𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗜

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——— 𝘐 𝘤𝘢𝘯 𝘧𝘦𝘦𝘭 𝘵𝘩𝘦 𝘳𝘶𝘴𝘩 𝘰𝘧 𝘢𝘥𝘳𝘦𝘯𝘢𝘭𝘪𝘯𝘦, 𝘐'𝘮 𝘯𝘰𝘵 𝘴𝘤𝘢𝘳𝘦 𝘵𝘰
𝘫𝘶𝘮𝘱, '𝘤𝘢𝘶𝘴𝘦 𝘪 𝘸𝘢𝘯𝘵 𝘺𝘰𝘶

fallin ' adrenaline








— Me diga, você é analfabeto ou simplesmente sente tesão na possibilidade de ser expulso por um segurança gostoso?

[Nome] já estava sem paciência fazia um tempo. O universo parecia que estava contra ela naquele dia, para começar ela havia recebido uma foto de Nobara onde seu ex estava beijando a mesma mulher que ele disse que “era só uma amiga”, e aquilo doeu. Depois ela teve que enfrentar um doido no pronto socorro que insistia em dizer que estava tendo um AVC depois de não conseguir mexer uma sobrancelha, e só saiu de lá depois que foram feitos todos os procedimentos nele. Uma perda total de tempo. 

Ela estava há mais de 34h de plantão, querendo apenas tomar um banho e desabar na cama, estava indo fazer isso naquele exato instante. Mas como cereja do bolo, ela agora está encarando de braços cruzados um homem com um físico de lamber os beiços segurando duas bolsas de sangue em uma área restrita, permitida apenas para médicos e enfermeiros. [Nome] não sabia se era aquele sorriso convencido no rosto dele ou aqueles cabelos da cor da flor de uma cerejeira, ou quem sabe seriam aquelas tatuagens negras como a noite, ela não sabia o que era, mas tinha algo ali, naquele homem, que a tirava do sério. 

Já estavam a algum tempo ali, se provocando enquanto [Nome] ameaçava chamar os seguranças para expulsar aquele intruso, mas parecia que nada do que falava surtia qualquer efeito nele. Pelo contrário, ele parecia estar se divertindo com a situação.

— Bem, agora que você falou aquele homem lá da frente realmente é bem interessante. 

Definitivamente, era o sorriso presunçoso dele que a tirava do sério. 

— Chega de gracinhas. Devolva e eu deixo você passar sem fazer um escândalo — [Nome] estende as mãos — Vamos logo, não tenho o dia todo. 

— Você é médica, certo, princesa?

— Acho que isso é óbvio. E não me chame de princesa, me devolva logo essa merda. 

— Ora, você não deve tratar as pessoas assim…princesa — ele disse dessa vez, curvando o corpo em sua direção enquanto sussurrava a última palavra como se fosse um segredo — Aliás, acho que a senhorita não deveria me privar de cuidar da minha saúde. Não é esse todo o lema dos médicos? Ajudar a todos e bla bla bla. 

— Você parece muito bem de saúde para mim. Agora me devolva!

[Nome] tentou pegar as bolsas dele, mas o homem apenas desviou e as levantou para o alto. 

— Vai ter que fazer melhor que isso doutora — o sorriso que ele deu causou uma onda de adrenalina no corpo de [Nome] — Proponho um acordo, o que acha? 

— Você sabe que eu posso simplesmente chamar um segurança não é? 

— Ah, mas aí você acabaria com toda a nossa diversão princesa. 

Aquela voz, tinha algo nela que fazia com que a mente de [Nome] gritasse perigo, mas ao mesmo tempo aquele timbre rouco dele despertava sentimentos conflitantes já que ela sentia que queria se aventurar nele. Ah e aqueles olhos, vermelhos como o sangue que ele segurava em suas mãos. Não. Os olhos dele eram em um tom diferente, pareciam que queriam comê-la viva. 

Pare”, disse a si mesma. Tinha que se concentrar e expulsar logo aquele intruso dali, não ficar admirando o rosto milimetricamente perfeito dele. 

𝗛𝗢𝗧𝗘𝗟 𝗖𝗔𝗥𝗢; 𝗥𝗬𝗢𝗠𝗘𝗡 𝗦𝗨𝗞𝗨𝗡𝗔Onde histórias criam vida. Descubra agora