Capítulo 5

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Demorei mas voltei!

Beijão e boa leitura.
🌹

Trilha Sonora: Celeste - Beloved & All Could Do Was Cry - Etta James

          As paredes em pedra daquela igreja ligada ao tal convento, eram quase rústicas e traziam um frescor úmido àquela estrutura, haviam algumas pilastras que conservavam o seu interior, nos vitrais a religiosidade refletida com a pouca luz do...

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          As paredes em pedra daquela igreja ligada ao tal convento, eram quase rústicas e traziam um frescor úmido àquela estrutura, haviam algumas pilastras que conservavam o seu interior, nos vitrais a religiosidade refletida com a pouca luz do tímido sol do inverno. Após o fim daquele culto católico, as crianças saiam enfileiradas em direção ao refeitório para o café da manhã que seria distribuído para alimentá-las após o jejum missal.

          — Não vá embora... — a moça pediu, soltando a mão do homem com dificuldade e medo que sumisse novamente.

           — Não vou... Não mais... — Nas últimas palavras de sua promessa ela não pode ouvir, estando distante ajudando na condução dos pequenos de forma organizada até a fila de distribuição.

          O homem a olhava de longe, admirando o seu cuidado com as crianças e adolescentes, sempre sorrindo para todos com um carinho maternal. Por um segundo, se permitiu pensar nela como mãe, mãe dos filhos que daria a ela. Daria quantos ela quisesse, daria tudo que ela quisesse, daria a ela o mundo, se ela quisesse. 

          "Como poderia me afastar de ti agora? Tarde demais, cuore mio... Tarde demais." Dizia em pensamentos, sorrindo e pondo a se aproximar dela, tocando em suas costas, sentindo sob o seu toque seu corpo tremer e ouvindo ela suspirar, erguendo-se e destampando-a para a pequena menina de cabelos crespos divididos em duas amarrações, a pele preta e o tímido olhar de admiração para a mulher a sua frente com o cupcake trazido pela "tia Flora".

       "Ela é linda, né, bambina?" Pensou, logo tendo uma crescente simpatia para com a miúda.

         Seus olhos voltavam-se novamente para Flora, sua Flora, sua doce Flora que tinha o rosto naquele momento sujo da cobertura do pequeno bolo. Com delicadeza, com o dedo limpou a pasta branca, levando em seguida o dedo sujo de cobertura aos lábios encarando a moça nos olhos, a jovem boquiaberta, deliciada com a cena.

           — Seu namorado é lindo, tia... — a menina elogiou, tímida diante do mais belo homem que já esteve de frente em sua vida, sentindo o rosto esquentar diante do ato de uma quase ousadia para a bisonha guria.

            — Obrigado... — o homem sorriu, quase doce, fazendo com que acanhada fedelha sorrisse de volta e corresse rindo de seu ato quase audaz.

         — Desculpa... — disse recuperada do choque, olhando-o, embaraça — Me desculpe...

         — Não precisa se desculpar, eu não me desculparia, já que não me importo de que seja minha namorada, cuoro mio... — suas mãos alisavam suas mãos, enquanto mais se aproximava da jovem moça sem se preocupar com uma plateia para sua interação.

No Coração Mafioso  [NA AMAZON]Onde histórias criam vida. Descubra agora