas, muito menos com um desconhecido. Mesmo sendo um psicólogo, eu não.. consigo.

-S/n: Isso é difícil, compreendo.

-Cinco: Que tipo de macumba você fez?

-S/n: Tá me achando com cara de macumbeira agora?!

-Cinco: Não, é que... Você fez eu me abrir minimamente com você. Como?

-S/n: Eu sei lá, você que deveria saber ????

Um silêncio mortal toma a sala, e com nós dois olhando para o céu, me arrisco em perguntar.

-S/n: Como é? Como é se apaixonar por alguém?

-Cinco: Nunca se apaixonou por ninguém?

-S/n: Como? Passei minha vida todo em um porão, esqueceu?

-Cinco: Tinha esquecido esse detalhe... Eu não sei. Também nunca me apaixonei por ninguém.

-S/n: Ah, sério?

-Cinco: Não tinha muitas garotas no apocalipse, S/n.

-S/n: Também me esqueci desse detalhe.

Nós rimos um pouco e o silêncio se estabeleceu novamente.

-S/n: Eu nunca nem beijei ninguém... Me sinto estúpida falando isso sendo que sou uma mulher de 30 anos... No corpo de 16, mas tenho 30.

-Cinco: Você tem vontade de saber como é? - Ele me olha, e percebendo isso, olho para ele também.

-S/n: Na verdade tenho... Não é muito legal ter minha idade e-

Sou interrompida quando sinto os lábios doces e delicados de Cinco se encostando nos meus. Sinto sua mão quente encostar em meu rosto. Alguns segundos depois, nos separamos.
Ele volta para onde estava e volta a olhar o céu.
Eu ainda permanecia olhando para ele

-S/n: Porque fez isso?

-Cinco: Você disse que queria saber como era.

Eu prefiro não o responder, apenas aparece um leve sorriso de canto boca em meu rosto. Ele obviamente percebeu, a vergonha, meu Deus.

-S/n: Eu acho que já vou pro meu quarto, bateu o sono.

Ele olha para mim e responde com um sorriso.

-Cinco: Vai lá, boa noite S/n.

-S/n: Boa noite Cinco.

Me levanto do chão e vou em direção ao meu quarto, chegando lá, apenas me jogo na cama e relaxo.
Relaxo nada! O que acabou de acontecer? Porque o Cinco fez isso? Ele queria me beijar ou só fez aquilo por que eu falei? Ai meu senhor, me ajuda.

Depois de um tempo, eu finalmente consigo relaxar a cabeça e me permito dormir... Amanhã é um novo dia.

=================================

Continua!!! Gostaram gente? E esse selinho heim, uiii
S/N PERDEU O BV!! É FESTA!!

Me desculpem qualquer erro de português 🤍

Panic Room ⊰⊹ฺ Five HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora