56- Genro

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Jade Moskowitz P.O.V

-Eu guardo, pode ir- digo pegando a sacola da mão de Robby

-Você pegou a cobra, acho que seria justo eu guarda-la- ele diz sussurrando no meu ouvido- Vai me esperar?

-Claro, só vou esperar para evitar que você deixe essa cobra fugir- digo e ele revira os olhos

-Muito engraçadinha- ele diz dando uma risada falsa enquanto colocava a cobra na sua nova jaula

-Muito bem, estou impressionado- Sensei Kreese diz assim que nós entramos na sala de treinamento- Vocês mostraram coragem e liderança, e essa são as qualidades necessárias para ser um campeão

-Bom trabalho, você é o que o Cobra Kai tem procurado- sensei diz segurando no ombro de Robby- Viram o que é possível conseguir quando se trabalha em equipe?

-As alianças são importantes, para nós e para os nossos inimigos, e podem apostar que eles também estão se aliando- ele continua

-Que alianças?- Tory pergunta

-Você não soube?- sensei pergunta e ela nega- O Diaz e aquela garota LaRusso estão trabalhando juntos, eles e a nossa Jade aqui, ajudaram a salvar o torneio, fizeram um lindo discurso- Tory me encara quando sensei terminar de falar

Assim que somos dispensados, Robby e Tory entram no meu carro, minha amiga ainda não tinha falado nada desde que saímos do dojô

-Será que você pode falar alguma coisa?- pergunta olhando para ela pelo retrovisor

-Por que não me contou sobre a Samantha e o Miguel?- ela pergunta

-Eu e você estávamos na reunião com nossos agentes da condicional- Robby diz- Jade me deixou lá e foi para a assembleia

-Quando o discurso dos senseis não deu certo, eu e Miguel acabamos falando juntos ao mesmo tempo, isso foi uma coincidência e no meio da nossa fala, Samantha se meteu, então acabou tendo um representante de cada dojô- digo e ela assente- Não foi nada demais, eu juro

-Acha que está acontecendo alguma coisa entre eles?- ela pergunta e eu respiro fundo

-Até onde eu sei, eles voltaram a ser amigos- conto o que eu fiquei sabendo

-Está bem- ela concorda cabisbaixa- Obrigada pela carona- ela diz assim que eu paro com o carro na frente da casa dela

-Até amanhã- digo

-Usem proteção- ela diz antes de sair do carro, me fazendo ficar vermelha

-Você fica linda com vergonha- Robby diz me encarando enquanto eu continuo a dirigir

-Para você, eu fico linda de qualquer jeito- digo sorrindo e ele assente

-Sempre perfeita- ele diz sorrindo e isso acaba me fazendo sorrir ainda mais

Dias depois

-Eu gostaria de saber, o que você e seu irmão tem na cabeça?- minha mãe diz mais uma vez

Depois de deixar a Tory em casa, ela acabou saindo com meu irmão e os outros caras do dojô, isso acabou em uma confusão, a casa dos LaRusso foi destruída, meu irmão atacou os integrantes do nosso dojô e desde então, ele está sumido.

-Sra. Moskowitz, a senhora precisa se acalmar- Robby diz entregando um copo de água para ela

-Obrigada, querido, e por favor, me chame de Jenna- ela diz passando a mão no rosto- Vê se não estraga tudo com esse aqui viu- ela diz apontando para mim

-Mãe, a senhora não estava preocupada com o Eli?- pergunto revirando os olhos

-Aquele traste do seu irmão, desde que começou com esse caratê só tem me dado dor de cabeça- ela resmunga e depois me encara de novo- Você sempre me deu dor de cabeça, não me surpreendo com mais nada

-Mãe- a repreendo e me jogo no sofá cobrindo meu rosto com uma almofada enquanto Robby ria

-Será que sua mãe não se importa se eu adotar você?- ela pergunta para Robby e começa a rir ainda mais- Quero pelo menos um filho que se importe com a minha sanidade mental

-Que a senhora não tem, né?- digo e ela joga em mim a almofada da poltrona em que ela estava sentada

-Jade, estou conversando com meu genro, me dá licença?- ela diz e eu arqueio uma das sobrancelhas

Desde que apresentei Robby para minha mãe, ela tem tratado ele como um terceiro filho, mesmo ele negando, ela insistiu, praticamente ordenou, que ele ficasse no quarto de hospedes ao invés de ficar dormindo no chão do dojô, já que ele acabou machucando a cabeça depois de uma briga entre sensei Kreese e o pai dele.

-Eles eram terríveis quando crianças, principalmente Jade- minha mãe diz para Robby que estava muito entretido com a sogra- Eli era uma criança muito calma, mas essa aí, quando queria, atentava até o juízo do irmão que ia sempre na onda dela

-Já está bom, não acha mãe?- pergunto e ela nega

-Vai fazer um café pra mim- ela diz apontando para cozinha- Senta aqui, meu genro, essa chata daqui a pouco traz o café


A sogra de Robby vai amar ele mais do que ela ama os filhos.

No MercyOnde histórias criam vida. Descubra agora