Eu não tinha certezas nem incertezas, tudo deliberou quando eu finalmente o senti.
Os lábios de Carter se encostaram contra os meus, não chegando a ser nem um selinho, era um pedido informal de uma autorização, como se ele precisasse que eu o autorizasse para me beijar.
Eu estou sedenta atrás daquela sensação que perdi durante a interrupção na minha casa, minhas bochechas ainda estão vermelhas e minha cara ainda tem as marcas de lágrimas já secas.
Não parece apropriado ou higiênico mas, nesse exato momento, era irreal que eu fosse seguir isso a risca.
Eu o entreguei a permissão, envolvendo meus lábios contra os dele, um selinho leve e curto.
Sinto um suspiro carregado que vem de seus lábios entreabertos até os meus.
Eu sinto então, seus lábios implicando os meus, eu fechei mais forte os meus olhos e aproveitei o cuidado que havia em tudo que aquele homem fazia.
Ryan: Parece que estar no mesmo ambiente que você, me faz perder o controle sobre o certo e errado e eu não tenho ideia do porque disso.
Ele disse em meio aos beijos, suspirando como se segurasse a muito tempo.
A mão de Ryan que estava pousada contra meu ombro, desceu e passou por dentro do meu braço. Sua mão estava agora na minha costela, seus dedos firmemente nas minhas costas, seu polegar fazendo base por debaixo do meu peito, me segurando firme como se impedisse minha fuga.
Então ele parecia mais atormentado mas ao mesmo tempo, mais cuidadoso. Ele tinha pressa mas não se esforçava para não me mostrar, apenas tomava cautela em cada vez que encontrava minha boca, se deliciando e aprofundando mais sua boca contra a minha.
Ele então atacou meus lábios mais uma vez, o beijo demonstrava que ele tinha anseio mas também cuidado, ele queria ter certeza daquilo tanto quanto eu: Os dois não queriam ter sido interrompidos naquela noite.
Era carnal, sem sentimento, apenas a troca de algo que os dois tinham: Desejo.
Ele confiou a mim, os desejos que tem sentido, apenas isso: Sensação, sem emoção, sem comoção. Carne afligindo uma contra a outra em um beijo demorado.
Sua língua edulcorada se encontrou com a minha, desenhamos juntos passos metódicos de danças com sabor de desejo... Gosto que faz nossas línguas arderem deliciosamente.
Não havia uma outra sensação que não fosse se sentir "Doce" como se isso fosse um estado de espirito.
A duvida de "Isso é certo?" Cessou no mesmo instante em que pousou na minha mente, assim que senti a mão dele descer até a altura da minha cintura. Realmente, não tinha como não esquecer as coisas ao redor, com aquele toque, aquele mesmo que me lançou contra a parede de casa.
Carter parecia sair de um transe quando enfim cedeu um espaço entre nossos lábios, ele não afastou rapidamente, apenas queria recuperar o folego perdido durante o beijo.
Ryan: Merda...
Ele murmurou, sem dar espaço, parecia perdido, da mesma forma que eu.
Assim que abri meus olhos, cai diretamente nos seus, intensos, me olhando de uma forma obscura. Sua boca estava formada em um biquinho entreaberto e seus olhos pareciam procurar respostas nos meus, dava para vê-lo se segurar, enquanto analisava meu rosto, sua mão entretanto, apertava a minha cintura sem ter que se asseverar.
Como quebraríamos o silencio que se instalou no minuto em que nossos olhos se encontraram? Ele parecia atento, preocupado e meticuloso, eu por minha vez, estava sentindo o apavoramento crescente no meu peito.
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Is it Love? Ryan - "𝐒𝐑. 𝐎𝐋𝐇𝐀𝐑 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐒𝐎"
RomanceUma jovem se muda para a famosa cidade que nunca dorme, afim de encontrar melhores oportunidades e não demora muito para que ela consiga um emprego em uma das maiores empresas de lá, a Carter corp. Em poucas semanas, Fernanda já havia se enturmado c...