Capítulo 8

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Trilha Sonora: Hammers —
Nils Frahm

Em algum momento do passado...

     A mulher passava a mão pelos curtos cabelos loiros masculinos, vestia um vestido branco que deixava suas costas nuas, a pele branca quase transparente no rosto era destacada por uma forte pintura quase fantasiosa e de tons escuros que destaca...

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     A mulher passava a mão pelos curtos cabelos loiros masculinos, vestia um vestido branco que deixava suas costas nuas, a pele branca quase transparente no rosto era destacada por uma forte pintura quase fantasiosa e de tons escuros que destacavam os olhos azuis. Os cabelos lisos e oxigenados na altura dos ombros, com uma franja escondia uma insigne fronte. Os olhos do jovem homem permaneciam frios e bem direcionados naquele ambiente de luz e sons incertos, dispersos e inquietos. Seus olhos miravam as cinzas do charuto cubano que tinha em meio aos dedos naquele momento, quase distraído, seus olhos não pairavam no palco e muito menos nos corpos femininos desnudos que circulavam pelo salão. Era atento, olhava no chão o círculo de luz que perambulava rodante, valsando pelo salão, para ele nada parecia uma simples e comum ação, talvez seja um perturbação dentro de si, talvez tivesse o que temer. Talvez temia, porque na outra mão que não segurava o charuto, na outra mão com lentidão e acanhamento se armava. E quando viu a luz se aproximar, depositou o charuto no borralho de metal, pegando a bebida de líquido âmbar, lento, calculado.

       — Eu gosto de uísque... — disse manhosa, a mulher.

        O homem sem a olhar a fez segurar o copo de vidro, com destreza e asselvajamento a jogando e logo em seguida fazendo o mesmo com si, se jogando a tempo de receber das balas a morte, estando de costas para o espelho que fora atingido em seu lugar, o espelho que quebrou-se em pedaços e cacos em um estrondo. Dois homens armados de metralhadoras atiravam em sua direção, em sua defesa procurou mirar neles através dos pés, os identificando por estarem ali fixos no mesmo lugar, diferente do resto das pessoas que corriam desesperadas, em tentativa de fugir dos tiros procurando uma salvação. Acertou o joelho de um enquanto esse recarregava e voltava atirar, caindo para trás atirando para os equipamentos de luzes ao alto. Talvez vítima daquele atentado, mudando de lado quando o seu esconderijo fora exposto tentando atirar contra o segundo, correndo em direção a saída do prostíbulo com pressa, se misturando ao mar de pessoas aflitas, empurrando os que sua frente estavam , sentindo a maldita ardência que lhe atingia a pele e lhe subia a cólera ao sangue. Correu pelo estacionamento, até o porsche cinza entrando no veículo olhando em direção a mesma saída pelo qual passara. O veloz carro saiu em disparada pelas ruas escuras e úmidas de uma New York de começo de primavera e fim de inverno, onde tinha-se a lama de uma neve derretida em um mistura de fuligem e terra, levantando a água das grandes poças correndo com o carro em um direção específica, afinal precisava de respostas.

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