13

117 12 6
                                    

NÃO REVISEI A TRADUÇÃO PARA AJEITAR ERROS ORTOGRÁFICOS, ETC NESSE CAPÍTULO!

~ Mini aviso no final do capítulo ~

------------

Olhei para ele ansiosamente. Então, Kim Doyoon levantou sutilmente as sobrancelhas. Só então percebi que essa foi a primeira vez que o chamei pelo nome sem qualquer tipo de formalidade ou sem dizer o sobrenome, mas agora não era o momento para me sentir envergonhado.

[*Nota: a cultura de respeito coreana é um pouco diferente da nossa. Eles não costumam dizer apenas o primeiro nome de pessoas que não são próximas, por exemplo. Quando Seongho (prota) conversa com o Doyoon ele usa palavras mais formais e até dizia algo equivalente a 'senhor Doyoon' ao invés de dizer o nome completo dele. Nos capítulos mais à frente isso vai ficar bem visível.]

"O h-hospital..."

"Huh."

"Eles... Acha que vão ficar bem?"

Minhas mãos tremiam. Doyoon desviou os olhos de mim e massageou a testa enquanto soltava um suspiro, então me deu um tapinha nas costas.

"Eles vão ficar bem. Tem geradores de emergência, então podem manter a parte interna clara por um tempo. Se tiverem sorte, mesmo que não saibam, não sairão quando anoitecer..."

'Se tiverem sorte' ele disse...

Olhei para a Coisa que comeu tudo e agora perambulava pelos arbustos. A cada passo que ele dava, um barulho podia ser ouvido do chão ensanguentado. Os dentes, expostos o bastante para mostrar a gengiva, eram maiores do que os dois dedos juntos.

Esse monstro ainda está com fome... Ele andou pelos arbustos por um tempo e depois parou em frente a árvore em que estávamos nos escondendo. Enfiou as unhas compridas no tronco e começou a arranhar. A Coisa imitou um gancho com as unhas, era possível ouvir um crack do tronco toda vez que ele retirava e inseria as garras. Doyoon me agarrou pelo braço quando me surpreendi e comecei a me afastar. Ele balançou a cabeça e sussurrou.

"Não se mova..."

Fiz exatamente o que ele me disse porque nunca me aconteceu nada de ruim quando segui suas ordens. Entretanto, mesmo quando me sentei em silêncio e imovél, a mão que me segurava não mostrou nenhum sinal de se afrouxar.

Meu coração foi se acalmando à medida que o calor de sua mão era transferido para o meu pulso. As mãos grandes de Doyoon são tão bonitas quanto o seu rosto. As juntas não são grossas e as unhas são bem alinhadas. São bem bonitas comparadas as minhas mãos que frequentemente eram machucadas durante os trabalhos de meio período. Como se estivesse possuído o fitei por uns instantes antes de abrir a boca.

"Deveríamos voltar?"

Levantei os olhos de suas mãos para olhar o rosto dele. Ao ouvir minha pergunta repentina, ele inclinou a cabeça.

"Não importa o quanto eu pense... Não há nada que possamos fazer aqui e estou preocupado com o hospital..."

Eu queria verificar com meus próprios olhos se eles estavam seguros e avisá-los se eles ainda não soubessem desses monstros. Além disso, é difícil esperar por uma equipe de resgate no meio de todas essas plantas... Já desisti de todas as expectativas de ser resgatado e em uma situação que até os próprios monstros brigam entre si, não é melhor encontrar um lugar seguro para permanecer do que ficar andando por terrenos perigosos?

"Você não tem que vir comigo. Pode fazer o que achar melhor, não me importo de ir sozinho."

Mas a mão de Kim Doyoon, que estava segurando meu pulso, envolveu minha palma. Ele olhou pensativo para o monstro que ainda estava tentando se pendurar no tronco e disse.

A Estrela do Dragão [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora