CAPÍTULO 9

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O sol brilhou novamente, o clima estava quente e confortável,  o mar estava maravilhoso e o vento propício para viajem.
Magnus cuidou para que tudo amanhecesse perfeito, aquele dia ele iniciaria a viagem a Wolwen Ice.
Na segunda hora do dia, Magnus foi levado até o porto da Ilha de Ariadne. Atrás dele dois carros com as bagagens.
Ao longe avistaram o navio que os levaria, uma bela caravela.
Quando chegou no porto, Guellert já estava lá e veio o cumprimentar.
— Bom dia Magnus, animado?
— Muito Guellert, e então quando sairemos?
— Os suprimentos já estão quase todos no barco, as mobílias vão ser colocadas daqui a pouco, provavelmente tudo estará pronto na terceira hora.
— Muito bom, antes de partir quero lhe repassar algumas ordens. A viagem de ida deve durar de duas a três semanas, não sei quanto tempo ficarei lá, então quero que cuide da casa e de tudo que aparecer.
— Não vai se arrepender, estará tudo bem quando voltar. Nesse momento o carro com as bagagens chegaram. — O dever chama, com licença.
Magnus desceu a escada do porto e se sentou em um dos bancos, observando o mar. Meia hora depois Adria chegou.
— Bom dia meu filho, está tudo pronto?
— Bom dia pai, sim, estão revisando tudo para embarcarmos.
O Padre Lavirny chegou e veio até eles.
— Bom dia Padre.
— Bom dia Magnus, estão prestes a partir?
— Sim.
— Que sua viagem seja abençoada, a igreja Incarserom vai orar por vocês. Tedros tem belas filhas , seria muito bom para nós que uma delas se tornasse Imperatriz.
— Seria muito bom Padre, se o senhor esquecesse esse assunto.
— Está bem, eu tenho que ir agora, até.
— Meu filho, já vou entrar, vai agora? Perguntou Adria.
— Não,  Eulinede quer falar comigo antes da viajem.
— A sim, certo. Adria embarcou. Cinco minutos depois Eulinede chegou.
— Olá Magnus, bom dia.
— Bom dia Eulinede, o que deseja?
— Eu fiz uma encomenda de papeis e alguns materiais para desenho e etc. Pode pegá-la para mim?
— É claro, ainda mais que vamos usar muito para os planejamentos das construções. Falando nisso, quando voltar eu vou até sua casa fazer as plantas das construções.
— Certo, vou me planejando até lá. Uma trombeta tocou no barco. — Estão anunciando a partida, até logo.
— Até, obrigado.
Magnus embarcou , as velas foram abertas e o vento começou a movimentar o barco, todos eles se despediram dos que estavam no porto.
Logo o barco estava em alto mar, se movendo rápido, quebrando as ondas no caminho.
Magnus estava em sua cabine. As ondas batiam na parede do barco, aberto sobre a mesa o mapa do mundo Supremo. Magnus observava a ilha onde ficava a cidade de Wolwen Ice, por cima do mapa colocou outro mostrando mais detalhes da ilha.
A cidade ficava sobre um planalto, era cercada de montanhas, um rio passava pela cidade e terminava alguns quilômetros depois. Entre o mar e o rio se encontrava uma grande barragem. Nesse momento ele refletiu,  se a barragem chegasse a ser destruída , toda a cidade iria ser destruída junto à ela. Magnus logo tirou esse pensamento da mente.
A cidade era bem maior que o vilarejo de onde saíram, pelas fotografias era possível ver que era um lugar muito bonito. Uma delas era recente, uma foto da família Wolwen Ice, no rodapé a descrição com os nomes: Tedros, Arina, Alecto, Tishiphone, Megara, Perséfone e Cristine. Magnus parou um pouco os olhos em Tishiphone  e depois guardou tudo na gaveta.
Magnus então percebeu uma breve descrição em uma das ilhas do Arquipélago de Wolwen, o nome indicava Ilha de Hastings.
Magnus logo se lembrou de onde leu esse nome. Os Hastings teriam sido isolados dos outros e proibidos de usar seus poderes, se passaram tantos anos que as pessoas nem lembravam qual era esse poder, mas se estavam tão próximo aos Wolwen Ice talvez o poder tinha se perdido como em outras famílias.
Magnus fechou os mapas e abriu alguns livros sobre a mesa. Começou então a ler:
"Os Wolwen Ice são a sexta família, são os descendentes de Wolwen Ice, como indica o nome o seu poder era o gelo, a água e frio. Wolwen Ice controlava o clima do mundo Supremo, e seus descendentes receberam seus poderes de acordo com isso. Wolwen fez grande amizade com Hastings, o que gerou alguns problemas para ambos. Hastings tinha um poder muito forte e causou grandes catástrofes, por não conseguir controlá-lo. A partir desse momento ele foi proibido de usar seus poderes e seus descendentes também. Wolwen continuou amigo de Hastings até a morte. Contanto que seus descendentes, na separação do povo, se uniram e partiram juntos."
As histórias das doze  famílias interessavam muito à Magnus, e nesse momento era essencial que tivesse ciência do que acontecera quando tudo surgiu e quando a Academia Suprema foi em bora.
As horas se passaram e logo o sol nascente iluminava a cabine pelas janelas.
Magnus saiu de sua cabine para o convés, seu pai sentado em uma cadeira observava o mar. Magnus, talvez por não se acostumar com o barco, estava tonto. Sempre que olha a para o mar sentia algo remexer dentro de si.

Passadas uma semana de viagem continuava a sentir algo dentro de si quando olhava para o mar, como um pressentimento, algo dentro dele o chamava, como parte de seu destino. Por dias julgou ser a ansiedade de chegar a Wolwen Ice.
Era noite, Magnus novamente estudava documentos  livros e mapas da história se Wolwen Ice e de outros períodos. Algo o interessou a curiosidade em um dos livros.
“Antes do nascimento das doze famílias, antes do arquipélago de Morgan, os planaltos de Wolwen Ice, as regiões frias de Tarmentor, e até mesmo antes da descoberta da montanha Empire. Dez cidades foram criadas em um arquipélago distante: Darcknesyan, Skysyan, Lighsyan,  Venesyan, Starsyan, Winesyan, Highsyan, Faresyan, Happnsyan e Mansyan”.
Magnus passou de página, não havia mais nada, nenhuma marca de página rasgada ou algo assim, será que aquelas ilhas aí da existiam. Magnus pegou um velho livro de profecias, algo deveria estar escrito.
“De longe, sete jovens virão, a procura das sete chaves das terras de Syan...”
Nada mais que isso, nada sobre essas dez ilhas.
O barco balançou de forma diferente, um brilho azul iluminou as janelas. Magnus sentiu uma forte pontada na cabeça, passos nos corredores , e gritos no convés, Magnus saiu da cabine ainda com pontadas na cabeça.
Quando chegou observou algo abaixo do barco, dentro do mar. Um castelo junto à algumas construções, reluzia um brilho azul forte. Magnus sentiu dores mais fortes ainda, sua visão escureceu , antes que caísse no mar, um dos tripulantes o puxou.

Magnus acordou. Abriu os olhos, estava em sua cabine deitado na cama, era dia, pelo que observou eram 5 horas.
Alguns minutos depois, Adria entrou na cabine.
— MAGNUS! Você acordou, graças, como está se sentindo?
— O que aconteceu?
— Você ficou desmaiado por dias!
— Eu não me lembro.
— Depois conversamos, você precisa ir ao convés.
— O que ouve. Magnus se levantou preocupado.
— Estamos chegando a Wolwen Ice.

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