CAPÍTULO 3

12 1 0
                                    

Lentamente eu acordei, meu corpo totalmente cansado, estava em meu quarto repousado em minha cama.
— Ah, meu filho. Minha mãe veio até mim. — Está tudo bem.
— S... Sim, o que aconteceu?
— Você ficou irritado e seus poderes saíram do controle , eu tive que interferir, é... me desculpe, eu fiz com que dormisse.
— Não,  está tudo bem, alguma consequência?
— Em nossa casa apenas umas janelas quebradas e algumas partes do jardim danificadas, já outros lugares... Depois falamos sobre isso.
— Não  o que aconteceu, que outros lugares?
— A tempestade se espalhou pelas ilhas, nenhum grande estrago , apenas na biblioteca.
— O que ouve?
— Bom... Um raio, início de um incêndio,  estantes de madeira , milhares de livros,  só sobraram as cinzas.
— Pelos céus,  é tudo culpa minha. Com um grito de raiva Magnus se virou para a cama com as lágrimas chegando ao rosto.
— Não foi culpa sua.
— É claro que foi, eu causei a tempestade , eu sou o único culpado.
— Mas não foi por querer, foi apenas uma reação.
— Exatamente,  se eu soubesse me controlar tudo isso não teria acontecido.
— Se acalme.
— Eu posso sair daqui?
— Sim, pode ir. Magnus foi em direção a porta, antes de sair, sua mãe lhe falou. — Eu falei com seu pai , ele vai te deixar em paz, por enquanto. Batendo a porta Magnus saiu.


Enquanto se dirigia a porta principal via pelas janelas os estragos da tempestade,  árvores caídas, vidros quebrados,  paredes inteiras destruídas, saiu da Mansão indo a pé novamente para a ilha de Ariadne, no percurso via-se a incontável quantidade de árvores caídas,  o rio Aries lotado de destroços e galhos, passou pela velha ponte de madeira, por mais que a estrada fosse longa todos os dias saia de sua casa , cruzava o centro de Summus e chegava em Ariadne,  dessa vez não foi diferente , mas o arrependimento é culpa vaziam com que ele andasse mais rápido. Chegado a ilha de Ariadne,  a vista antiga era a biblioteca,  agora a visão se abria para o nada, apenas algumas colunas em pé.
Magnus parou em frente a antigas biblioteca, agora apenas cinzas e escombros, ajoelhou-se perante o chão e foi impossível conter lágrimas,  ao ver o lugar em que passou a maioria dos seus últimos cinco anos destruído,  e a culpa recaída inteiramente sobre ele. Ao passar o luto,

Magnus retornou para casa, fazendo novamente a caminhada de três horas. Quando chegou foi para o seu quarto, quando iniciou a subida nas escadarias sua mãe lá de cima o avistou e veio em sua direção.
— Melhorou meu filho?
— Sim, Guellert está em casa?
Nesse momento a mãe de Magnus se inclinou quase caindo da escada, ele a segurou.
— Nossa, me deu uma pontada forte na cabeça,  uma tontura, de uma para outra.
— É melhor você voltar para o quarto, está tudo bem agora?
— Melhorei, foi rápida a sensação.
— É melhor você subir, vou pedir um remédio para você .
— Peça um chá,  com biscoitos de chocado, por favor, peça que levem ao meu quarto.
— Está bem, tome cuidado em subir , já volto!


Magnus desceu a escadaria do primeiro andar em seguida para os andares subterrâneos onde se localizava a cozinha.
— Por favor entreguem um chá com biscoitos no quarto da minha mãe,  quero que uma de vocês fique com ela, sejam rápidos ela não está tão bem, ou, Guellert como vai?
— Magnus, estou bem na medida do possível e você?
— Igualmente,  tenho algumas ordens para te dar.
Após um breve risinho Guellert continuou: — Você não costuma me dar ordens, mas o que deseja?
— Obviamente tem conhecimento da tempestade de ontem e seus motivos e também as consequências, na ilha de Ariadne existe uma biblioteca,  a tempestade causou um incêndio e reduziu a biblioteca as cinzas, preciso que fale com o proprietário e cuide da reconstrução, quero que faça ela moderna, de quartzo branco, um extenso jardim com uma fonte, novas mesas e móveis,  claro que um catálogo completo de livros novo e que contrate pessoas para trabalhar lá,  quero que ordene a limpeza das ruas que vão até lá e as ilumine e concerte os estragos nas estradas rumo a biblioteca
— São muitas ordens senhor, tenho carta branca nos valores gastos nisso?
— Sim, use quanto precisar.
— Seu pai sabe disso?
— Guellert, daqui alguns anos eu vou herdar toda a fortuna,  nunca gastei grandes quantias ao contrário do que muitos fariam, eu ordeno que minhas ordem sejam obedecidas, e quanto aí meu pai logo falarei com ele.
— Está bem, com licença.


Magnus subiu novamente as escadas, em mais uma tentativa de ir para o quarto, seu pai desceu correndo desesperado, pulando dois degraus por vez , Magnus pensou “Será que hoje , toda vez que eu tentar subir essa escada vão me interromper?”
— O que aconteceu Pai?
— Sua mãe está com febre altíssima, vou buscar o médico.
Na medida que um corria para baixo, Magnus corria para cima, direto para o quarto da mãe, estava suando frio de febre, os lábios brancos como neve, ele parou ao lado da cama, e lhe beijou a mão. Estantes depois Adriana entrou no quarto com uma caixa de remédios,  o médico e o pai logo em seguida. O médico mediu a temperatura e os batimentos.
— Batimentos estão fracos, a febre está a ponto de matá-la,  41° graus, resfriem o quarto, imediatamente,  tirem as cobertas e deixe com roupas leves , pegue panos e molhe com água gelada e posicionem no pescoço. Após as ordens do médico Adriana saiu do quarto gritando as ordens no corredor.


Magnus saiu do quarto, quando enfim chegou no seu, se entregou ao sofrimento, seu coração se espedaçando, as lágrimas molhando a roupa de cama, Magnus chorou até dormir.
No meio da noite, faltando duas horas para o amanhecer,  ele ouviu passos correndo na cada, e movimentação na casa
— Venha doutor,  rápido! Ouviu seu pai correr para o quarto. Sua mãe...
Magnus saiu do quarto rapidamente,  ajustando a camisa enquanto corria para o quarto dos pais , quando chegou sua mãe estava deitada na cama, o quarto frio , com bacias de gelo em cada canto.
— Mesmo com tudo a febre não abaixou, os remédios não fizeram efeito. Então nesse momento ela abriu o olho, ele estava dourando, oscilando entre o azul natural e o dourado. Então ela começou a levitar , ainda olhando para o nada, então caiu de volta cama , todos se afastaram com medo, uma luz dourada saiu de seu coração, a luz saiu pela janela viajando pela noite. Assustado Adria perguntou.
— O que aconteceu doutor?
— Podemos falar sobre isso em seu escritório senhor Oliver.

ACADEMIA Onde histórias criam vida. Descubra agora