➮ A descoberta

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Desespero.

Esse é o sentimento que domina o meu corpo por inteiro.

Sem contar com o medo do que tudo aquilo faria com o meu filhote. A abordagem dos alfas havia sido um verdadeiro horror.

E pior?

Saber que o verdadeiro pai do meu filho está parado em cima da porra do meu carro a poucos centímetros de distância.

Céus...

Se eu estou ferrado?

Com certeza.

Não é por medo ou insegurança no Hwang, mas eu não quero que ninguém tire meu pequeno de mim. Isso nunca.

- Fujam! - Um dos alfas ligou a moto já pronto para sair dali em alta velocidade.

Mas... não contava com uma rajada de teia em seu rosto, o impossibilitando de ver o caminho à sua frente. O mesmo foi feito com todos os outros os unindo em um lugar só.

Os gemidos do medo sendo expelidos por eles era realmente algo legal? Nada mais justo depois do que me fizeram passar.

- Appa! Appa! - Oh, não. Não grita filho, agora não! - Bluranha! Bluranha!

Ele gritou.

Eo Hwang.

Ou melhor, Blue Aranha, nos olhou.

E para deixar o meu desespero ainda maior, Niki se soltou da cadeirinha de proteção e começou a engatinhar pelas laterais do carro até sair pela janela e ficar de joelhos no teto do automóvel.

- Nini, escala, bluranha.- E foram essas três palavras que me deixaram em completo desespero.

Era impossível enxergar os olhos daquele misterioso ser, mas posso dizer que o vi completamente paralisado e com a cabeça erguida em direção ao meu filhote. Todo aquele azul em seu traje, que ressalta bem os seus músculos, me fizeram acordar para a realidade.

Abri a porta e saí do carro pegando meu pequeno no colo.

Olhei novamente para o azulado, que agora estava nos encarando, e me curvo em um agradecimento simples antes de prender meu filho na cadeirinha e sair daquele local com muita pressa.

Mas que merda, Lee Felix!

Isso tinha que acontecer justo
agora?

Assim que chegamos em casa
pude notar o cansaço nos olhinhos do meu bebê e eu não o julgo. Hoje foi agitado, mas não esquecerei de marcar um psicólogo infantil para ter a certeza de que não há nada de errado com seus sentimentos depois da forma que fomos abordados hoje.

O levei para um banho cheio de espuma em uma banheira fofa cheia de patinhos de borracha. Ver seus cabelinhos negros úmidos e seus dentinhos sendo evidenciados em um sorriso divertido era a melhor das sensações para mim.

Cantei a canção de ninar de costume. Ele adorava ouvi-la antes de dormir.

"Feche os olhos, meu bem Não há nada que possa te assustar Não há medo que te impeça de Sonhar Como penas bailando levemente no ar Cantarei docemente Nada vai te acordar"

- Nini, coração, Appa. - Sua voz sonolenta foi ouvida antes de um suspiro manso indicando seu sono. Sim, é com essas três palavras que ele diz eu te amo.

- O papai te ama, anjinho. - Coloquei seu corpinho adormecido na cama e o cobri, afastando os fios já secos de sua testa. Ninguém vai te tirar de mim, eu prometo.

🕷

Hwang Hyunjin

Ah! Lee Felix.

O Ômega do aranha • HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora