6 - Promessas

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— Deus te abençoe, doutora

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— Deus te abençoe, doutora. — Em meio às lágrimas, a mulher segurou as mãos de Leila. — Deus abençoe você e essas mãos milagrosas. Jamais me cansarei de te agradecer.

— Fiz apenas meu trabalho, dona Fátima.

— Você salvou a vida do meu filho. Você conseguiu o que nenhum médico conseguiu. Deus te abençoe, minha querida.

Com o coração embargado pelo carinho da mãe de um de seus pacientes, Leila a instruiu a como deveria medicar o filho e a acompanhou até a saída do seu consultório.

Ficou recostado ao batente da porta, observando a mulher partir, um sorriso de satisfação crescendo em seus lábios e em seu coração.

Ela tinha perdido o pai, o irmão e a mãe.

E, quando segurara seu diploma de medicina nas mãos, fizera um juramento para si mesma: iria fazer tudo o que estivesse em seu alcance para salvar vidas e não deixar que ninguém passasse pela dor avassaladora que ela experimentara três vezes.

O pensamento, feito um impulso magnético, a puxou para fora do consultório; quando Leila viu, estava parada diante da porta do quarto de Mathias. Ele dormia por conta dos remédios, uma mão sobre o peito, a outra caída para o lado.

Será que havia alguém esperando por ele? Alguém cujo o rosto e o nome ele não conseguia lembrar? Será que Mathias possuía uma família? Ou será que vagava pela mesma estrada da solitude que ela?

Até agora, ninguém aparecera procurando por alguém como ele.

Seu padrinho, Nunes, que ainda trabalhava na polícia, fora avisado para contatá-la caso encontrasse qualquer informação sobre Mathias. Mas, até onde Leila sabia, seu padrinho continuava de mãos vazias.

Para completar, nada que pudesse justificar a amnésia de Mathias tinha sido detectado na ressonância.

Leila torceu o canto da boca.

Ela continuaria investigando até encontrar uma resposta.

— Então, este é o homem misterioso que todo mundo aqui do hospital está comentando?

Leila olhou por cima do ombro, vendo Isis, sua amiga que trabalhava na área de fisioterapia do hospital, parada atrás dela, olhando com curiosidade para dentro do quarto.

— Ele mesmo — respondeu. — Foi praticamente jogado aqui na porta e acordou sem memória. Estou investigando o caso, mas até agora tudo permanece inconclusivo.

— Tenho certeza de que você vai resolver esse mistério e... Nossa! Você está morena! Agora que eu reparei! — Isis piscou, alargando o sorriso gentil. — A cor ficou linda para você!

Provação Suprema | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora