- Você poderia ao menos facilitar para mim, não é? - resmunguei quando a encontrei na frente da sua casa na manhã do sábado da semana seguinte.
Seu vestido bege mal cobria suas coxas e eu sabia que qualquer vento levantaria o tecido leve.
Me recostei ao carro e puxei-a pela cintura, abraçando seu corpo contra o meu. Obviamente o movimento fez seu vestido subir um pouco e ela riu enquanto tentava puxar o tecido para baixo.
- Para de ser tarado, Drew. - Ela reclamou embora ainda risse. - Até parece que você nunca viu o que tem debaixo desse vestido.
- Merda, Angel! Agora eu vou ficar te imaginando nua pelo resto do dia.
Ela riu com ainda mais gosto, se desvencilhando dos meus braços, e entrou correndo no carro antes que eu conseguisse lhe alcançar de novo. Respirei fundo, levando as mãos aos bolsos da calça para disfarçar qualquer volume que estivesse visível e acenei com a cabeça para duas senhoras que passavam por ali, me olhando com o semblante levemente estranho.
Ótimo! Agora ficaria conhecido pela vizinhança de Angelina como o namorado depravado que fica de pau duro no meio da rua apenas por ver uma garota com um vestido curto demais.
Dei a volta ao carro, sentando ao volante em seguida.
- Pronta para visitar meu futuro lar? - Perguntei animado, colocando o carro em movimento.
O sorriso imediatamente deixou seu rosto e Angelina apenas assentiu enquanto ajustava o cinto de segurança, parecendo evitar meu olhar de propósito. Levei uma mão à sua coxa e apertei aquele ponto, atraindo sua atenção.
- O que foi, pequena?
- Eu só... Não gosto de você ter que sair de casa por minha causa - ela murmurou, colocando a mão sobre a minha, deslizando seus dedos sobre a minha pele numa carícia despretensiosa.
- Não é por sua causa. Estou fazendo isso porque não posso mais ficar naquela casa aturando o comportamento dos meus filhos. Se tem alguém culpado por isso, são eles.
- Mas se não fosse por mim–
- Se não fosse por você, meu amor, eu nunca teria descoberto o que é amar assim tão intensamente. - Falei com firmeza, vendo-a corar de leve, mas um sorriso voltou a aparecer nos seus lábios. - Nunca esqueça disso, ok? É graças a você que eu estou conseguindo encarar toda a minha vida com tanta facilidade. Se não fosse por você, eu provavelmente estaria a ponto de me divorciar agora, infeliz e indo morar no apartamento dos meus pais. As coisas não teriam mudado muito. A diferença agora é que eu tenho alguém do meu lado. Alguém que eu amo tanto que torna todos os meus problemas insignificantes.
Seus dedos entrelaçaram nos meus enquanto seu rosto se tingia de um lindo tom vermelho. Conhecia aquela sua forma de corar. Não era Angelina Fabray com vergonha de mim. Ela apenas não se acostumava com o fato de que eu a amava tanto e conseguia demonstrar esse amor com facilidade. Podia contar nos dedos das mãos a quantidade de vezes que Angelina tinha falado com todas as letras que me amava. É claro que ela sempre dava um jeito de demonstrar isso de outras formas, mas era sempre bom ouvir.
Estacionei o carro no subsolo do edifício localizado na Quinta Avenida e andamos lado a lado de mãos dadas até o elevador que nos levaria ao vigésimo terceiro andar.
- Não se assuste com o apartamento, ok? - alertei. - Minha mãe tem um gosto um tanto... excêntrico para decoração. É tudo um tanto exagerado demais.
- Excêntrico como? Do tipo de tapetes de zebra ou tecidos de leopardos? - Ela perguntou rindo.
- Do tipo com tetos decorados e camas com dossel.
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7 Minutos no Paraíso - Drew Starkey
Fiksi PenggemarOnde Drew Starkey é um homem casado que acaba envolvendo-se mais do que deveria com uma adolescente. ᴅʀᴇᴡ sᴛᴀʀᴋᴇʏ - ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ