Do outro lado da mira

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Depois de Kate explicar seu plano e mostrar toda sua investigação, elas decidiram juntas por mais um trabalho.

- Kate, por que não atacar diretamente a cabeça por trás da operação toda mesmo? Ia ser bem mais rápido e até mais seguro.

- Eu pensei muito nisso, só o que vai acontecer é eles colocarem outra pessoa no lugar, como aconteceu quando a Maya e o Kazi saíram de cena - disse Kate lembrando da dupla que tinham o comando da máfia do Agasalho - minha mãe tem provas o suficiente para que a Justiça possa agir derrubando de vez toda a operação, e por isso vamos atacar, assim eles vão sofrer financeiramente e principalmente moralmente, ninguém vai tentar acobertar uma gangue que eles não possam usar pra lucrar ou intimidar. É tudo uma questão de poder financeiro ou influência.

Yelena sabia que não tinha saída dessa situação, independente dos crimes que a mãe tivesse cometido Kate não iria abandoná-la nem pela própria segurança.

- A gangue do agasalho tem lucrado bastante nessa região - disse apontando no mapa uma área mais pobre da cidade - com alugueis de apartamentos de forma ilegal, cobrando pela segurança do bairro, e aterrorizando os moradores com taxas exorbitantes e quando eles não podem pagar eles roubam o que a pessoa tiver, as agridem, enxotam do imovel e alugam pra outra pessoa.

E assim elas passaram o fim da tarde e o início da noite observando as movimentações de cima dos telhados. 

- Que foi? - Kate perguntou, procurando onde estaria o problema na sua roupa, pensando se tinha alguma parte que pudesse ter rasgado ou que ela tivesse colocado ao contrário. 

- Esse seu novo uniforme ficou muito bom - disse Yelena depois de perceber que foi pega olhando como a roupa evidenciava o corpo da outra, colocando seu típico semblante blasé esperando que escondesse o fato de que ela tinha ficado envergonhada.

- Bom chegou o caminhão - disse Kate apontando com a cabeça para o prédio da frente chamando atenção da loira.

O plano era bem simples, Kate iria atravessar com o cabo para o prédio da frente e começar a eliminá-los de cima pra baixo, e Yelena iria imobilizar o motorista do caminhão antes de escalar o prédio novamente até o andar que Kate estivesse e assim que todos estivessem imobilizados elas fariam a ligação pra polícia e sairiam dali.

E dessa vez o plano saiu praticamente como o esperado, com Yelena, eliminar aqueles 14 homens armados foi mais simples do que Kate poderia ter imaginado, apesar do cansaço de ter optado por mais luta corpo a corpo que o uso do arco, e menos ainda da espada que ela ainda se sentia desconfortável, pelo menos ela não tinha nenhum ferimento grave. 

Do lado de fora perto do caminhão Kate tirou o celular para fazer a ligação.

- Hey bro, Kate Bishop! - aquele sotaque do leste europeu chamou a atenção das duas, amarrado dentro do caminhão um dos tracksuits que Kate conheceu no natal.

- Como você me reconheceu? - segurando Yelena que claramente ia matar o cara pra evitar o risco.

- Não temos muitas pessoas batendo na gente com arco e flecha, bro! Uniforme legal esse seu tem pouco roxo mas ta bem badass bro.

- Cara, eu preciso que você me prometa que não vai falar com ninguém que me viu aqui. Sério, pro seu próprio bem - Kate torcia pra que ele não falasse nenhuma merda pq ia ser difícil impedir a outra nesse caso.

- Não, bro! Ta seguro! - disse fechando os lábios como se fechasse com zíper mas suas mão estavam amarradas deixando a situação um pouco engraçada - Mas o que você ta fazendo aqui, tá todo mundo te procurando.

- Quem tá me procurando?

- Todo mundo bro! Tá solto por aí que quem trouxer a garota Bishop de preferência viva vai ser muito bem recompensada, e nós estamos falando de muita grana bro! Vocẽ tá valendo ouro. - disse particularmente impressionado.

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